Adam Smith

Introdução

Este trabalho resume a história de Adam Smith, um economista e filósofo que viveu no século das luzes, é ele o fundador da ciência econômica, considerado o pai da economia moderna.

Suas obras mais importantes foram a Teoria Dos Sentimentos Morais e Riqueza Das Nações, sendo a segunda mais conhecida, e que continua sendo usada como referência para gerações de economistas.

Em seus livros, Adam Smith usa uma metáfora: “Mão invisível”, trata-se da providência, que cumpre a tarefa tão bem, e guia os homens para, buscando o seu progresso individual, promoverem involuntariamente, o progresso coletivo e da nação. Adam Smith explica que a “Mão invisível” não funcionaria adequadamente se houvessem impedimentos ao livre comércio. Ele era, portanto, um forte oponente aos altos impostos e às intervenções do governo, que afirmava resultar em uma economia menos eficiente, e assim, fazendo formar menos riqueza. Contudo Smith admitia que algumas restrições do governo sobre a economia eram necessárias. Este conceito de “Mão invisível” foi baseado em uma expressão francesa, “Laissez faire”, que significa que o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos.

Adam Smith contribuiu altamente para formação do sistema capitalista, hoje espalhado pelo mundo, suas teorias e fundamentos são de grande importância para entendermos o sistema atual. Como o estado tinha o papel de intervir em todas as relações fazendo com que não existisse liberdade, Smith lança uma tese de que o estado não deveria intervir totalmente na economia, surgindo assim o liberalismo econômico.

Foi através de Adam Smith que a economia passou a ter uma gama de conhecimentos sistematicamente organizado, que se refere ao entendimento dos recursos escassos na sociedade. Com isso há uma necessidade em se estudar e compreender a vida de Smith, para assim entendermos como a economia iniciou, e como ela se estende hoje na sociedade.

Ao longo deste trabalho veremos um pouco sobre a vida e suas obras.

Biografia¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬¬

Adam Smith, nasceu em 5 de junho de 1723 em Kirkcaldy, era uma pequena cidade portuária na margem norte da enseada de Firth of Forth no mar do Norte, pertencente ao condado de Fife, próxima a Edimburgo, com vista para o Firth of Forth.

Seu pai, também de nome Adam Smith, era funcionário público e chegou a ocupar postos de importância na administração da Escócia, o pai faleceu pouco antes do seu nascimento, fato o que o uniu ainda mais a sua mãe, Margaret, filha de um proprietário de terras. Esta faleceu dois anos antes do falecimento do filho, que ocorreu em 17 de julho de 1790, aos 67 anos e foi sepultado em Canongate Churchyard, Smith nunca se casou.

Pouco é relatado sobre a sua infância, mas um fato curioso é o de que aos quatro anos de idade enquanto visitava seu avô materno, teria sido raptado por ciganos e, felizmente, fora recuperado algumas horas depois. Fez seus primeiros estudos em sua cidade natal. Ingressou em 1737, aos 15 anos, na Universidade, na Universidade de Glasgow, e, em 1740, antes de completar os cinco anos para a graduação, aceitou uma bolsa de estudos para a Universidade de Oxford, em Londres, onde prosseguiu com seus estudos.

Seis anos depois, retornou à Escócia e tornou-se conferencista público em Edimburgo. Por volta de 1750, passou a lecionar filosofia moral, cadeira pleiteada alguns anos antes, sem sucesso, pelo filósofo David Hume, de quem se tornou amigo íntimo. Em 1751 Smith foi nomeado professor de Lógica na Universidade de Glasgow. Foi nesse período que propôs a especialização dos operários com o objetivo de racionalizar a produção Nas suas aulas, cobria os campos da ética, retórica, jurisprudência e política econômica.

Nessa época, travou relações com nobres e altos funcionários, freqüentando alta sociedade de Glasgow. A primeira obra de Adam Smith foi “A Teoria dos Sentimentos Morais”, publicado em 1759, um livro de caráter mais filosófico. O livro trata “de que modo o homem, como indivíduo chegou a ser o que é, e a condição atual, como resultado de fatores”.

A segunda obra foi “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, mais conhecida como “As Riquezas das Nações”, conhecida também como, “Bíblia do Liberalismo econômico”, tornando-se um dos mais influentes livros de teoria moral e econômica do mundo. As teorias formuladas em "A Riqueza das Nações" lançaram as bases do liberalismo, como a teoria da livre concorrência e o conceito de livre mercado.

A obra teve conseqüências marcantes, foi republicada por cinco vezes durante a vida do autor, e marca o início de sua reputação nacional como pensador de primeira grandeza. Pregava a não-intervenção do Estado na economia e um Estado limitado às funções de guardião da segurança pública, mantenedor da ordem e garantia da propriedade privada. Defendia a liberdade contratual, na qual patrões e empregados seriam livres para negociar os contratos de trabalho. Membro da faculdade, Smith entrou em um período de intensa atividade. Além de lecionar pela manhã, ocupava-se de assuntos acadêmicos e administrativos na parte da tarde, tudo isso combinado com uma intensa vida intelectual e à noite o estimulante convívio com a sociedade de Glasgow.

No seu círculo de amigos contavam-se, além da nobreza e altos funcionários do governo, mercadores ocupados com o comércio colonial, que se intensificava na Escócia a partir do ato de união da Inglaterra, e que rendia muitas conversas sobre economia, também uma variedade de figuras das ciências, da filosofia e letras, como o engenheiro inventor da máquina a vapor James Watt, e seu amigo David Hume.

Smith renunciou à sua cadeira em 1763 e partiu para a França no ano seguinte e por intermédio do político Charles Townshend, foi convidado para o cargo de tutor do duque de Buccleuch. Eles ficaram principalmente em Toulouse, cidade comercialmente importante na época, o local era encontro de rotas do sul e do norte, ponto de embarque para a via fluvial do rio Garona. Em Toulouse permaneceram por 18 meses, e nesse período Smith iniciou os manuscritos “Riqueza das Nações”.

De Toulouse foram para Genebra, onde se encontrou com o filósofo