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ATPS Sociologia

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Por:   •  18/3/2015  •  2.095 Palavras (9 Páginas)  •  291 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

No século XX surgia o Serviço Social como uma disciplina de intervenção. Ao longo dos anos esta foi-se modificado e transformando-se para conseguir arranjar soluções e dar respostas aos vários problemas que este mundo vem sofrendo.

O Serviço Social rompeu totalmente com as práticas conservadoras, pois o avanço do mundo tem contribuído para a reformulação de práticas tradicionais. Com esta demarcação o Serviço Social coloca hoje em dia alguns desafios imperativos.

O assistente social atualmente vê-se no meio de várias mudanças sociais, ou seja, isso significa que este tem vários novos desafios para resolver, para procurar soluções para solucionar os vários problemas que esses novos desafios trazem.

APROFUNDANDO UM POUCO MAIS NA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL EXPECIFICAMENTE NO 3º SETOR.

Terceiro Setor

Muitos não têm conhecimento do seu significado e de sua importância para a sociedade, mas é através dele que algumas pessoas no país são beneficiadas e conseguem alcançar uma melhor qualidade de vida. É o setor composto por associações e fundações que trabalham para gerar bens e serviços públicos à sociedade.

No Brasil, é algo relativamente “novo”, que começou a aparecer com mais frequência a partir da década de 60. Porém, nos últimos anos, tem ganhado uma importância ainda maior e, principalmente, o apoio das empresas, que se mostram cada vez mais ligadas à Responsabilidade Social.

O Terceiro Setor não pode ser substituto da função do Estado: ele é apenas uma complementação e um auxílio na resolução de tantos problemas presentes na sociedade. É uma alternativa eficiente e democrática e toda essa parceria com a sociedade permite a ampliação e mobilização de recursos, para iniciativas de interesse público.

História do Terceiro Setor

O assistencialismo sempre esteve associado aos programas do governo e o Estado tinha em seu poder o controle social. Mas, depois de um determinado tempo acabou percebendo que não poderia realizar tudo para todos e em todas as áreas de interesse. Dessa forma, houve o seu enfraquecimento e a perda dos modelos totalitários. A partir de então, a sociedade organizada assumiu algumas posições e começou a criar movimentos a favor de causas sociais importantes, entendendo que agora assumiam não só o papel de “clientes”, mas também de fornecedores, ou seja, também eram responsáveis pelas ações que os beneficiavam.

No período entre o Império e a 1ª República, de 1822 a 1930, as ações sociais tinham um caráter unicamente religioso, isso por causa da influência da colonização portuguesa, assim como pelo domínio da Igreja Católica. A partir da Revolução da década de 30 até a década de 60, foi criada a primeira lei brasileira que regulamentava as regras para declaração de utilidade pública e também o Conselho Nacional do Serviço Social. Desde essa época, algumas famílias privilegiadas já realizavam ações filantrópicas, que foram ganhando um grande espaço no cenário social.

Mas foi por conta da limitação da participação popular na esfera pública, na época do Governo Militar entre as décadas de 60 e 70, que as iniciativas e os movimentos populares realmente começaram. A partir dos anos 70, a sociedade civil se fortaleceu em oposição ao Estado, que era totalmente autoritário, fazendo com que as organizações não governamentais crescessem cada vez mais.

O terceiro setor culminou mesmo na década de 90, depois da ditadura militar, pois foi o período que, pela primeira vez, os três setores da economia se encontraram dentro de um sistema, pela preocupação com o crescimento das políticas sociais. A partir dos anos 90, o 2º setor (empresas) assumiu um papel importantíssimo no meio social, atuando por meio de códigos de ética, da responsabilidade social e deixando isso bem claro ao público. A partir do século XXI, os problemas “locais” viraram questões globais e a preocupação com questões sociais e ambientais se tornou algo constante e comum para muitos.

No Brasil, a partir do governo Lula e da entrada do PT no comando do país, o terceiro setor ficou mais evidente. Tudo isso por conta da origem do partido, que surgiu de organizações sociais e por movimentos populares na época da ditadura. Por esse motivo, se diz ser um partido com vínculos muito fortes aos movimentos sociais, o que parece ser uma grande influência para a supervalorização do terceiro setor e uma forma de colocar o Segundo Setor como agente social de destaque.

Características e Desafios do Terceiro Setor:

Apesar da diversidade das instituições que compõem o Terceiro Setor, elas compartilham de algumas características em comum, importantes de serem ressaltados:

A primeira delas é que , quando atuam na área da assistência social , saúde ou educação, geralmente trabalham com pessoas e famílias que estão à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho , não tendo acesso aos bens e serviços necessários ao suprimento de suas necessidades básicas. Portanto , enquadram-se no artigo 2º da Lei Orgânica da Assistência Social ( LOAS ), que coloca a maternidade , crianças e adolescentes , idosos , famílias e portadores de deficiência como alvos de proteção , amparo e capacitação para que tenham qualidade de vida e acesso às políticas sociais .

A segunda característica dessas instituições é que, apesar de não se constituírem de caráter público , desenvolvem um trabalho de interesse público . Hoje a assistência social perdeu seu caráter, historicamente dado , de caridade , benevolência e favor , tornando-se política pública de garantia de direitos do cidadão . O mesmo aconteceu com a saúde e a educação. São direitos de cidadania garantidos pela Constituição Federal de 1988 e respectivas Leis Orgânicas. O atendimento a esses direitos, portanto , faz parte de um interesse público e, qualquer instituição que trabalhe na perspectiva de defesa desses direitos e garantia da cidadania , está cumprindo um fim público , pois se volta para o outro que , de alguma forma , está sendo explorado, excluído ou destituído.

Uma terceira característica que lhes é comum é que são entidades que não mantém uma relação mercantil com a sociedade. Não trabalham voltadas para o lucro no sentido do interesse capitalista. As receitas advindas de doações , convênios e/ ou prestação de serviços ,

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