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Cantinas no Brasil – Rio Grande do Sul

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Por:   •  31/10/2013  •  Artigo  •  595 Palavras (3 Páginas)  •  645 Visualizações

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fvndjfdfd1.1 Cantinas no Brasil – Rio Grande do Sul

Os descendentes de italianos chamavam a atenção de todos para a importância da comida em suas vidas e na de seus ascendentes, as mulheres tinham “poder” para rejeitar ou incluir alimentos dentro da sua própria casa, especialmente aquelas consideradas “novidade”, como os temperos prontos, embutidos e pães industrializados, congelados, e entre outros. Em diferentes lugares do Rio Grande do Sul, há um forte investimento relacionado à comida, eles apreciam comer bem nas suas refeições. O roteiro das primeiras cantinas nasce da celebração do vinho na sua origem, como um produto cultural; focando no seu uso, costumes, memórias e saberes, transmitidas aos descendentes na produção e elaboração dos vinhos.

A Cantina para os italianos era um espaço onde se fabricava seus produtos e utensílios nos porões de suas próprias casas assim como os embutidos, doces de frutas para consumo deles mesmos, um local cultural, de identidade e memória também de marcenaria para o uso cotidiano, e local de elaboração e repouso dos vinhos, lugar de sociabilidade, de encontro com os amigos, onde eram realizadas as festas de casamentos muitas vezes.

O vinho traz com ele uma certa riqueza de saberes, memória, confraternização das comunidades e famílias até hoje em dia, são mais de 130 anos aproximadamente de história, isso é o que diferencia a etnia italiana predominante e pólo turístico, representados na história de cada família e sua cantina.

As características construtivas das cantinas localizadas nas Regiões do Vêneto, Trento, Friuli Venezia Giulia e Lombardia, eram localizadas nos porões, os firmamentos em pedra basalto e com as paredes também de pedra basalto, as dimensões era comum ser nas medidas de 50 x50 cm de base quadrada, cortadas à mão, com os pilares internos, algumas vezes era usada a madeira de araucária nos pilares e nas vigas superiores, sendo que não havia energia elétrica no lugar e o trabalho acabava sendo manual. A ampliação tanto na altura quanto novas paredes era feita de tijolos maciços. O Piso era de chão batido, útil para conservar a umidade necessária para a conservação do vinho queijos e salames. A cantina sempre foi lugar de sociabilidades e também local da Festa que era realizada após a vindima, para comemorar o termino da colheita.

Os primeiros colonizadores italianos a chegaram a 1875, eram pequenos agricultores trazidos com a intenção de colonizar terras do sul do Brasil. Por causa dessa política de colonização, os italianos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, acabaram se tornando pequenos possessores e puderam trabalhar de livre e espontânea vontade, formando colônias que depois de um tempo se tornaram vilas e cidades. No estado de São Paulo foi diferente, com o objetivo de fornecer a falta de mão de obra na lavoura do café do interior do Estado, o Governo ajudou com passagens estimulando a vinda de trabalhadores italianos de várias partes, como por exemplo Lombardia, Mantova, Cremona, e Nápoles. A crise em que a Itália passava acabava parando os operários e agricultores a procurar trabalho em outras regiões do país.

No começo as viagens eram realizadas à vela e duravam por volta de 60 dias dependendo do clima, mas quando eram feitas em navios a vapor, a viagem durava em média 20 dias.

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