Análise De Demonstrativos Financeiros
Exames: Análise De Demonstrativos Financeiros. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Tutufdrp • 30/10/2013 • 347 Palavras (2 Páginas) • 431 Visualizações
O Plano Real foi implantado em 3 etapas:
1. Período de equilíbrio das contas públicas (redução de despesas e aumento de receitas);
2. Criação da unidade real de valor (índice que procurou refletir a variação do poder aquisitivo da moeda, servindo apenas como unidade de conta e referência de valores) para preservar o poder de compra da massa salarial, evitando medidas de choque como confisco de poupança e quebra de contratos;
3. Lançamento do padrão monetário de nome Real.
Apesar disso, a dívida pública começou a elevar-se, especialmente em função de três fatores:
• Rígida política monetária da época, a qual acarretou uma taxa real de juros média no período extremamente elevada;
• Reduzido superávit primário.
• Política de propiciar maior transparência às contas públicas, reconhecendo vários passivos que antes se encontravam disfarçados.
Na segunda metade da década de 1990, o reduzido prazo médio da dívida, aliado à política de maior transparência fiscal, fazia com que o alongamento passasse a ser parte fundamental na estratégia de endividamento. Assim, o governo conseguiu melhorar substancialmente a composição da dívida, elevando os volumes emitidos de títulos prefixados, aumentando seus prazos ofertados em leilão. Com a crise da Ásia, houve redução dos prazos e posterior interrupção da emissão de títulos prefixados. Ou seja, houve um retrocesso em relação à qualidade da dívida.
O ponto a destacar é que, apesar da estabilização econômica, seus efeitos sobre a dívida pública, em termos de composição dos instrumentos, não se fizeram sentir tão fortemente. As expressivas emissões diretas representadas pelo reconhecimento dos passivos contingentes, aliadas às altas taxas de juros necessárias à consolidação da estabilidade, fizeram com que o estoque da dívida pública crescesse brutalmente. Esse fato gerou a necessidade de que seu prazo médio fosse elevado para evitar que o risco de refinanciamento a cada período ficasse muito grande.
Desde então, tem-se observado um esforço no sentido de obter contínua melhoria no perfil da dívida federal interna, seja em termos de aumento do prazo, seja de uma maior qualidade na composição desta, buscando-se a redução na participação de títulos indexados à taxa de câmbio e à taxa Selic, o que vem acontecendo com sucesso desde 2003.
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