Adm. De Materiais

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.........................................................................................................................6

CAPITULO 1 ............................................................................................................................6

1.1 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS........................................6

1.2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA PESQUISADA:........................................................7

1.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA EMPRESA CLARK’N JEANS.......................7

1.4 ADMINISTRAÇÃO DA COMPRA DE MATERIAIS DA EMPRESA CLARK’N.........9

1.5 COMPRAS PARA PRODUÇÃO DA EMPRESA CLARK’N.......................................11

1.6 CONTROLE DO ESTOQUE DA CLARK’N JEANS......................................................11

1.7 COMPRAS EMERGÊNCIAIS .........................................................................................11

1.8 FLUXO E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS (PRODUÇÃO).................................12

1.9 CONTROLE DO ESTOQUE.............................................................................................15

1.10 ARMAZENAGEM.......................................................................................................15

1.11 PERGUNTAS FEITAS AO ENTREVISTADO DA EMPRESA CLARK'N JEANS.15

CAPITULO 2...........................................................................................................................17

2.1 MRP (Material Requirements Planning).............................................................................17

2.2 KANBAN JUST IN TIME.................................................................................................17

CAPITULO 3..........................................................................................................................18

3.1 TECNICAS DE CONTROLE DE ESTOQUE UTILIZADO PELAS EMPRESAS.........18

3.2 GESTÃO DE COMPRAS.................................................................................................19

3.3 ESTRATEGIAS DE AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS......................................................................................................................20

3.4 ETICA EM COMPRAS......................................................................................................20

3.5 NOVAS FORMAS DE COMPRAR..................................................................................21

3.6 EDI......................................................................................................................................21

3.7 FERRAMENTAS DA INTERNET...................................................................................22

3.8 CENTRAIS DE COMPRAS.............................................................................................22

3.9 LEILÕES...........................................................................................................................23

3.10 GESTÃO DE MATEIRAIS............................................................................................23

3.11 O GERENCIAMENTO DA CADERIA DE SUPRIMENTOS.....................................24

3.12 GERENCIAMENTO INTEGRADO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS...................25

3.13 SUPRIMENTOS E FORNECEDORRES.......................................................................26

3.14 ABASTECIMENTO........................................................................................................26

3.15 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS............................................................................27

3.16 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO............................................................................27

3.17 ARMAZENAGEM..........................................................................................................28

3.18 MOVIMENTAÇÃO........................................................................................................28

3.19 RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM.........................................................................28

3.20 ESTOQUE EM PROCESSO...........................................................................................29

3.21 MOVIMENTAÇÃO FÍSICA..........................................................................................29

3.22 PROPOSTAS DE MELHORIAS SUGERIDAS A CLARK’N JEANS........................30

CAPITULO 4 ..........................................................................................................................31

4.1 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS...............................31

4.2 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO UTILIZADOS NA CLARK’N JEANS...33

CONCLUSÃO.........................................................................................................................34

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................34

INTRODUÇÃO

A administração de materiais é um termo novo para os gestores, e tem sido de grande importância para as empresas auxiliando-as na redução total de custos, sendo ela considerada parte estratégica na administração da empresa.

Toda empresa tem por obrigação de ter estoques, sendo ele para a produção, a ou atividades administrativas ou serviços, por esse motivo é necessário espaço físico para a guarda desse material, tendo em vista que a guarda e movimentação desse material gera custos para a empresa, elas tem se preocupado mais com essa atividade, que pode ser o diferencial ou um gargalo para a organização.

A administração de material visa reduzir os custos desse setor, diminuindo a compra de produto de forma desnecessária, em grandes quantidades ou um grande numero de pedidos, sem a devida demanda. Já o estoque é preciso de espaço físico por isso precisa ser melhor organizado e planejado, pois terá um transito na movimentação dos materiais e se não haver um layout adequado isso irá dificultar a movimentação dos materiais, o que ocasionará perda de tempo que para empresa significa dinheiro.

Contudo isso as empresas precisa pensar na compra do material, na armazenagem e também na movimentação desses produtos, tendo isso em vista ela precisa ter um sistema de movimentação de mercadorias adequados. Percebemos que a administração de materiais precisa ter todos esses processos alinhados para ter eficiência na administração de materiais, assim reduzindo custos totais.

EMPRESA PESQUISADA

NOME: Clark’n Jeans Ind. E Com. LTDA

SETOR: Confecções de roupas

LOCALIZAÇÃO: Rua: Barra Bonita, 249 – Ribeirão Preto-SP

ENTREVISTADO: Carlus Clark’n

CARGO: Diretor Geral

CAPITULO 1

1.1 A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A gestão de materiais compreende o abastecimento contínuo dos itens que entram nas empresas, sejam para fabricação dos produtos ou outras atividades que dependam de materiais para serem realizadas como matéria prima, materiais de escritório, do setor de vendas como embalagens, materiais de limpeza etc...

A finalidade da gestão de materiais é a otimizar os investimentos em estoques, pois o produtos estocados em excesso podem sofre degradação do tempo, podendo ocorrer o vencimento e isso para a empresa é dinheiro parado e dinheiro parado é prejuízo.

O uso eficiente dos meios de planejamento e controle são um dos principais objetivos desta atividade e com isto, é possível contribuir para a maximização do lucro sobre o capital investido.

Na gestão de matérias ganha destaque a função compras, pois o início do lucro ou prejuízo começa no momento em que a compra é realizada, já que caso seja bem sucedida a economia auxiliará proporcionando um custo menor sobre o cálculo do preço de venda.

A administração de materiais tem sido um grande desafio para gerentes, engenheiros, e para toda uma equipe ligada na área produtiva, tanto para os bens tangíveis, quanto para a prestação de serviço.

Os materiais para as empresas, não se trata de apenas materiais para estocagem e vendas, mas elas trabalham com cinco tipos de recursos: materiais, patrimoniais, de capital ou financeiro, humano e tecnológico. A administração de materiais engloba uma serie de operações que começa com o fornecedor, na compra do material, chega na empresa através de seu recebimento, passa pelo transporte interno dentro da própria empresa em várias etapas de sua fabricação, chega até sua armazenagem como produto acabado, e por fim ser distribuído ao consumidor final.

Isso gera um longo processo que exige uma rapidez, uma calma para não sair nada errado, um cuidado para não danificar o produto, e também uma eficiência na hora da distribuição.

1.2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA PESQUISADA

A empresa pesquisada tem sua atuação num setor muito competitivo e tendencial, isso faz com que sua administração trabalhe priorizando a administração correta dos materiais, tendo em vista que ela precisa seguir a tendência de mercado e atender a solicitação dos clientes, que também seguem as tendências.

Conforme o Sr Carlus Clark’n diretor da Clark’n Jeans, a empresa tem 80% da sua produção voltada a atender os pedidos dos clientes, que já planejam a próxima estação, como nós ainda estamos no inverno indo para a primavera a empresa já esta terminando a produção do verão a pedido de seus clientes, isso significa dizer que seu estoque precisa estar sendo monitorado constantemente, para não faltar e nem sobrar um grande volume de estoque

1.3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E FÍSICA DA EMPRESA CLARK’N JEANS

ESTRUTURA FÍSICA DA EMPRESA

Como funciona a compra dos materiais da empresa Clark’n?

Todo material seja ele da produção ou de uso do dia a dia da empresa é solicitada junto ao almoxarifado, onde também funciona o estoque de materiais para a produção.

Todo e qualquer material que precisa ser comprado, é repassado para o gestor do almoxarifado que ficará encarregado de efetuar a compra, suponhamos que esse material será necessário na produção, o encarregado de produção ele preenche uma solicitação de material e envia para o gestor do almoxarifado que providenciará a compra do material.

Como funciona o fluxo de materiais da empresa Clark’n?

Todo o material que chega na empresa seja ele para qualquer área da empresa, passa pelo almoxarifado para que seja dado entrada no sistema que acompanha o saldo do estoque. O programa utilizado pela empresa é o Microsiga Protheus 1.0, esse sistema interage com todos os setores da empresa, pois todas as informações é de estoque, liberação financeira e liberação do pedido é feita por ele.

Sempre que um setor solicita o pedido de algum material ele lança o pedido no sistema que automaticamente envia um email o almoxarifado que dá a saída no material, e direciona para o setor que solicitou. Caso o pedido seja uma programação futura o almoxarifado já reserva o material para o solicitante, e caso não tem saldo o almoxarifado já solicita a compra.

O saldo do estoque é conferido diariamente pelo gestor do almoxarifado, pois a empresa tem uma tabela que controla o nível de estoque mínimo, para a solicitação de reposição, a empresa também utiliza o sistema da curva ABC, para definir suas prioridades de compra. A empresa Clark’n Jeans definiu como classe A apenas o tecido jeans, pois é único tecido que é usado para fabricação de calças, saias e jaquetas o ano todo independente do clima e estação.

A empresa atua num setor tendencioso ou seja: segue as tendências de mercado e que por sua vez segue as tendências do clima, no verão vende se mais roupas leve, no inverno roupas próprias para o frio e etc... Tendo em vista essa grande incerteza a empresa mantém um estoque muito baixo de tecidos e acessórios para confecção, nesse cenário o único item que é classificado como A na curva ABC é exatamente o Jeans, pois é usado o ano todo independente da estação, localidade demográfica ou cultura, já que o Jeans é universal.

Caminho percorrido pelo material de estoque da Clark’n Jeans.

Todo material que chega é recebido e acomodado no estoque do almoxarifado, e só é retirado após ser inserido o pedido no sistema Protheus, e por sua vez o almoxarife direciona o material solicitado para seu destino (solicitante).

1.4 ADMINISTRAÇÃO DA COMPRA DE MATERIAIS DA EMPRESA CLARK’N

As compras dos materiais se dão através de uma requisição formal impressa, que é preenchida pelo gestor da área ou setor solicitante.

As compras com programação de data de entrega é feita de forma mais calma e tranquila, desse modo os compradores conseguem se organizar e negociar melhores condições, os passos das compras.

Análise da solicitação: a fim de minimizar erros de compras, e efetuar a compra de acordo com a necessidade.

Cotações: São feitas 3 a 5 cotações do produto solicitado a fim de conseguir o melhor custo benefício, para empresa. - Cotações do frete no caso de ser (FOB) por conta do comprador do produto, nessa esta se leva em consideração pois pode interferir diretamente no preço da compra.

EXEMPLO: Temos fornecedores no Sul de Minas e em Araucária-PR – o preço do produto é mais barato em Araucária-PR mas se levarmos em conta o frete do mesmo produto retirando no Sul de Minas fica mais barato o custo total, sem contar que o prazo de entrega que é mais rápido.

Mas nesse mesmo exemplo fica mais barato para empresa comprar em Araucária-PR uma grande quantidade de material, pois neste caso o frete é diluído no preço do produto ficando mais vantajoso.

*** Por conta dessas situações nossa empresa acompanha de perto todo processo de compra e nosso diretor que assina a melhor proposta de aquisição dos materiais, autorizando a compra. Assim a empresa evita qualquer chance de favorecimento de nossos compradores ou de nossos fornecedores.

Negociação de Preço e Prazo de Pagamento: Esse processo se dá a partir do momento em que os compradores já têm a melhor oferta, que leva em conta o produto, preço e prazo de entrega.

Finalização da Compra: Essa é a ultima etapa do processo de finalização da compra onde se firma valores e prazos de entrega.

Compras para Produção: as compras da produção são compras em lotes para atender a demanda de nossos pedidos dos clientes. Compramos de acordo com a demanda de nossos clientes, lembrando que nossa produção é puxada pela demanda dos clientes que pedem seus produtos antecipados, já que seguem as tendenciais de mercado e climáticas. Por exemplo no verão já estamos produzindo peças para o inverno.

Após terminarmos a produção já contratada (Puxada), nós começamos a produzir para desaguar no mercado ( Empurrar) essa produção é feita com o estoque que sobrou das compras que foi feita para atender a demanda de nossos pedidos.

Também trabalhamos com o sistema de Empurrar nossos produtos em caso de pouca demanda de pedidos de nossos clientes, neste caso para não parar a fábrica produzimos para depois vender – mas no geral nossa empresa produz os pedidos que já foram nos solicitados.

Alguns de nossos clientes já negociam sua produção (coleção) para o ano inteiro e nós temos que entregar parcelado de acordo com sua necessidade. - eles nos avisam do pedido com 45 dias antecipados, e nesse período nos temos que efetuar a entrega da encomenda, nos incorrendo multa no caso de não cumprimento do compromisso.

1.5 COMPRAS PARA PRODUÇÃO DA EMPRESA CLARK’N

Após o aviso do pedido é disparado a solicitação de compras para a aquisição de materiais que leva em média 5 dias uteis para ressuprimento ( compra >>> Entrega ). A partir da chegada dos materiais na produção se inicia a produção do lote encomendado, que tem que terminar no prazo para entregar no cliente dentro do prazo estipulado.

Qualquer atraso no processo de compras pode atrasar a produção e atrasar o pedido do cliente o que gerará multas a empresa. Se houver qualquer atraso no processo de compras isso terá consequências na produção, gerando horas extras, trabalhos aos sábados e até o atraso na programação de entrega.

1.6 CONTROLE DE ESTOQUE DA CLARK’N JEANS

Por trabalhar a maior parte do tempo com a produção puxada, percebemos que a empresa Clark’n Jeans implementou seu sistema de estoques, baseado no Kanban-JIT.

O sistema Kanban-JIT é um sistema que "puxa" a produção da fábrica, inclusive até o nível de compras, pelas necessidades geradas na montagem final. As peças ou submontagens são colocadas em caixas feitas especialmente para cada uma dessas partes, que, ao serem esvaziadas na montagem, são remetidas ao posto de trabalho que faz a última operação a essa remessa, funcionando como uma ordem de produção.

1.7 COMPRAS EMERGÊNCIAIS

Nas compras emergenciais não é necessário as 3 cotações, nosso setor de compras leva em consideração o melhor custo e prazo, para atender nossa necessidade, nós temos fornecedores aqui em Ribeirão Preto-SP, mas o custo é muito alto, mas na situações de emergência, nós recorremos aos fornecedores mais próximo.

Nós tentamos evitar ao máximo as compras emergenciais, pois sabemos que o custo é alto e não temos como repassar para o cliente, com isso sabemos que compras emergenciais é custo para a empresa.

1.8 FLUXO E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS (PRODUÇÃO)

Conforme já dito o único item em estoque que se enquadra no item A da curva ABC, é o tecido Jeans, pois ele é o material mais usado na empresa e tem uma demanda de produção alta o ano todo, o que significa dizer que de maneira nenhuma poderá faltar. Por esse motivo acompanhamos o passo a passo deste material desde a saída do estoque de materiais até o estoque de produto acabado.

Movimentação do tecido Jeans

TINTURARIA DOS TECIDOS

 1° Passo => Tinturaria

O tecido segue para a área da tinturaria, transportado em uma palleteira hidráulica manual, em bobinas que passará pelo processo de tintura e secagem.

CORTE DOS MOLDES

 2° Passo => Corte dos Moldes

Após o tecido tingido e seco, ele é transportado em um carrinho onde é colocado as bobinas de tecido, de maneira a facilitar o corte da peça de acordo o tamanho que será necessário, para o corte dos moldes. Esse carrinho permanece parado próximo a área de corte até que o material acabe e seja solicitado mais ou até que não precise mais do material, aí então ele retorna para o almoxarife.

Todo material cortado é colocado em um carrinho, que parece uma mesa reta que é dividida em quatro partes ( frente * atrás – esquerdo * direito ) esse sistema é usado para que as áreas da produção saibam definir qual parte montar, nesse caso a área do corte já deixa m separadas.

PASSAR AS PARTES

 3° Passo => Área onde passa as partes cortadas

As peças cortadas chegam separadas e divididos em montes, que serão passados, para facilitar na hora da montagem e costura das partes que será o próximo processo.

COSTURA DAS PARTES

 4 ° Passo => Costura das Partes

As partes montadas e costuradas são colocadas em caixas que é coletada de tempos em tempos pelas funcionárias que fazem a costura de acabamento.

COSTURA DE ACABAMENTO

 5º Passo => Costura de acabamentos

As peças já chegam com a costura principal que é a costura das partes que compõe a peça montada, nesse caso a costura de acabamento são: colocação de botões, colocação de Zíperes, e o acabamento das costuras que são craseados, overloque e pespontadeira.

As peças acabadas são colocadas em cabides que é colocado em um “carrinho Arara” onde as peças seguirão para a inspeção e embalagens.

INSPEÇÃO DE QUALIDADE DA PEÇAS

 6 ° Passo => Inspeção / Embalagens

Essa área já recebe as peças já acabadas e faz uma inspeção visual e aferição de medidas para detectar problemas nas costuras ou nos cortes das peças, se a peça tiver algum defeito ela é separada e colocada em uma caixa que voltará novamente para o 4° passo, para verificação e passará por todo o processo até chegar na inspeção novamente se tiver recuperação da peça.

Se a peça for aprovada ela é embalada em sacos plásticos, e segue para o estoque de produtos acabados.

ESTOQUE DO PRODUTO ACABADOS

 7º Passo => Estoque de produtos acabados

O estoque de produtos acabados é onde ocorre a expedição dos materiais para os clientes, onde é separado os pedidos e despachado para os clientes assim que o pedido estiver completo, quando a demanda de produção esta baixa a empresa faz um pequeno estoque e nesse caso fica separado por peça e tamanho.

1.9 CONTROLE DO ESTOQUE.

O estoque é controlado pelo sistema Protheus 10 que utiliza um sistema ( Estoque total – saídas ) tudo que sai é inserido no sistema e o mesmo acontece quando damos entrada no sistema.

Todo mês é feito uma contagem de estoque, para confrontar o saldo físico, com o saldo do sistema – qualquer diferença será ajustado e apurado o motivo da divergência.

1.10 ARMAZENAGEM

A armazenagem da empresa pesquisada é feita de forma fixa, onde todo material é devidamente separado e colocado sempre no mesmo local, por lado é bom para facilitar a localização, por outro lado pode ocorrer perda de espaço pois quando chega um grande volume de compra de um determinado produto poderá não caber no local reservado para tal.

Percebemos que a empresa somente utiliza os nomes do produtos pregado juntos as prateleiras e seguem somente esta descrição. Isso pode gerar confusão no momento da solicitação de compras ou quando ocorre uma solicitação na produção, e quando chega o produto não é exatamente o que a produção esperava. Esses erros podem gerar perda de tempo e aumento nos custos e atrasos na produção.

1.11 PERGUNTAS FEITAS AO ENTREVISTADO DA EMPRESA CLARK'N JEANS

Quem gerencia a logística da empresa? E quantas pessoas trabalham na área de administração materiais?

Resposta: o Gerente responsável é o diretor Adilson Santos, que também é sócio da empresa, ele é responsável por toda área logística da empresa e também assina por compras. Sob sua gerencia atua compras: 1 comprador e 2 assistentes de compras. O comprador negocia a compra e os assistentes fica encarregado de verificar as documentações e também são responsáveis pelo transporte e armazenagem do produto, - Almoxarifado tem 1 encarregado de almoxarifado, 1 almoxarife e 2 auxiliares almoxarife – Depósito : temos 3 ajudantes de depósito que responde para o encarregado do almoxarifado, totalizando 10 pessoas trabalha na administração de materiais..

Como se dá o recebimento dos materiais?

Resposta: O recebimento dos materiais ocorre após a verificação dos dados da notas fiscais e conferência dos volumes com o que foi pedido através da solicitação, se tiver alguma divergência, como a falta da quantidade que foi solicitada é feito a comunicação junto ao fornecedor e a empresa faz uma nota de devolução parcial da mercadoria ou solicita a empresa a remessa da mercadoria faltante. Quando ocorre avarias é devolvido parcialmente ou totalmente a mercadoria dependendo do caso.

Como é feito o controle do estoque?

Resposta: Nosso sistema de estoque é gerenciada pelo sistema Protheus 10, mas esse sistema precisa ser constantemente atualizado pelo almoxarifado a fim de minimizar as divergências dos saldos físicos e virtuais, por esse motivo é feito a contagem do estoque pelo menos uma vez por mês. Alguns itens de nosso estoque como quantidade de metragens de tecidos em estoque, botões, zíperes é feito a grosso modo pois fica impossível de chegar mais a fundo esses itens.

Como são feitas as compras de materiais da empresa?

Resposta: As compras dos materiais se dão através de uma requisição formal impressa, que é preenchida pelo gestor da área ou setor solicitante. As compras com programação de data de entrega é feita de forma mais calma e tranquila, desse modo os compradores conseguem se organizar e negociar melhores condições, os passos das compras

Como é feito a programação da produção?

Resposta: A programação da produção é feita sempre chega os pedidos dos clientes, nós organizamos a produção de acordo com a demanda e priorizamos os pedidos de datas mais apertadas, assim conseguimos atender todos os pedidos de compromissos assumidos. Quando chega o pedido para nosso departamento comercial ele dispara um email formalizando o pedido para a produção, o gestor da produção irá chegar junto ao nosso sistema e almoxarifado os materiais que temos em estoques e o que precisamos comprar, após esses dados o gestor faz um calculo para definir o quanto de material e tempo será gasto para a execução do pedido.

Quais os equipamentos utilizados na movimentação dos materiais?

Resposta: Empilhadeira elétrica – Empilhadeira a gás – carrinho plataforma – carrinho manual – carrinho arara (para colocação de cabides) e carrinho porta bobinas.

CAPITULO 2

2.1 MRP (Material Requirements Planning)

O MRP “planejamento de necessidades de materiais” é um sistema de lógica de calculo que converte a previsão de demanda em programação da necessidade de seus componentes. Partindo do conhecimento de todos os componentes de um determinado produto e os tempos de obtenção de cada um deles, podemos com base na visão de futuro das necessidades, calcular o quanto e quando se deve obter de cada item, de forma que não haja falta e nem sobra no suprimento das necessidades da produção.

O MRP trabalha com as necessidades exatas de cada item, melhorando assim o atendimento aos consumidores, minimizando os estoques em processo e aumentando a eficiência da fábrica, obtendo assim, menores custos e conseqüentemente alcançando melhores margens de lucro. Mas para tudo isso, é fundamental que sejam estabelecidos corretamente todos os parâmetros do sistema.

Hoje tem um conceito mais amplo do MRP, mais atualizado e mais complexo e que leva a mesma lógica é o MRPII, que além de definir as quantidades e momentos de aquisição ou fabricação de cada item, também calcula e palneja os recursos a serem utilizados, como a capacidade de máquina, os recursos humanos necessários para execução do trabalho, e os recursos financeiros entre outros.

2.2 JUST IN TIME (JIT)

O Just-in-time tem uma caracterisitica que visa a reorganização e nova adaptação do ambiente produtivo da empresa. Tendo em vista que a eliminação de desperdícios visa o melhoramento contínuo dos processos de produção, trazendo melhoria e aumentando a competitividade da empresa, melhora muito os fatores como a velocidade, a qualidade e o preço dos produtos.

O sistema Just in Time tem a caracteristica de puxar a produção a partir da procura ou seja a demanda, produzindo somente os produtos necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário, ficou conhecido como o método Kanban. Usa se os cartões kanban para autorizar a produção e a movimentação de materiais, ao longo do processo de produção.

Por trabalhar a maior parte do tempo com a produção puxada, percebemos que a empresa Clark’n Jeans implementou seu sistema de estoques, baseado no Kanban-JIT.

O sistema Kanban-JIT é um sistema que "puxa" a produção da fábrica, inclusive até o nível de compras, pelas necessidades geradas na montagem final. As peças são colocadas em caixas feitas especialmente para cada uma dessas partes, que, ao serem esvaziadas na montagem, são remetidas ao posto de trabalho que faz a última operação a essa remessa, funcionando como uma ordem de produção.

O Kanban – Just in Time define melhor o processo de administração de materiais verificado na empresa Clark’n Jeans, pois a maior parte de sua produção é puxada pela demanda ou seja pelos pedidos que a empresa precisa entregar, e geralmente ela trabalha com estoque baixo ou com nada, e só dispara a solicitação de materiais a partir do momento e que se encontra com o pedido em mãos.

Para essa empresa especifica que visitamos o sistema Kanban JIT – mostra se muito eficiente, porém para uma empresa que trabalha com sua produção empurrada, não teria a mesma eficiência, neste caso o sistema MRP seria melhor aproveitado já que tem mais funções que auxiliaria melhor na gestão de materiais.

CAPITULO 3

3.1 TECNICAS DE CONTROLE DE ESTOQUE UTILIZADO PELAS EMPRESAS

• Curva ABC

Segrega os estoques em três grupos, demonstrando graficamente com eixos de valores e quantidades, que considera os materiais divididos em três grandes grupos, de acordo com seus valores de preço/custo e quantidades. Sendo assim, materiais "classe A" representam a minoria da quantidade total e a maioria do valor total; "classe C", a maioria da quantidade total e a minoria do valor total; "classe B", valores e quantidades intermediárias. O controle da "classe A" é mais intenso; e os controles das "classes B e C", menos sofisticados.

• Modelo de lote econômico

Permite determinar a quantidade ótima que minimiza os custos totais de estocagem de pedido para um item do estoque; considerando-se os custos de pedir e os custos de manter os materiais; sendo que os custos de pedir são os fixos, administrativos ao se efetuar e receber um pedido, e os custos de manter são os variáveis por unidade da manutenção de um item de estoque por um determinado período (custo de armazenagem), segundo a "oportunidade" de outros investimentos.

custo total = custo de pedir + custo de manter

• Ponto de pedido

Determina em que ponto os estoques serão pedidos levando-se em consideração o tempo de entrega dos principais itens.

ponto de pedido = tempo de reposição em dias x demanda diária

3.2 GESTÃO DE COMPRAS

A função de compras hoje é muito importante na logística, pois ela hoje é como parte integrante da cadeia de suprimentos, como isso ela estabelece uma ligação com vários departamentos de uma empresa.

No tradicional sistema de compras, era basicamente em preço, prazo e qualidade, era uma burocracia que passava por vários processos que resultava em uma demora excessiva para chegar até a empresa e passar por todo o processo de armazenagem, produção, vendas, e chegar até o consumidor final.

Na área de compras exige um cuidado especial, pois quando os setores de estoque/almoxarifado e produção passam pedidos de compras excessivos é sinal que algo não esta sendo cumprido com o cronograma feito pelo PCP, e os gastos da empresa saem do orçamento estipulado.

A área de compras também trabalha junto aos níveis de estoque, pois quando há altos níveis de materiais estocados, eles passam a ter poucos problemas com a produção, eles têm um alto custo com a manutenção dos produtos, e com isso esses custos altos para mantê-los são de despesas com espaço ocupado, eles têm custos com capital parado, funcionário de almoxarifado, e controles.

Já os baixos níveis de estoque, faz a empresa trabalhar em um patamar arriscado, pois um pequeno detalhe pode prejudicar uma produção inteira, e a empresa tende a passar por reclamações de todas as partes inclusive de clientes.

A necessidade de adequação aos sistemas just-in time (JIT) de muitas das empresas levou a modificações importantes, entre elas a criação da nova função de suprimentos.

Compras também podem fazer outros papeis dentro da empresa, um desses papéis esta relacionada com a negociação de preços com os fornecedores, como o que determina o preço final dos produtos, o prazo de entrega dos mesmos, o prazo e a forma de pagamento, e o orçamento sem compromisso. Compras pode também determinar um bom relacionamento entre os setores.

3.3 ESTRATEGIAS DE AQUISIÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

Para se definir uma estratégia de compras de materiais a empresa tem que observar se ela é vantajosa ou não, pois assim a empresa verifica se ela vai ser competitiva no mercado. Se ela resolver comprar a matéria prima e tiver sua própria fabricação, ela perde em flexibilidade e independência. Agora se ela escolher em comprar de terceiros ela ganha a flexibilidade e se torna dependente de seus fornecedores de produto acabado. Nesse caso uma decisão errada pode comprometer os trabalhos da empresa, e um planejamento correto e bem pensado pode ajudar o setor de compras a desempenha seu papel dentro da empresa.

3.4 ETICA EM COMPRAS

A ética nas compras não se resume somente aos compradores, mas também ao pessoal da área técnica, pois, são eles que vão verificar o material a ser comprado, tem que haver uma boa relação entre área técnica e compradores, pois um depende do outro, pois havendo ética entre as duas áreas os trabalhos da empresa não se prejudicam, pois passando os pedidos de compras correto, os compradores agilizam as compras e informando o prazo correto para a entrega dos produtos.

Mas às vezes nem sempre funciona dessa maneira, pois os altos valores monetários envolvidos, muitas vezes atrapalham a relação entre esses setores, e quando isso acontece já passa pela gerencia para tomar uma decisão. Para isso esses setores precisam se manter informados para que não haja um conflito mais serio, e que, toda a linha de produtividade da empresa possa transcorrer normalmente.

3.5 NOVAS FORMAS DE COMPRAR

Com a globalização expandindo, tem um impacto muito alto na forma de comprar, hoje em dia fala-se muito em mercado global, e consequentemente, compras globalizadas, e com isso a falta de produtos na empresa cai drasticamente, pois hoje quando se faz um pedido de produtos, chega na empresa para seu manuseio de um dia para o outro, e no máximo em dois dias, assim agilizando seu processo e chegando ao seu consumidor final em um curto espaço de tempo.

3.6 EDI

O eletronic data interchange (EDI) hoje é o meio mais crescente de compras, pois possui uma tecnologia avançada para transmissão avançada de dados. Ele tem por meio uma utilização de um computador ligado a um modem e uma linha telefônica que através de um software programado faz a transmissão dos documentos eletrônicos dos clientes para seus fornecedores.

• Esse tipo de comunicação entre clientes e fornecedores pode trazer benefícios tais como:

• Rapidez, segurança e precisão nas informações;

• Redução significativa de custos para a empresa;

• Facilidade da colocação de pedidos, principalmente nos casos de contratos de fornecimento com entregas mediante liberação do cliente;

• Sedimenta o conceito de parceria entre clientes e fornecedores;

Com a expansão da internet e e-mails acontece hoje uma unificação dos padrões de comunicação através da ANSI X400.

Mas quando se compara o EDI com o e-commerce ele mostra vantagens tais como:

• Maior segurança para comunicação entre os parceiros;

• Dispõe formato padrão para as transmissões, com um completo conjunto de mensagens;

• Maior rapidez quando se tem um alto volume de transações processadas em serviços de grande porte;

O EDI via internet vem ganhando força e apresenta uma facilidade de comunicação com acesso a mais empresas, além de seu baixo custo. Mas as empresas ainda questionam a sua segurança de seus dados, para que não fique exposto nas redes sociais, por isso as empresas ainda resistem ao EDI via internet e mantém o EDI tradicional.

3.7 FERRAMENTAS DA INTERNET

O e-mail hoje é uma ferramenta poderosa quando se trata de compras, pois ele é a chave de entrada via internet para dar inicio a qualquer tipo de negócio em qualquer lugar do mundo.

Basta estar conectado a um provedor e temos uma leque de opções de compras para poder escolher um bom produto e com preço mais baixo para poder atender as necessidades de empresas e clientes.

Isso torna a internet mais vantajosa e ganha cada dia mais adeptos em relação ao EDI:

• O investimento nesse tipo de tecnologia é bem mais barato;

• Atinge praticamente todos na cadeia de suprimentos;

• Permite transmissão ente maquinas e também homem com maquina;

• Maior flexibilidade nos tipos de transações

3.8 CENTRAIS DE COMPRAS

As centrais de compras se caracterizam pela união de um grupo de empreendedores, que se unem para fazer suas aquisições de compras, comprando em maiores quantidades, e certamente aumentado seus poderes de negociação, essa pratica é muito comum para pequenas empresas, pois como elas compras em menores quantidades se limita na hora da negociação, esse processo é muito bom para as pequenas empresas, pois aumenta a competitividade com empresas maiores que competem no mesmo setor.

A maior dificuldade desse grupo é exatamente na consolidação de um grupo sólido e que cumpre com as obrigações assumidas para não vir prejudicar os demais participantes.

3.9 LEILÕES

Os leilões são uma forma de abrir mais espaços paras as empresas de pequeno porte participar mais dos processos de compras e licitações de compras, já que ela terá a mesma chance de vender seus produtos das demais concorrentes.

Neste caso usa se muito o leilão reverso, no qual quem oferecer o menor custo e um maior custo / benefício ganha o processo de compras. Isso facilita para ambas as partes e faz com que o processo seja limpo e aberto, esse procedimento é muito usado por órgãos públicos no qual demanda maior transparência no processo.

3.10 GESTÃO DE MATEIRAIS

Fatores de produção

Entende-se por recurso, tudo o que gera ou tem a finalidade de gerar o produto final no qual é a especialidade de empresa. Assim uma matéria prima estocada também pode ser chamada de recurso, pois passando pelas etapas de transformação ela vira produto acabado, e chega ao seu estoque final de onde ira ser consumida.

Funcionários da empresa também constituem recursos, pois eles têm o conhecimento necessário para terem novas ideias, que passando pela aprovação de seus supervisores são transformados em novos produtos para serem lançados no mercado.

O capital também é um recurso, na forma de numerário ele é mais fácil de ser reconhecido, por sua característica de liquidez, o que faz utiliza-lo em outros recursos.

Bens

Por serem conhecidos por gerar produtos e serviços, dar o lucro esperado para a empresa, os bens são chamados de sinônimo de recursos. Assim como um carro, moto, caminhão e ônibus, são considerados como um bem móvel, eles são utilizados para o trabalho na empresa, como valor econômico.

Patrimônio

Ele é considerado um conjunto de bens, valores, direitos e obrigações de uma empresa, ou de uma pessoa física. Para administrar o patrimônio, precisa ter uma serie de direitos e obrigações para controlar os gastos e lucros da empresa, para que os ativos e os passivos andam sempre lado a lado, isso para que o passivo não seja maior que o ativo, pois quando isso acontece é chamado de patrimônio liquido negativo.

Recursos tecnológicos

Quando ouvimos a palavra tecnologia, logo imaginamos algo como intangível, ou seja, uma série de informações muito avançadas. Mas na realidade a tecnologia é muito complexa e abrange bem mais do que isso. Ela é a matriz para a empresa realizar seus trabalhos em todas as áreas, e controlar todos os fluxos de movimentação, tanto de estoque, quanto de produção, e o caixa da empresa. Por esse motivo que a tecnologia esta presente dentro da empresa, para controlar materiais, patrimônio, recursos humanos e de capital, mantendo o controle de todos para um bom serviço executado.

Para isso os recursos tecnológicos de uma empresa tem que ser planejados, desenvolvidos da forma que a empresa necessite do trabalho executado e controlados para que nada saia errado, e ter as ações devidamente tomadas para gerar informações internas, ou até mesmo externas da empresa, assim o ciclo se fecha quando o objetivo é atingido.

3.11 O GERENCIAMENTO DA CADERIA DE SUPRIMENTOS

O gerenciamento de uma cadeia de suprimento é basicamente que administra o sistema logístico de uma empresa, ou seja, controlar um sistema de informações onde se organiza a parte operacional, recebendo e armazenando a matéria prima, planejando uma linha de produção, e armazenando com o produto acabado, para distribuir e atender seus clientes.

As empresas, no entanto dão muito ênfase para a cadeia de suprimentos, e tem ela como fator chave para o se sucesso, visando como seu principal foco o cliente, pois com a tecnologia que é usada nos dias de hoje, o desempenho de seus trabalhos podem influenciar na sua alavancagem.

Para o gerente da cadeia de suprimentos, seus objetivos são atender e satisfazer seus clientes com rapidez e eficiência, assim sendo um diferencial em relação dos seus concorrentes, e minimizar ao máximo os custos de materiais e os custos com o operacional, assim diminuindo o desperdício, e evitar os desgastes dos funcionários para que eles não façam atividades que não agregam valor para a empresa, assim realizando suas atividades com eficiência e eficácia nos processos de armazenamento, transporte e controle dos produtos.

A cadeia de suprimentos não deve ficar totalmente estática, pois ela deve ficar atenta às mudanças das condições iniciais, e quando isso acontece ela deve ser revisada. Mantendo a cadeia de suprimento sempre atualizada, ela evita muitos prejuízos para empresa, tais como:

• Manutenção de seus funcionários;

• A produção no tempo correto;

• O recebimento de suas matérias prima na data estipulada;

• A entrega para o cliente final no prazo prometido;

Esses fatores colaboram para que a cadeia de suprimentos da empresa sempre funcione de maneira correta e produtiva. Assim as empresas, para garantir diferencial competitivo e sobrevivência, devem cada vez mais ter cadeias de suprimentos projetadas para flexibilidade e eficiência de resposta.

3.12 GERENCIAMENTO INTEGRADO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Para o gerenciamento integrado da cadeia de suprimentos fluírem bem será necessário ter um escopo amplo, ou seja, será necessário ter subfornecedores, fornecedores, operações internas de transformação, estocagem e distribuição, atacadistas, varejistas e consumidores finais.

Com todos esses escopos, o gerenciamento integrado, fica mais ágil e fácil de trabalhar, pois na falta de um determinado produto com seu fornecedor, a empresa tem uma segunda opção de adquirir seus produtos para suas atividades, enquanto isso, sua produção não fica parada a espera de sua matéria prima, não faltara produto em seu estoque para atender seus clientes, e sua distribuição chega ao prazo determinado.

Para que tudo isso aconteça é necessário um sistema de informações bem sofisticado, para não termos grandes problemas no sistema logístico, como os materiais de fluxo unidirecional, e os de fundo também unidirecional, para não termos as informações em sentido contrario. E esse desencontro de informações é o principal problema no sistema logístico.

3.13 SUPRIMENTO E FORNECEDORES

Para as empresas manter um relacionamento entre comprador e fornecedor é do modo clássico, preço, prazo, qualidade, e rapidez na entrega, e isso se nota no dia a dia, pois, no mundo globalizado de hoje o lema é não perder tempo.

Mas aos poucos algumas as coisas vão mudando, mesmo com a correria do dia a dia para atender os prazos de entrega, as empresas vão buscar algo a mais além do preço, prazo e rapidez na entrega, será preciso manter um relacionamento de parceria entre empresa e fornecedor, para que eles corram juntos, e atendam seus clientes com qualidade.

3.14 ABASTECIMENTO

Cada empresa tem seu sistema de abastecimento, e com isso ela depende muito do seu sistema de produção. Esse abastecimento é feito conforme a produção trabalha, e conforme o espaço para a estocagem dos produtos acabado, e será necessário um bom relacionamento entre a logística e compras, para que não falte a matéria prima para a produção.

Nas empresas que possuem sistemas de estoque iniciais, há cinco pontos que devem ser destacados:

• A qualificação previa do fornecedor;

• O meio de transporte utilizado nas entregas é de grande importância nesse processo;

• Componentes são adquiridos mediante contrato de JIT, cliente e fornecedor negociam custo de embalagem de transporte;

• Entregas em grandes cidades estão cada vez mais complicadas pelo transito pesado;

• Analisar com cuidado os produtos comprados e se vão ser objeto de JIT, e quais terão tratamento convencional.

3.15 CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS

A classificação de materiais visa à identificação, codificação e catalogação de todos os itens de material da empresa.

O sistema de classificação é primordial para qualquer área de material, pois, sem ele, não pode existir um planejamento eficiente de estoques, aquisições corretas de material e procedimentos adequados nas atividades de armazenamento.

A classificação não deve gerar confusões, ou seja, um produto não pode ser classificado de modo que seja confundido com outro, mesmo sendo semelhante. Deve haver um material para cada código, e somente um; deve haver um código para cada material disponível em estoque.

3.16 PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO

Planejamento e Controle da Produção é o departamento que permite a continuidade dos processos produtivos na empresas principalmente as industrias. O planejamneto tem a função de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto no tempo e quantidade certa e com os recursos corretos. Em resumo, o PCP trata dados de diversas áreas, transforma-os em informações, suporta à produção para que o produto seja entregue na data e quantidade solicitada.

Rsumindo o Planejamento e Controle da Produção é capaz de dizer:

O que produzir?

Quanto produzir?

Onde produzir?

Como produzir?

Quando produzir?

Com o que produzir?

Com quem produzir?

O Planejamento e Controle da Produção estão entre os principais fatores que influenciam a produtividade industrial. As empresas devem se adaptar as condições de mercado, que mudam constantemente, afetando o tempo disponível.

3.17 ARMAZENAGEM

A armazenagem é a denominação genérica ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado a guarda temporária e a distribuição de materiais. Armazenagem: envolve as questões relativas ao espaço necessário para estocagem dos produtos.

O processo de armazenagem se faz muito importante na otimização de espaços físicos, determinados para a guarda de produtos e matérias primas, além disso os materiais devem ser guardados adequadamente acomodados, para diminuir ou acabar com os riscos de avarias.

Por esse motivo as embalagens é muito importante no processo de armazenagem, pois é ela quem irá proteger o produto estocado.

Nesse processo também se faz muito importante o uso de equipamentos adequados para movimentação dos materiais.

3.18 MOVIMENTAÇÃO

È todo tipo de movimentação que ocorre dentro da empresa ou depósito.

Essa movimentação pode ocorrer de várias formas, com carros e carrinhos manuais ou elétricos, ou até o manuseio que é quando o produto é manuseado sem a ajuda de equipamentos.

Lembrando que esse movimentação de mercadoria só pode ocorrer quando realmente se fizer necessário, pois se não ela simplesmente gerará custos para a empresa.

3.19 RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM

Para uma empresa ter um bom recebimento primeiramente é necessário um bom espaço físico, dentro de seu galpão e se programar para o recebimento, depois ter um bom sistema de controle de mercadoria, equipamentos adequados, para a descarga das mercadorias, e uma conferencia atento para que não haja nenhum erro.

É necessário também espaço físico nas imediações pelo lado de fora, para que os veículos que irão descarregar tenham todos os recursos necessários para o trabalho, tais como: plataformas compensadoras de altura, espaço para separação das mercadorias e conferência, acesso livre para o estoque inicial e para a fabrica.

Para a armazenagem é preciso de locais adequados para produtos diferentes, separar os perecíveis dos não perecíveis, produtos de pequeno porte em um local, e os de grande porte em outro, os produtos frágeis em local de fácil acesso, e seguro do risco de queda, e todos eles codificados e endereçado, para a facilidade do manuseio, e transporte dos produtos dentro da empresa.

Muitas empresas utilizam os porta-paletes ou longarinas de ferro, para manter seus produtos seguros e ganhar espaço dentro do galpão, e assim manter seu estoque organizado e, com a facilidade para a localização dos produtos.

3.20 O ESTOQUE EM PROCESSO

Baseia-se em produtos que não estão sendo movimentados para a produção, e que sofrem demoras para seu uso, ou armazenamento durante o processo produtivo. O estoque em processo é considerado quando os produtos estão fora do almoxarifado de recebimento, e, não esta sendo movimentado no almoxarifado de produtos acabados.

3.21 MOVIMETAÇÃO FÍSICA

Um dos pontos mais importantes da movimentação física de produtos dentro do galpão da empresa é reduzir a quantidade de produtos transportados, quanto menos passagem dentro do galpão, maior o tempo ganho nas atividades, e a distancia que se percorre também deve ser curta, para facilitar o trabalho do funcionário.

Na movimentação do produto acabado o desempenho deve ser o mesmo, pois a grande quantidade de pedidos de vendas deve ter o máximo de cuidado na hora da separação, pois um erro pode ocasionar atrasos na conferencia e transporte da mercadoria.

3.22 PROPOSTAS DE MELHORIAS SUGERIDAS A CLARK’N JEANS

 ARMAZENAGEM

Sugerimos a empresa Clark’n a criar um check list que acompanhe o produto que sai do almoxarifado, percebemos que as bobinas de tecidos que seguiam para a produção não tinha um controle adequado, pois seguia para a produção e lá os operários pegavam o que iriam usar e devolviam para o almoxarifado sem informar o quanto de produto foi retirado para a produção, com isso atrapalharia num contagem de estoque já que não são medidas no momento da contagem do estoque.

Com nossa sugestão funcionaria da seguinte maneira.

Quem solicitou assina o check list e informa a data e quanto de produto foi necessário.

Ao devolver o restante para o almoxarifado, ele atualizará essa informação no sistema, mantendo o atualizado e acompanhando o saldo do estoque.

 ALMOXARIDADO

Por ter muitas bobinas de tecido estocado no almoxarifado e estocado de forma confusa sugerimos uma reorganização – separando os espaços com os nomes de cada tipo de tecido, pois vimos o Jeans com os demais tecidos, e quando é solicitado para a produção poderá haver confusão e ser entregue o tecido errado para produção, principalmente quando as bobinas de tecido seguem para tinturaria, e após feito esse processo segue para a produção. Exemplo: No dia em fizemos a visita na fábrica ocorreu um erro semelhante, pois o almoxarife, pegou o material errado, e só foi verificado quando já estava na produção, neste caso foi visto a tempo e foi corrigido o problema sem mais prejuízos, mas já ocorreu uma perda de tempo.

 SOLICITAÇÃO DE MATERIAIS

Constatamos que sempre que a produção precisa de qualquer item do almoxarifado uma pessoa da produção para e vai buscar, e isso ocorre várias vezes ao dia, isso faz com a empresa perde tempo de produção, além do mais sempre para a produção por falta de algum item.

Sugerimos que sempre ao iniciar o turno de trabalho os encarregados fazem um planejamento dos materiais que serão usados na produção do dia, para que o almoxarifado já separe e envie de uma única vez, para evitar essas paralisações da produção.

CAPITULO 4

4.1 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MERCADORIAS EXISTENTES

Paleteira

Usado para transportes de curta distancia e armazenamento no chão, suporta até 1.500kg.

Empilhadeira a gás

Para transportes de carga mais pesada e elevação de mercadorias, suporta até 3.000kg.

Carrinho Manual

Para transportes de caixas avulsas leves.

Carrinho Plataforma

Para transporte terrestre de caixas com maiores diâmetro.

Paleteira Elétrica de Elevação

Para transporte de carga no chão e elevação, para espaço que a empilhadeira convencional não alcança, suporta até 2.000kg.

Paleteira Elétrica

Para transporte de carga no chão com fácil manuseio, suporta até 2.000kg.

Esteira Transportadora

Para transporte de mercadorias a longa distancia para uma linha de produção.

Ponte Rolante

Para transporte de cargas com alto peso, e volumes muito grande, sua capacidade pode chegar até 300 toneladas.

Pórticos

Para transportes em áreas descobertas e livres de plataforma, usado em usinas elétricas, suporta até 300 toneladas.

Stacker-Crane

Para elevação muito alto de mercadorias onde a empilhadeira não alcança (mais de 20 metros), suporta até 10 toneladas.

Guindaste

Veiculo usado para levantar objetos pesados e a grandes alturas.

4.2 EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO UTILIZADOS NA CLARK’N JEANS

 Paleteira

 Empilhadeira a gás

 Empilhadiera elétrica

 Carrinho plataforma

 Carrinhos ( porta cabides )

 Carrinho manual

 Carrinho plataforma

CONCLUSÃO

A administração de materiais nas empresas é fundamental para a diminuição dos custos. Estoques elevados e precariamente administrados são fatores que oneram o preço final dos produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro das empresas. A competitividade das empresas no mundo globalizado exige uma correta manutenção desse ativo, sendo fundamental manter apenas as quantidades necessárias para a produção.

A correta gestão de materiais na cadeia de suprimentos não pode ser efetuada isoladamente, algumas medidas de controle de produção podem ser implementadas pela empresa. Porém, é fundamental que a cadeia de suprimentos esteja no mesmo nível de evolução.

Por esse motivo a administração de materiais tem sido tão crucial e um diferencial nesse mercado tão competitivo.

Quem administra bem seu estoque administra bem sua empresa, diminuindo gargalos e custos totais de produção o que incorrerá no aumento de receita., positiva gerada para a empresa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Dias, Marco Aurélio P. – Administração de materiais: princípios, conceitos e gestão / Marco Aurélio P. Dias. Ed. -6. Reimpr.- São Paulo: Atlas, 2012

Madson Denis < http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-que-e-just-in-time/21936/> acessado em 29 de setembro, 2013 as 09:39

Ricardo Camelito <http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/conceitos-basicos-do-mrp-material-requirement-planning/26507/> acessado em 29 de setembro, 2013 as 09:27

Rodrigues, Paulo Roberto Ambrosio Gestão estratégica da Armazenagem / Paulo Roberto Ambrósio Rodrigues, -- 2. Ed.rev e ampl. – São Paulo : Aduaneiras, 2007