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Análise ergonômica do trabalho

Por:   •  9/7/2017  •  Seminário  •  1.422 Palavras (6 Páginas)  •  231 Visualizações

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 ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO DE TRABALHADORES AUTÔNOMOS DO RAMO METALÚRGICO

Disciplina: Análise Ergonômica do Trabalho

Docente: Profa. Dra. Sandra F. Bezerra Gemma

Data: 15/05/2017

Grupo G25 - Integrantes                        RA                              CURSO       

Danilo Francelino Leira                     145811                  Engenharia de produção

Leonardo Alcântara Bueno             140741                Engenharia de Manufatura        

 Limeira, 2017

  1. Introdução

O presente trabalho se refere a análise ergonômica do trabalho da situação de um trabalhador autônomo do ramo metalúrgico.

“No 1º trimestre, o Brasil tinha 14,2 milhões de desempregados, também batendo recorde da série histórica” (SILVEIRA; CAVALLINI, 2017). Com isso, não é de se estranhar que o número de autônomos no país esteja em crescimento.

A quantidade de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada tem crescido nos últimos meses. No início deste ano, eram 9,7 milhões, o que significa que boa parte dos trabalhadores não possuem os direitos estabelecidos pela CLT.

Baseando-se nestes números, o grupo motivou-se em buscar conhecer o dia a dia de um trabalhador autônomo, sua jornada e método de trabalho, além do contexto psicológico no qual está envolvido.

Na ação ergonômica, “a exigência científica fundamental reside na observação sistemática das situações reais de trabalho” (ABRAHÃO, 1993). Abrahão acrescenta ainda que o principal argumento para o estudo das situações reais é que nem sempre encontraremos todos os aspectos das tarefas descritos nos documentos formais, por isso, é importante a observação do ambiente de trabalho.

Partindo deste pressuposto visto na bibliografia, a análise se baseia no acompanhamento de aproximadamente 1:30h até 2:00h de observações de um metalúrgico autônomo com 59 anos de idade, dono de uma empresa de pequeno porte que presta serviços, em seu ambiente de trabalho. Foi observado diversos fatores, como as condições climáticas que ele está inserido, os ruídos que são produzidos pelo maquinário, o uso de EPI’s, o tempo de descanso, a jornada de trabalho, sua remuneração mensal e os aspectos psicológicos que o rodeia.

Além dessas informações práticas, foi realizado uma entrevista informal de aproximadamente 2 minutos, apresentando algumas informações relevantes do trabalhador, a fim de melhorar as observações e a análise ergonômica.

2. Desenvolvimento

Os objetivos da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) podem ser definidos como adaptar a atividade ao trabalhador e não o trabalhador à atividade, e melhoria das práticas das tarefas com conforto, saúde, segurança e eficácia.

Seguindo a Metodologia do AET, conforme descrita em (Capítulo 6 do Livro da Abrahão et al. 2009 – Introdução à ergonomia: da prática à teoria) nosso estudo e levantamento de dados iniciou-se na visita in loco; uma empresa de pequeno porte, na qual o autônomo José Eduardo é o dono e o único empregado.

O estudo ergonômico do posto de trabalho comporta três fases:

  1. Análise da demanda: definição do problema a ser estudado.
  2. Análise da tarefa: análise das condições ambientais, técnicas e organizacionais de trabalho (Avaliação in loco).
  3. Análise das atividades: análise dos comportamentos do ser humano no trabalho (gestuais, informacionais, regulatórios e cognitivos). Entrevista informal com o trabalhador.

2.1 Análise da demanda

Situação de trabalho de um autônomo, que é dono de uma empresa de pequeno porte do ramo de metalurgia.

José Eduardo, 59 anos, é o dono e o único funcionário em sua empresa. Trabalha há 8 anos como autônomo, desde que a empresa na qual era sócio faliu devido à crise econômica de 2008 que afetou o país.

Desde então, trabalha no “quintal” de sua residência, com os maquinários que adquiriu devido aos direitos trabalhistas da antiga empresa. Alguns de seus clientes, são os mesmos da época em que trabalhava na empresa como sócio.

2.2.1 Análise da tarefa (Dados referentes ao ser humano)

Formação acadêmica até o primário. Experiência de quase 40 anos de trabalho em tornos mecânicos (semi- automáticos e manual.)

Realiza todas as operações de usinagem. (Desbastes, acabamento, furação, rosqueamento, etc.).  Essas operações dependem do produto que foi requisitado.

Número de trabalhadores depende da quantidade de peças solicitadas. Normalmente, trabalha sozinho. Nas épocas de grande demanda, recebe ajuda de um conhecido, no qual recebe por dia trabalhado. Não há nenhum vínculo empregatício.

Sua remuneração varia de acordo com a demanda. Mais trabalho, maior remuneração. Em média, 3 salários mínimos.

 2.2.2 Análise da tarefa (Dados referentes às condições técnicas-máquina)

As estruturas das máquinas estão em boas condições, pois é realizado regularmente manutenções preventivas, como troca de óleo e lubrificação.

Há muitos elementos mecânicos, elétricos e hidráulicos nos equipamentos. Grande parte da manutenção é feito pelo próprio trabalhador, devido ao conhecimento adquirido durante os anos de profissão.

Abaixo, segue algumas fotos:

     

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2.2.3 Análise da tarefa (Dados referentes às condições ambientais)

O espaço de trabalho é bastante amplo. Os maquinários estão dispostos de maneira organizada, bem como o ferramental utilizado.

O ambiente térmico é agradável, é bem ventilado, pois o salão é aberto. Vale ressaltar que em tempos de frio, o trabalhador pode sofrer com este fator.

O ambiente é bastante barulhento, devido aos ruídos emitidos pelo maquinário. Em algumas das medições, chegou-se a medir ruídos na ordem de 95 DB, acima do permitido pela NR15 (Brasil, 2004).

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