Administrador Historicidade Da Profissão
Trabalho Universitário: Administrador Historicidade Da Profissão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: familiaclassic • 28/7/2014 • 2.869 Palavras (12 Páginas) • 182 Visualizações
1. INTRODUÇÃO
De acordo com as transformações visualizadas na profissão de administrador, no início se tinha um modelo industrial que considerava apenas o plano de carreira, regras do trabalho, recompensas por tempo de serviço, envolta de relações contratuais complexas. Após mudanças continuas, chegou ao modelo de envolvimento, que se dá a partir do trabalho em equipe, confiabilidade e objetivos mútuos. Para então, chegar ao modelo de flexibilidade que considera parcerias externas e a utilização de tecnologias. KNAPIK (2005).
As empresas buscam hoje um administrador com perfil arrojado, visão estratégica, que promova e dissemine o aprendizado e as idéias, que saiba trabalhar em equipe, tenha boa comunicação e que esteja em constante aprendizado. SILVEIRA, MURINI e DENARDI (2008).
O objetivo deste trabalho é mostrar as etapas da evolução da profissão do administrador através do tempo, desde a criação e regulamentação do curso até os dias atuais, mostrando as mudanças no perfil, as exigências do mercado e os desafios da complexidade e das diversas áreas de atuação.
Este estudo possibilitará conhecer de forma mais específica o histórico da profissão do administrador e analisar o processo de mudança no cenário administrativo.
2. FORMAÇÃO DO ADMINISTRADOR NO BRASIL
Segundo dados do CFA, a partir da década de 40, devido ao momento econômico de transição do estágio agrário para a industrialização, tornou-se de grande importância a formação de pessoal especializado para a planificação de mudanças e este cenário contribuiu para a profissionalização do Ensino de Administração. A proposta do curso era formar, a partir do sistema escolar, um administrador profissional apto para atuar no processo de industrialização.
Em 1952, foi criada e Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) com apoio da ONU e Unesco. O convênio com esses órgãos previa a manutenção de professores estrangeiros na escola e bolsas de estudo para o aperfeiçoamento dos futuros docentes no exterior.
Após o surgimento da EBAP, pensou-se em criar uma escola específica para administradores de empresas. Foi então que em 1954 foi criada a Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EAESP) surgindo também o primeiro currículo especializado em Administração que influenciou o movimento posterior nas instituições de ensino superior do Brasil.
A criação do curso de Administração teve papel relevante pois aumentou a organização escolar do país que até então era formada apenas por advogados, médicos e engenheiros.
O ensino e a pesquisa de temas econômicos e administrativos no Brasil foi marcado pelo surgimento da Fundação Getúlio Vargas e a criação da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) contribuindo para o processo de desenvolvimento econômico do país.
Na metade dos anos 60, a lei 4.769 de 09 de setembro de 1965 garantiu o acesso no mercado privativo aos portadores de títulos expedidos por universidades. Nesta data comemora-se o Dia do Administrador.
Após a regulamentação da profissão, através do parecer n° 307/66 aprovado em 8 de julho de 1966, o Conselho Federal de Educação fixou o primeiro currículo mínimo do curso de Administração, sendo assim, institucionalizadas, no Brasil, a profissão e formação de técnico em Administração. Em seguida, para controlar o exercício da profissão foram criados os Conselhos Regionais de Administração.
Em 1985 houve um grande avanço na profissão quando em 13 de junho foi promulgada a Lei Federal 7321 que alterou a denominação da profissão de Técnico de Administração para Administrador. Esta conquista foi fruto de um intenso trabalho e de manifestações de todas as instituições do país junto ao Ministério do Trabalho. (CRASP 2014).
A profissão do administrador é identificada pelo símbolo:
As flechas centrais se encontram num mesmo ponto e representam os objetivos da profissão: encaminhar os diferentes aspectos de uma questão para o objetivo comum. Já as flechas laterais se referem as metas a serem atingidas e no meio do símbolo formam-se dois quadrados brancos que remetem a dinamicidade da profissão.
3. A EVOLUÇÃO E OS DESAFIOS DA PROFISSÃO
Conforme KNAPIK (2005) ao fazermos um paralelo da evolução da visão e do foco da área de administração ou do papel do administrador, nota-se que passou de uma gestão burocrática e centralizadora, que objetivava controlar os funcionários e no qual o RH era visto como um órgão de fiscalização; para uma visão ampla e pluralizada que busca o desenvolvimento e motivação pessoal de todos. A grande evolução da administração trouxe consigo diversas estruturas e novos processos essenciais para o profissional que deseja trabalhar numa equipe de qualidade e que considera suas emoções, talentos, vontades e competências
Segundo SILVEIRA, MURINI e DENARDI (2008) o profissional de administração de hoje deve ter o perfil de acordo com sua área de atuação.
PENNA (2008) destaca que a medida que o administrador cresce em sua carreira, o nível de responsabilidade cresce também, devendo o profissional verificar o perfil da empresa que atua para que haja uma adaptação natural e positiva.
Nesse sentido, COSTA E CAMPOS (2006) destacam que a gestão da carreira passa por quatro etapas:
Escolha: São as decisões referentes à área de atuação;
Planejamento: Significa estabelecer metas e métodos para alcance dos objetivos traçados;
Implementação: Se refere ao modo como o profissional vai colocar em prática o planejado;
Avaliação: Etapa de verificação dos resultados e deve conciliar metas com satisfação pessoal.
ALCOFORADO (1997) afirma que devido aos efeitos da globalização, os administradores tem hoje o desafio de adquirir novas atitudes e a buscar planejamentos alternativos, dando suporte para as empresas em meio aos processos de transformação existentes.
O administrador além de ser criativo, deve direcionar suas idéias visando obtenção de resultados e coloca-las em prática de forma inovadora sem deixar de lado o compromisso e a responsabilidade, tomando decisões de modo a garantir a sobrevivência e a permanência da empresa no mercado. Arantes (1998).
GODIN
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