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Análise Retórica Dispositivo Fantasia Cromática

Por:   •  4/10/2020  •  Trabalho acadêmico  •  729 Palavras (3 Páginas)  •  106 Visualizações

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS – UEA

ESCOLA SUPERIOR DE ARTES E TURISMO – ESAT

RETÓRICA E ANÁLISE MUSICAL

MANAUS – AM

2020


JUSCELINO DE MATOS SAMPAIO FILHO

RETÓRICA E ANÁLISE MUSICAL

Atividade apresentada à Disciplina de Linguagem e Estruturação Musical 3 do Curso de Licenciatura em Música, ministrada pelo Prof. Dr. Mário Trilha, como requisito de nota parcial do semestre.

MANAUS – AM

2020

Apresentação

Fantasia é o título dado a peças marcadamente contrapontísticas, com bastante imitações entre as partes (BENNET, 1986). A fantasia aqui apresentada será a Fantasia em Ré Menor (BWV:903) popularmente conhecida como ‘Fantasia Cromática’, uma obra para cravo de Johann Sebastian Bach.

Segundo Cano (2011), as partes da retórica musical são: Inventio, Dispositio, Elocutio, Memoria e Pronuntiatio. Com respeito à Dispositio, temos a seguinte divisão:

  1. Exordium: introdução ao discurso, a transição do silencio ao som.
  1. Captatio Benevolentiae: Seduz o ouvinte
  2. Partitio: Anuncia o conteúdo.
  1. Narratio: Apresentação dos fatos.
  2. Propositio: Enunciação da tese fundamental.
  3. Confutatio: A defesa da tese, argumentos que confirmam o ponto de vista e refuta os que contradizem.
  4. Confirmatio: Retorna à tese fundamental.
  5. Peroratio: É o epílogo, uma conclusão que pode ser de diversas formas.

EXORDIUM [1-2]

[pic 1]

        Nestes dois primeiros compassos, já temos a anunciação da ideia principal, que veremos mais adiante. O Exordium pode ser de dois tipos: Captatio Benevolentiae ou Partitio. Nesse caso está mais anunciando o conteúdo, do que seduzindo o ouvinte, a escala inicial já deixa claro a tonalidade, e a disposição das notas anuncia de que forma se dará a tese principal. Apesar que a velocidade que se toca as notas, e a pausa ao final, pode chamar a atenção do ouvinte.

NARRATIO [3-20]

[pic 2]

...

[pic 3]

        No compasso 3 se inicia algo diferente, e temos um claro fim de seção no compasso 20. Nesta seção parece um improviso, como se estivesse apresentando algo, preparando o ouvinte para o que vem a seguir. Parece que as coisas não se resolvem, nos acordes formados.


PROPOSITIO [21-29]

[pic 4]

...

[pic 5]

        Aqui no 21 em diante vemos o que já foi anunciado nos compassos 1 e 2, podemos considerar como a tese principal a partir daqui, pois retoma e se trabalha uma ideia apresentada no Exordium, a ideia de escalas. E vai até os arpejos do compasso 29, nesse arpejo vemos a voz mais superior ascendendo cromaticamente de ‘mi’ até ‘lá’, enquando a voz mais inferior fazendo um pedal no ré.

TRANSITUS [30-48]

[pic 6]

...

[pic 7]

Em algumas ocasiões, para passar de uma seção da Dispositio à outram se utiliza períodos de transição (CANO, 2011). Podemos considerar essa seção repleta de arpejos cromatismo, como uma seção de trânsito entre a Propositio e a Confutatio. A partir do compasso 49 começa algo bem diferente.

CONFUTATIO [49-62]

[pic 8]

...

[pic 9]

        

Nesta parte onde inicia o recitativo, percebemos que se inicia algo diferente, meio ‘estranha’, pois começa a misturar várias ideias, algumas já apresentadas antes. Começa a passar por regiões harmônicas distantes da tonalidade. Essa seção do recitativo é bem expressiva, tem vários acordes diminutos e semitons na linha melódica. Com essas ideias diferentes junto com ideias já apresentadas na Propositio, podemos considerar essa seção como Confutatio.

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