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Análise Dos índices Inflacionários No Brasil

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Por:   •  25/1/2015  •  1.952 Palavras (8 Páginas)  •  362 Visualizações

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ATIVIDADE DISSERTATIVA 2

Atividade dissertativa II para fins de

avaliação parcial da disciplina

Economia,

ministrada pelo Prof. Ivan Carneiro.

OUTUBRO/2014

História da inflação no Brasil segundo a Advfn

O Brasil e a Hiperinflação

A hiperinflação ocorre quando a inflação fica elevadíssima e fora de controle. Além de corroer o poder de compra do consumidor, a alta generalizada e contínua dos preços costuma provocar recessão e desvalorização acentuada da moeda.

 No Brasil, a hiperinflação ocorreu entre as décadas de 1980 e 1990, quando a inflação galopante chegou a superar os 80% ao mês, ou seja, o mesmo produto chegava a quase dobrar de preço de um mês para o outro.

Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que entre 1980 e 1989, a inflação média no país foi de 233,5% ao ano. Na década seguinte, entre os anos de 1990 e 1999, a variação anual subiu para 499,2%.

As causas da hiperinflação no país costumam ser relacionadas ao aumento dos gastos públicos durante o governo militar e pela elevação do endividamento externo, agravado pela crise mundial derivada do aumento dos preços do petróleo e pela retração na taxa de expansão da economia. A política de substituição das importações – que vinha desde o governo Juscelino Kubistschek – fez crescer os gastos públicos, e o “milagre econômico” entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1970 (quando a economia brasileira cresceu à media de 10% ao ano) foi financiado por empréstimos internacionais. A partir de 1973, quando a crise internacional do petróleo fez o custo do barril subir 400% em três meses, de US$ 2,90 para US$ 11,65, a economia brasileira passou a apresentar taxas de inflação crescentes. O PIB já não crescia tanto, e o Brasil entrou na década de 1980 com o pé esquerdo: inflação, dívida externa elevada e indústria defasada.

Na hiperinflação crônica, as causas se sucedem e se realimentam. O choque do petróleo pode ter dado início à crise hiperinflacionária, mas ela foi intensificada por desvalorizações da moeda, para manter o Brasil competitivo (com uma maxidesvalorização em 1979); e pelo aumento do dinheiro em circulação para financiar a dívida externa.

Foram cerca de 15 anos de inflação acima de dois dígitos e de correção monetária. Comerciante remarcavam diariamente os preços dos produtos, que sumiam rapidamente das prateleiras, já que a população estocava alimentos por temer as sucessivas altas. Preços e salários eram reajustados automaticamente assim que era divulgada a inflação do mês anterior, criando o efeito bola de neve, em que a inflação de um mês era imediatamente repassada para o mês seguinte.

Quem mais perdia com a hiperinflação eram os mais pobres, que não podiam se defender das perdas colocando o dinheiro em aplicações que rendessem juros diários e acompanhassem a desvalorização da moeda.

Plano Cruzado

O Plano Cruzado foi um conjunto de medidas econômicas, lançado pelo governo brasileiro em 28 de fevereiro de 1986, com base no decreto-lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986.

Na época, o presidente da República era José Sarney e o ministro da Fazenda era Dilson Funaro.

O Palno Cruzado foi o primeiro plano econômico nacional em larga escala desde o término da ditadura militar.

Em 1986, plano Cruzado congelou preços, e a carne sumiu dos supermercados.

Principais medidas do Plano Cruzado

As principais medidas contidas no Plano foram:

• Congelamento de preços de bens e serviços; congelamento da taxa de câmbio; reforma monetária, com alteração da unidade do sistema monetário, que passou a denominar-se cruzado (Cz$), cujo valor correspondia a mil unidades de cruzeiro;

• Substituição da Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional ORTN (título da dívida pública instituído em 1964), pela Obrigação do Tesouro Nacional (OTN), cujo valor foi congelado por um ano;

• Congelamento dos salários pela média de seu valor dos últimos seis meses e do salário mínimo em Cz$ 804,00, que era igual a aproximadamente a US$67,00 de Salário Mínimo;

• Como a economia fora desindexada, institui-se uma tabela de conversão para transformar as dívidas contraídas numa economia com inflação muito alta em dívidas contraídas em uma economia de inflação praticamente nula;

• Criação de uma espécie de seguro-desemprego para aqueles que fossem dispensados sem justa causa ou em virtude do fechamento de empresas;

• Os reajustes salariais passaram a ser realizados por um dispositivo chamado gatilho salarial ou seguro-inflação, que estabelecia o reajuste automático dos salários sempre que a inflação alcançasse 20%.

Plano Verão

O Plano Verão, instituído em 16 de Janeiro de 1989, foi um plano econômico lançado pelo governo do presidente brasileiro José Sarney, realizado pelo ministro Maílson Ferreira da Nóbrega, que havia assumido o lugar de Bresser Pereira.

Devido à crise inflacionária da década de 1980, foi editada uma lei que modificava o índice de rendimento da caderneta, promovendo ainda o congelamento dos preços e salários, a criação de uma nova moeda, o Cruzado Novo, inicialmente atrelada em paridade com o Dólar e a extinção da OTN, importante fator de correção monetária.

Assim como ocorreu no Plano Bresser, o Plano Verão também gerou grandes desajustes às cadernetas de poupança, em que as perdas chegaram a 20,37%. Nenhuma regra foi definida em relação a ajustes salariais. Atualmente, até dezembro de 2008, estas perdas podem ser reclamadas na justiça.

Cruzado Novo

Em 1989, o governo lançou o Cruzado Novo: o dinheiro perdeu zeros, a taxa de juros subiu e o crédito desapareceu...

Plano Real

Após quase uma dezena de planos econômicos fracassados, o Plano Real marcou o final do período de instabilidade monetária e altas taxas de inflação, que chegaram a atingir 5.000% ao ano, de julho de 1993 a junho de 1994. Junto com o plano, veio a nova moeda, o real – a quinta à qual os brasileiros tiveram que se acostumar em uma década.

Lançado

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