Alimentação E Manejo Alimentar
Monografias: Alimentação E Manejo Alimentar. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: sideral • 7/10/2013 • 3.487 Palavras (14 Páginas) • 417 Visualizações
Alimentação e Manejo Alimentar
A região do Nordeste brasileiro, especialmente a Semi-Árida, é marcada por duas épocas bem distintas, uma época chuvosa e uma época seca. Na época chuvosa, caracterizada pela diversificação e abundância de plantas forrageira na pastagem nativa (Caatinga) os caprinos e os ovinos têm a possibilidade de consumir uma dieta rica em nutrientes, sendo necessário o fornecimento em cocho apenas da suplementação mineral. Por outro lado, durante a época seca matrizes e crias necessitam de alimentação diferenciada em função do estádio fisiológico ou fase de produção em que se encontram.
A associação de um manejo nutricional adequado com sistema de manejo reprodutivo, sem esquecer de utilizar animais de reconhecido potencial produtivo, possibilita o estabelecimento do sistema de produção aqui preconizado de três partos em dois anos.
Neste capítulo do sistema de produção, são relacionados os principais alimentos que podem ser utilizados no sistema de produção, bem como, recomendações sobre a alimentação de matrizes, reprodutores e crias são feitas para a fase de produção. É descrito o manejo alimentar na fase de recria. Duas opções de acabamento viáveis economicamente para a região Nordeste são descritas.
Alimentos
Manejo Alimentar
Alimentos
Existem várias opções de alimentos a serem utilizados nos sistemas de produção na região nordeste. Em termos de alimentos volumosos podem ser citados: Pastagens, culturas para a seca, capineiras, fenos, silagens e resíduos agroindustriais. Para completar a nutrição dos caprinos e ovinos, em algumas fases do ciclo de produção é necessário o uso de concentrados. A suplementação mineral é importante em todas as fases de produção, portanto, para completar a alimentação dos caprinos e ovinos os suplementos minerais são de fundamental importância.
Pasto Nativo
Pasto Cultivado
Culturas para uso na Seca
MandiocaPalma Forrageira
Capineiras
Resíduos Agroindustriais
Feno
Silagem
Concentrados
Suplementos Minerais e Misturas Múltiplas
Pasto Nativo
A Caatinga é uma excelente fonte alimentar para os rebanhos durante a época chuvosa. Para aumentar seu potencial produtivo quatro técnicas de manipulação foram desenvolvidas pela Embrapa Caprinos.
Raleamento – Consiste em diminuir o número de árvores/há, reduzindo a densidade de espécies de baixo valor forrageiro e madeireiro (ex: marmeleiro, malva branca). Com a diminuição no número de árvores, em áreas onde há banco de sementes de espécies herbáceas, há aumento na disponibilidade destas para uso na alimentação animal. Como ovino tem maior preferência por espécies herbáceas, esta prática favorece mais esta espécie.
Rebaixamento – Consiste em cortar a uma altura em torno de 70 cm espécies arbóreas (Ex.: jurema preta, sabiá, mororó) de valor forrageiro cuja folhagem está fora do alcance do animal. Esta prática favorece bastante os caprinos, pois, estes têm preferência por plantas de folha larga.
Raleamento e rebaixamento – consiste na combinação dos dois métodos anteriormente citados.
Enriquecimento – Consiste em adicionar a vegetação já existente em uma caatinga raleada, outras espécies principalmente herbáceas (Ex.: capim-gramão). Esta prática tanto pode incrementa a produção de forragem de uma caatinga raleada, como pode, em áreas onde é feito o raleamento e não existe banco de espécies herbáceas nativas, contribuir com o aumento na quantidade de forragem destas áreas. Na tabela abaixo estão alguns indicadores de desempenho de cada um dos níveis de manipulação e da caatinga nativa.
Pasto Cultivado
Existem várias forrageiras que são recomendadas e devem ser usadas na formação de pastos cultivados e com propósitos específicos para a alimentação animal, especialmente na região semi-árida. Dentre as espécies mais adaptadas, pode-se citar: capim-búffel (Cenchrus ciliaris), capim-gramão (Cynodon dactylus), capim-corrente (Urochloa mosambicensis) e capim-andropogon (Andropogon gayanus) e como banco de proteína, a Leucena (Leucaena leucocephala).
Há outro grupo de gramíneas, de elevado potencial de produção, mas que são mais exigentes quanto à fertilidade do solo e à pluviosiade. São as gramíneas do gênero Panicum (tanzânia, mombarça, colonião, aruana, massai, etc...) e o popular capim-elefante (Pennisetum purpureum).
O manejo dos animais pode ser feito em sistema de lotação contínua (pastejo contínuo), lotação rotativa (pastejo rotacionado) ou ainda pode ser feito diferimento do pasto (feno em pé).
Para manejar os animais em lotação contínua, são mais recomendadas as gramíneas de hábito de crescimento estolonífero (crescem se espalhando, não forma touceiras). As mais usadas neste caso são os capins tiftons, capim gramão e alguns tipos de brachiaria.
Para manejo rotacionado preferir usar gramíneas que crescem em touceiras (tanzânia, mombaça, andropogon, búffel). Neste sistema o capim tem alternados períodos de uso e de descanso. O período de uso deve variar entre um e cinco dias. Já o período de descanso é específico Para cada gramínea.
O uso correto das áreas de pastagens, independente do sistema de pastejo utilizado, deve incluir a realização de adubações de manutenção e também o ajuste da taxa de lotação, evitando o super-pastejo que é a principal causa de degradação de pastagens.
Culturas para uso na Seca
Neste item são exploradas algumas culturas que podem ser utilizadas nos sistema de produção do nordeste para uso na alimentação dos rebanhos, principalmente na época seca.
Mandioca
Palma Forrageira
Cana-de-açúcar
Mandioca
Entre
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