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Alguém já viveu um amor sem escalas?

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Por:   •  10/6/2013  •  Tese  •  555 Palavras (3 Páginas)  •  357 Visualizações

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05/05/13 Alguém já viveu um amor sem escalas? - Colunas- Alumni ESPM

www.alumniespm.com.br/impressao/alguem-ja-viveu-um-amor-sem-escalas/ 1/2

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Alguém já viveu um amor sem escalas?

George Clooney disse que sim e fui ver do que se tratava no divertido filme que concorre ao Oscar.

“Amor sem escalas” conta a história de um executivo que não sai do avião, ganhando um bom

salário e acumulando milhares de milhas fazendo um trabalho sujo e antipático. É contratado por

diretores de empresas que estão realizando demissões em massa para dar a triste notícia aos exempregados.

E, de quebra, tentar convencê-los de que perder o emprego pode ter um lado positivo.

Ao longo do filme, a frase “sua fidelidade é valorizada por nós” aparece em painéis, letreiros,

cartazes, fazendo-nos refletir sobre o tema. Numa das cenas mais divertidas do filme, Clooney

compara seus cartões e pontos de milhagem com uma amiga e disputa com ela quem tem mais

créditos. Declara não saber muito bem o que fazer com as milhas. Acostumou-se a viajar, a acumulálas,

mas não tem tempo para usá-las. Não deixa de ser irônico o fato de que ele, que valoriza tanto a

fidelidade, exerça a função de demitir funcionários fiéis.

Saí do filme pensando sobre a fidelidade corporativa. Aquele vínculo que nos oferecem em prol de

um benefício futuro que pode chegar um dia, quando chegar.

Já participei da criação de muitos programas de fidelidade. Já vi pessoas se esmurrando em função de

uma caneta e outras felizes por trocarem cupons por uma sobremesa. Prazeres efêmeros, porém

eficazes.

Vi também pessoas acumularem pontos durante anos e, ao final da jornada, terem que escolher entre

um jantar ou uma sacola térmica. Fora os presentes de aniversário que insistem em nos oferecer,

assumindo a conta de um jantar para o aniversariante (apenas), mas não para o acompanhante. Cadê

a visão integrada do cliente?

Enfim, fidelidade me parece um conceito divino no qual você acredita mesmo não vendo, gosta

mesmo não degustando e espera que um dia possa usufruir, caso se comporte adequadamente.

Nunca vejo fidelidade ligada a atendimento. A comunicação de um novo lançamento ou a queima de

estoques sendo comunicada de forma prévia aos clientes mais fiéis. Um dia de portas fechadas aos

clientes mais antigos. Nunca vejo isso.

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