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AVA - GESTAO

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Por:   •  16/4/2014  •  1.341 Palavras (6 Páginas)  •  372 Visualizações

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Aula-tema 01: A Globalização dos Mercados

Ao se concluir um curso superior, o profissional estará prestes a enfrentar o mundo empresarial com uma qualificação diferenciada daqueles que ainda não ingressaram em uma faculdade. Trabalhando em uma empresa (seja ela de pequeno, médio ou grande porte), esse profissional irá adquirir todos os conhecimentos necessários sobre as várias técnicas administrativas, financeiras, contábeis, entre tantas outras, que farão dele um gestor.

Dentre os conhecimentos adquiridos, um deles é fundamental para que se tenha vantagem em relação aos demais profissionais do mercado: a arte da negociação. Mas o que são negócios, ou melhor, o que é negociar?

Segundo o dicionário Aurélio, negociar é "Manter relações para concluir convênio, comprar ou vender", o que nos faz concluir que um negociador é aquele que mantém relações de parcerias para compra e venda de produtos e/ou serviços, dependendo do segmento de mercado em que a empresa atuante está inserida. Logo, um bom gestor é aquele que domina essa arte.

Porém, sabemos ainda que, após a Revolução Industrial, o mundo passou por diversas transformações. Com o surgimento da máquina a vapor e do carvão como principal fonte de energia, o processo produtivo sofreu diversas modificações, principalmente nas quantidades produzidas. O trabalho manual deu lugar à especialização, e a rapidez com que se produzia era tão grande que a própria nação ficou pequena para absorver tamanha quantidade de produtos que eram fabricados. Assim, o excedente produzido era então destinado a outros países, o que iniciou as transações comerciais internacionais. (CAPELLI, 2010)

Com base nessas mudanças sofridas ao longo do tempo, a negociação ultrapassa as fronteiras dos países e torna-se global. No mundo contemporâneo, mesmo as pequenas empresas precisam e dependem de outros países para a realização de seus negócios. Os concorrentes não estão somente na mesma cidade, estado ou país em que a empresa atua, mas vêm de todas as partes do mundo. A essas transações comerciais dá-se o nome de exportação e importação.

É por isso que a disciplina em questão, Gestão de Negócios Internacionais, é fundamental no mundo globalizado, pois a arte de negociar ultrapassa as barreiras nacionais (com volumes cada vez mais crescentes) e cabe ao gestor o conhecimento da negociação internacional, como meio de garantir a sobrevivência da empresa.

Assim, veremos ao longo dessas oito aulas-temas as principais abordagens sobre negociação internacional, o que permitirá ao aluno adquirir os conhecimentos necessários para o entendimento das transações comerciais entre países (o que permite que uma empresa possa concorrer igualmente no mercado global).

Segundo o autor do livro-texto da presente disciplina, várias forças comandam o processo da globalização, pois os países precisam criar políticas governamentais para a abertura econômica, que facilitem e incentivem as exportações, que favorecem e diminuem as barreiras (com o aplicação, por exemplo, de impostos) para as importações, e que definem leis para regulamentar essas ações. Por outro lado, existem forças que não podem ser controladas pelo governo, como a transnacionalização das empresas (principalmente por meio das fusões e aquisições de empresas nacionais e estrangeiras), a evolução tecnológica dos produtos e dos serviços e a evolução da comunicação, principalmente com o surgimento da internet. É essa falta de controle ou de políticas governamentais que faz a globalização, e sua consequente prosperidade econômica, não ser distribuída igualmente para todos os países, e esse é o principal desafio que países em desenvolvimento (ou mesmo emergentes como o Brasil) enfrentam para conseguir competitividade e integração nessa nova economia mundial.

"De um lado, existem as políticas governamentais de abertura econômica, de outro lado, um conjunto de forças independentes comandadas pelo progresso tecnológico, particularmente na área de transportes e comunicações." (LANZANA [et al], 2010, pág. 17)

Competir no século XXI é algo muito diferente do que compreendíamos por competição até então, pois, hoje, falar de competitividade é falar de hiperconcorrência.

"Hiperconcorrência é um termo que normalmente é utilizado para captar as realidades do cenário competitivo do séc. XXI. Em uma situação de hiperconcorrência, 'as hipóteses de estabilidade do mercado são substituídas por conceitos de instabilidade inerente a mudanças'. A hiperconcorrência é resultado da dinâmica das manobras estratégicas entre concorrentes globais e inovadores. É uma situação de concorrência que evolui rapidamente com base no posicionamento preço-qualidade, concorrência para criar novo know-how e estabelecer vantagem para aquele que chega primeiro." (HITT, 2008, pág. 7)

Essas transformações se dão devido a fatores como a globalização econômica, na qual bens, serviços, pessoas, habilidades e ideias cruzam livremente as fronteiras geográficas, e trazem novas oportunidades e desafios para as empresas, elevam o desenvolvimento de países como China e Índia, bem como marcam sua influência na produtividade global, e obrigam as organizações a refletirem sobre os mercados nas quais competem (Hitt, 2008). Além disso, a influência cultural de um país pode ser sentida em todo o mundo: basta que haja a uma empresa desse país vendas bem sucedida de seus produtos, para que todo o mundo passe a desejá-lo, o que cria, a partir desse contexto, um novo conceito de qualidade e necessidade.

Outro fator fundamental que influencia a nova competitividade do século XXI são as mudanças tecnológicas e a própria tecnologia em si. Ainda segundo Hitt (2008), "as tecnologias disruptivas destroem o valor de uma tecnologia existente e criam novos mercados". Imaginem o valor de um aparelho celular, que até antes de sua existência não significava nada para o ser humano, sendo que hoje não conseguimos viver sem ele. A rapidez e a quantidade de informações que nos circundam todos os dias fazem com que esses produtos capazes de transmitir tecnologia e informações tornem-se cada vez mais necessários à sobrevivência humana. Além disso, novas tecnologias provocam uma redução drástica de custos para as empresas (basta imaginarmos a redução de custos de viagens que uma empresa obtém pelo uso de vídeo-conferência para reuniões de seus executivos). Outra consequência que ocorreu com a evolução tecnológica foi a facilidade e agilidade das transações financeiras mundiais, o que acelerou ainda mais o processo da globalização através da capitalização de dinheiro por parte dos países, seja através de investimentos estrangeiros, seja através da transferência de moeda por parte das empresas transnacionais.

Para finalizar, cabe aos governos dos países a condução da abertura de seus mercados através da criação de políticas, da coordenação e do incentivo a suas empresas nacionais, minimizando os efeitos negativos que podem ser causados por esse processo, pois, conforme descrito por Silber (2010), "participar ou não da globalização não é uma escolha, dadas as mudanças irreversíveis no ambiente internacional".

Conceitos Fundamentais

Capitalização – Ato ou efeito de converter e/ou acumular bens, como dinheiro (moeda), para formação de capital.

Gestor – Profissional capacitado que fará a administração dos negócios de uma empresa.

Empresas Transnacionais – São empresas que atuam no mercado mundial com negócios que ultrapassam os limites das fronteiras do país de origem.

Globalização – Processo de integração econômica, política, social e cultural entre os países do mundo, também denominado de aldeia global.

Know how – Conhecimento, saber fazer.

Tecnologias disruptivas – São tecnologias que "derrubam" ou "rompem" as tecnologias existentes até então e passam a predominar.

Referências

CARVALHO, M. A. SILVA, C. R. L. Economia internacional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CAVES, R. E. FRANKEL, J. A. JONES, R. W. Economia internacional. São Paulo: Saraiva, 2001.

HITT, M. A.; IRELAND R. D.; Administração estratégica - tradução da 7ª edição norte-americana. 2ª edição. São Paulo: Thomson Pioneira. 2008.

LANZANA, Antonio E.T. [et al]; organizadores VASCONCELLOS, Marco A. S., LIMA, Miguel, SILBER, Simão. Gestão de negócios internacionais. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

CAPELLI, E.C.S. Tipos de liderança e sua relação com a inovação; o papel do líder nas escolas; desenvolvimento da cultura motivadora. Material da 1ª Aula da Disciplina "Gestão Estratégica, Liderança e Inovação em escolas", ministrada no Curso de Pós-graduação Latu Sensu TeleVirtual MBA em Gestão Educacional – Anhanguera – Uniderp | REDE LFG. Disponível em: https://docs.google.com/a/aesapar.com/leaf?id=0Bw8CCvz2usXjZmRhNGNhYWUtYjFmZi00ZDRjLWJmYTctNzA3NzdmZmJkYzdj&hl=pt_BR. Acesso em 13 jul. 2011.

CAPELLI, E.C.S. O Processo como base para a decisão estratégica. Material da 1ª Aula da Disciplina "Gestão por Processos e Qualidade", ministrada no Curso de Pós-graduaçãoLatu Sensu TeleVirtual MBA em Gestão Estratégica de Negócios – Anhanguera – Uniderp | REDE LFG. Disponível em: https://docs.google.com/a/aesapar.com/leaf?id=0Bw8CCvz2usXjOTkyM2JjYmQtODRkYS00Y2IxLWFiOGQtMWE5YWQxYWMxNzhi&hl=pt_BR. Acesso em: 12 jul. 2011.

Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: http://www.priberam.pt/dlpo/. Acesso em: 12 jul. 2011.

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