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Por:   •  11/3/2015  •  1.003 Palavras (5 Páginas)  •  259 Visualizações

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 Resumo

Aula-tema 02: A Centralidade do Modelo

Após conhecer o significado do termo “Microempresa ou Empresa de

Pequeno Porte”, compreendendo os limites de faturamento anuais aos quais esses

negócios se enquadram (bem como os impostos incidentes sobre eles), e também

após avaliar a necessidade da elaboração do Plano de Negócios para definição das

estratégias empresariais, a próxima etapa a ser analisada pelo empreendedor é o

estudo sobre o universo no qual a pequena empresa está inserida, avaliando as

pricipais dificuldades encontradas pelos gestores que se aventuram na abertura do

seu próprio negócio.

Pesquisas realizadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística) mostraram que, no ano de 2007, no Brasil, as microempresas

representavam 99,2% dos empreendimentos brasileiros, 20% do PIB (Produto

Interno Bruto), gerando 57,2% do total de empregos formais no país.

Por outro lado, os estudos mostram que 59, 9% das empresas criadas não

sobrevivem além dos 4 anos de vida. Se refletirmos sobre esses números, vemos

que de cada 100 empresas abertas, apenas 40 superam os primeiros 4 anos de

atividade. Há outro indicador ainda mais crítico: somente 3 destas 100 empresas

chegam aos 30 anos. Mas por que isso acontece?

Ao longo do processo de criação e de maturação dessas pequenas

empresas, muitas dificuldades são encontradas pelos empreendedores, o que os faz

desistirem do negócio. Uma das grandes dificuldades é o poder que as grandes

corporações exercem sobre a pequena empresa brasileira. Enquanto fornecedora

das grandes corporações, a pequena empresa fica à mercê de seus prazos de

pagamento, bem como das exigências por baixos preços, visto que estas grandes

corporações anseiam por retornos extradiornários e alta lucratividade. Assim, o

pequeno empreendedor é obrigado a reduzir significativamente sua margem de

lucratividade em busca de preços competitivos para vencer a concorrência.

Já quando o pequeno empreendedor consegue ter o melhor preço, o grande

cliente prolonga de tal maneira o prazo de pagamento a ponto de causar um grande

descompasso no fluxo de caixa do pequeno empresário, que também terá que pagar

seus fornecedores, porém em um prazo de tempo muito mais reduzido. Ou seja, ele

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compra para pagar a curto prazo (geralmente o prazo médio de pagamento é entre

28 e 30 dias, exceto para empresas com menos de 1 ano no mercado, onde se

exige pagamento à vista) e obtém o retorno desta compra somente à longo prazo,

chegando à 90 dias (prazo médio de estocagem 60 dias + prazo médio de

recebimento 30 dias). Caso não haja uma reserva de caixa suficiente para manter

esse período, cobrindo a lacuna entre o pagamento e o recebimento (reserva esta

chamada de capital de giro), as chances de quebra das microempresas serão

grandes. Em busca da reversão desse processo, o pequeno investidor é obrigado a

financiar suas dívidas.

Outro entrave para o sucesso das pequenas empresas brasileiras são as

fontes de financiamento. Por ser pequena e apresentar maior risco aos bancos,

estes oferecem linhas de créditos a juros não tão compensadores. No desespero de

levantar capital de giro para financiar suas operações, o pequeno empresário busca

dinheiro onde ele se encontra disponível, captando-o a qualquer custo e pagando

muito caro por ele. É preciso uma revisão por parte do governo nas linhas de crédito

oferecida pelos bancos ao pequeno investidor, pois fontes de recursos escassas e

caras aumentam as chances de falência da microempresa (FERRONATO, 2011).

Outra grande dificuldade encontrada pelas micro e pequenas empresas

brasileiras é com relação à burocracia existente para regularização das atividades

operacionais, onde as restrições e complexidades da legislação são grandes

barreiras para continuidade do negócio e uma das principais reclamações do

pequeno empreendedor.

Nesse sentido, os escritórios de contabilidade, que muitas vezes também são

micro ou pequenas empresas, deveriam ampliar seus serviços, oferecendo suporte e

consultoria em busca de soluções criativas aos problemas encontrados pelo micro

empreendedor (FERRONATO, 2011). A percepção que se tem é que esses

escritórios servem somente de auxílio para questões fiscais.

A quinta, porém não menos importante, dificuldade encontrada pelas

pequenas empresas é o conhecimento sobre gestão e administração por parte do

dono do negócio. Geralmente, no micronegócio,

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