Acumulação De Capital, Utilização Da Capacidade Produtiva E Inflação.
Monografias: Acumulação De Capital, Utilização Da Capacidade Produtiva E Inflação.. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: 011720 • 30/10/2013 • 223 Palavras (1 Páginas) • 490 Visualizações
Um tema que tem sido pouco explorado pela literatura macroeconômica
dos últimos 20 anos é a relação entre crescimento e inflação. Com efeito, os
modelos neoclássicos de crescimento, tanto aqueles nos quais o progresso técnico
é exógeno como aqueles nos quais o progresso técnico é endógeno, consideram
que a taxa de crescimento de longo prazo das economias capitalistas é
independente da taxa de inflação. Em outras palavras, variações da taxa de
inflação não teriam nenhum efeito sobre o crescimento econômico, embora
possam ter um impacto significativo sobre o bem-estar dos agentes econômicos
devido aos “custos de sola de sapato” associados a níveis mais elevados de
inflação (cf. Fischer, 1995b, p. 270).
Essa situação contrasta com o ponto de vista defendido por diversos
autores na década de 1960 quando, por exemplo, Sidrauski (1967) e Tobin (1965,
1968, 1969) apontaram para a existência de uma relação positiva entre
crescimento e inflação. Esta relação advém do fato de que um aumento da taxa de
inflação, ao reduzir a taxa real de retorno da moeda, estimula os agentes
econômicos a substituir moeda por ativos reais, em particular, bens de capital,
aumentando a taxa de investimento. Esse efeito é conhecido na literatura como
efeito Mundell-Tobin. Nesse contexto, um aumento da inflação contribui para
aumentar a fração do produto real que é dedicada à acumulação de capital,
produzindo um aumento temporário da taxa de crescimento econômico e um
aumento permanente dos níveis de capital e de renda per capita.4
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