ATPS História Da Educação
Artigo: ATPS História Da Educação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: SuellenBueno • 16/10/2014 • 1.793 Palavras (8 Páginas) • 390 Visualizações
Somos Feitos de Tempo.
Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam no tempo, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. É assim que produzimos a nós mesmos e a cultura a que pertencemos.
Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança. Ou seja: estamos inseridos no tempo: o presente não se esgota na ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado. Pensar o passado, porém, não é um exercício de saudosismo, curiosidade ou erudição: o passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente.
Somos todos feito de tempo, visto que nossas ideias, ações e pensamentos mudam conforme os anos passam. Mudamos com opassar do tempo e isso nos caracteriza como seres históricos, formados pela herança cultural dos antepassados, e assim então construímos nossos projetos e partimos em nosso caminho pra fazer a nossa história. Se somos seres históricos nada escapam à dimensão do tempo “o tempo é o sentido da vida” (Paul Cludel).
Segundo historiadores a educação varia de acordo com as épocas, culturas, e autores. A preservação da memória, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares. Sendo assim o passado nunca estará morto pois é nele que se fundam as raízes do que vivemos atualmente.
A memória histórica tem de ser preservada ela é a herança de uma geração para outra. A história resulta da necessidade de reconstruirmos o passado, relatando os acontecimentos que decorreram da ação transformadora dos indivíduos no tempo por meio da seleção e da construção dos fatos considerados importantes e que serão interpretados a partir de métodos diversos, mas a preservação da historia não foi idêntica ao longo do tempo tendo variação também conforme a cultura.
O estudo da história tomou nova configuração somente na modernidade, consolidada no iluminismo do século XVIII. Os valores do feudalismo foram substituídos aos poucos pelo impacto da Revolução Industrial. Então a história cíclica foi substituída pela descrição linear dos fatos no tempo. Portanto historiadores desenvolveram a noção de progresso, investigando o que entendiam por “aperfeiçoamento da humanidade”, deixando de orientar-se pelo passado.
Um dos fenômenos mais trágicos das sociedades pós-modernas é a ausência (ou perda) da memória, seja ela individual ou coletiva. Sim, hoje o homem é um infeliz desmemoriado. Carente, necessitado e angustiado, ele recusou a memória, pois há cerca de quarenta anos a pedagogia construtivista baniu a “decoreba” dos bancos escolares. E ninguém melhor que Salvador Dalí (1904-1989) para representar o esvaecimento da memória nos tempos modernos, em um belíssimo e instigante quadro com quatro relógios que se derretem, tendo como pano de fundo uma sombria e isolada paisagem (A persistência da memória, 1931).
Na Educação, decorar passou a ser sinônimo de injúria, de ofensa, uma desqualificação para o educador. Paulo Freire (1921-1997) e muitos pedagogos atuais se esqueceram de que decorar significa “saber de cor”, com o coração, pois quando se ama o conhecimento, ele é adquirido primeiro com o coração, depois com a mente
Com a História da Educação, construímos interpretações sobre as maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Por isso, é indispensável que o educador consciente e crítico, seja capaz de compreender sua atuação nos aspectos de continuidade e de ruptura em relação aos seus antecessores, a fim de agir de maneira intencional e não meramente intuitiva e ao acaso. Pois sem a memória, não havia estudo nem conhecimento, muito menos razão.
A Origem da educação escolar no Brasil- a ação dos jesuítas como parte do movimento da contrarreforma católica.
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A Reforma Protestante foi um movimento cristão que teve início no século XVI por Martinho Lutero. Ele protestou contra diversos pontos da doutrina católica e propôs uma reforma no catolicismo. Lutero foi apoiado por vários religiosos e provocou uma revolução religiosa que teve início na Alemanha e se estendeu por outros países.
A resposta da Igreja Católica foi o movimento conhecido como contrarreforma ou reforma católica iniciada no Concílio de Trento.
Na baixa Idade Média, intensas transformações ocorreram em boa parte da Europa. É importante destacar a evolução intelectual e artística, o crescimento das cidades, o enriquecimento da burguesia, bem como o desenvolvimento do comércio, do artesanato e de outras ocupações profissionais e as mudanças ocorridas no modo de pensar de uma camada da sociedade. O registro da formação de vários movimentos e grupos religiosos demonstra que as mudanças também atingiram o terreno da fé.
Preocupados com o avanço do Protestantismo e com a perda dos fiéis, bispos e papas, se reúnem para traçarem um plano de reação onde ficou definido a catequização dos habitantes através da ação dos Jesuítas, a retomada do tribunal de Santo Ofício – punir e condenar os acusadores de heresias e a criação do INDEX LIBRORUM PROIBITORUM (Índice de livros proibidos para os católicos, evitando a propagação de idéias contrárias à igreja Católica). Eram obras que contrariavam os ensinamentos da Igreja, como obras renascentistas e os livros de Lutero e Calvino.
A reforma, na verdade, serviu para ajustar a sociedade ao modelo capitalista, moldá-la aos novos ideais e valores, além das transformações econômicas na Europa.
A reforma católica foi reforçada pela criação da Companhia de Jesus, ordem religiosa fundada pelo Espanhol Inácio de Loyola em 1540. A companhia de Jesus transformou-se em um verdadeiro “exército” em defesa da manutenção dos princípios católicos. Para alcançar tal objetivo, foram fundadas diversas escolas em várias partes do mundo, inclusive no Brasil. Os Jesuítas, como eram chamados, foram os responsáveis pela catequização dos índios e pela criação de escolas na América. sendo seu principal objetivo deter o avanço protestante através da educação de novas gerações e por meio da ação missionária procurando converter à fé católica os povos das regiões que estavam sendo colonizadas.
Em 1549 com a chegada dos jesuítas no Brasil deu-se início à história da educação brasileira. Os jesuítas responsabilizaram-se pela educação dos filhos de donos de terra, dos índios, colonos e escravos, criaram
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