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Análise Filme: "como Estrelas Na Terra"

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Por:   •  14/3/2015  •  1.573 Palavras (7 Páginas)  •  8.484 Visualizações

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Filme: Como estrelas na Terra.

ESCOLA= PROFESSORES:

A escola onde ishaan estuda é totalmente tradicional. Com salas de aula com cadeiras enfileiradas e é usado o castigo quando os alunos não acertam as tarefas. O filme retrata também atitudes de vários professores não muito preocupados com a educação e particularidade dos alunos, onde professores acreditam serem donos do saber e ignoram as “dificuldades” de aprendizagem e no caso de Ishaan, qualificando-o de apelidos, como o de engraçadinho, sem-vergonha, preguiçoso, etc, por não saber fazer as atividades solicitadas. Percebemos no filme que o professor usa uma prática da pedagogia diretiva como método de ensino, aquele professor que fala e o aluno obedece, o professor que dita e o aluno copia.

FAMILIA = SUBSÍDIOS:

A família de Ishaan é bastante tradicional. O pai viaja constantemente a trabalho, a mãe é dona do lar, onde tem a sua rotina diária que é de cuidar do marido, filhos e da casa, o irmão estuda, bom aluno e tira as melhores notas além de praticar esportes. Os pais de Ishaan não dão o apoio necessário ao filho que tem dificuldades de aprendizagem. Eles pensam que o garoto vai mal na escola, por que é desatento, preguiçoso e teimoso e não por causa de uma dificuldade. No âmbito familiar impera o amor, no entanto, esses momentos são intercalados com a ausência de paciência para entender/compreender as atitudes do filho mais novo. A mãe ao passo que é totalmente carinhosa, também protagoniza cenas em que repreende o caçula. O pai, ao não saber o que fazer, passa a agressão. O irmão mais velho por sua vez tem uma ótima relação com Ishaan.

Não entendendo o problema do garoto eles acabaram mandando-o para um colégio interno. A solidão e o abandono só serviram para aumentar ainda mais o seu estado, pois com isso, ele só se sentiu mais afastado e excluído da família. E aquele garoto tão sonhador, se vê de repente sem ânimo para fazer o que mais gostava: criar e pintar seu universo tão colorido, cheio de peixes, pipas, discos voadores, alienígenas, tudo fantástico. Assim a família não deu o apoio necessário para o menino superar suas dificuldades, só prejudicou ainda mais.

SOCIAL:

Na sua vida cotidiana, devido a sua dificuldade em aprender, Ishaan cria mecanismos de defesa apoiados na indisciplina. Onde acaba se envolvendo em brigas com seus vizinhos e na escola acaba sendo rotulado pelos próprios colegas, recebendo humilhações e deboches quando ele erra alguma questão na sala de aula. Então ele passa a ser excluído mais uma vez no seu meio social e se isola no mundo da imaginação, onde começa a colorir um mundo só para ele.

Quando Ishaan foi para a outra escola e depois de um tempo encontrou a ajuda de um professor de Artes:

Impossível não se sensibilizar com o sofrimento que parece não ter fim do menino. O lema da “nova” escola é: “Disciplina. Nesta escola o menino é de imediato identificado como o garoto desregrado e incapaz de se desenvolver intelectualmente. E Pior: agora, Ishaan aceita esses rótulos e começa a se anestesiar para não sofrer, submetendo-se às novas humilhações dos professores sem qualquer reação. Deixa de falar, de desenhar e vai se tornando indiferente a tudo e a todos. Ishaan foi impedido de ser ele mesmo. finalmente chega o Professor Ram Shankar, que assume as aulas de artes.

Ram tem um percurso profissional interessante: vem de uma escola especial da região, na qual desenvolve um trabalho belíssimo com crianças deficientes. Esse percurso e sua própria história nos bancos escolares o equipam para aproximar-se de Ishaan e empatizar-se com ele. O professor de artes logo percebe que o garoto está profundamente deprimido, pois não responde a sua forma inusitada de ministrar aulas: ele se apresenta aos alunos fantasiado, tocando uma flauta e convidando-os a dançar, cantar e, depois, desenhar livremente, deixando a imaginação correr solta no papel: “Divirtam-se, estão livres para desenhar o que quiserem!”“. Ou seja, tudo que Ishaan fazia antes da opressão e violência que sofreu no ambiente escolar e familiar. Encapsulado, o garoto não reage mais; está tão anestesiado que nem consegue identificar em Ran Shankar o seu próprio modo de ser e ver o mundo.

Mas o professor está determinado a salvar o garoto, cujos “olhos berram por socorro”: analisa os cadernos, conversa com o único coleguinha com quem Ishaan mantinha um vínculo de amizade e finalmente procura pelos familiares dele, para conversar e elencar os sintomas de um distúrbio denominado dislexia, para afirmar que Ishaan não era preguiçoso ou indisciplinado e sim apresentava uma limitação real e de natureza orgânica que gerava seus problemas de aprendizagem.

O próximo passo de Ran Shankar foi marcar uma reunião com o diretor da escola, e aí há um diálogo comum no ambiente escolar, que muitas vezes ocorre entre especialistas e coordenadores pedagógicos. O professor informa o problema do garoto, e o diretor então afirma categórico que ele deve ser transferido para uma escola especial. Mas Ran invoca o ideal da inclusão e o dever, assegurado por lei, de todas as escolas aceitarem crianças, independente de suas dificuldades, inclusive as deficientes. O diretor retruca, afirmando que, em classes numerosas, os professores não têm condições e nem TEMPO para se dedicar às especiais. Ran está decidido a ajudar e se oferece para acompanhar Ishaan individualmente, duas ou três vezes por semana.

A grande virada e sacada está na parceria estabelecida entre o professor/mediador e o aluno. A partir dela, fica fácil aprender, abrir canais para ler, escrever e lidar com os números. O professor de artes se aproximou afetivamente do garoto, colocou-se no lugar dele e foi mostrando novas formas de apropriação e construção dos conhecimentos a partir desse lugar, de suas potencialidades e recursos. Além do afeto, Ran reapresentou o objeto cultural escrita para Ishaan, resgatando, em especial, o aspecto lúdico e respeitando o tempo e ritmo de experimentação do garoto.

No final, assistimos a movimentos de confraternização bem raros no ambiente escolar de fora da tela, com todos reconhecendo suas limitações e se humanizando. Há também as reparações de praxe por parte dos familiares, dos professores e dos colegas, e Ishaan volta a sorrir e a ter esperança em suas capacidades de desenvolvimento.

• O QUE TE MARCOU POSITIVAMENTE E NEGATIVAMENTE NO SEU TEMPO DE ESCOLA?

• E QUAL DOS DOIS LADOS TE MARCOU MAIS? O POSITIVO OU O NEGATIVO?

Positivamente: Minha professora de primeira série, pela qual me expirei em ser professora. Ela era uma pessoa muito atenciosa e calma. Explicava a matéria de maneira lúdica e prazerosa. Sabia ouvir os alunos. E me marcou bastante, pois foi com ela que aprendi a ler e ganhei meu primeiro livro, onde consegui ler sozinha.

Depois de um tempo, ela me deu aula no curso normal. E durante suas aulas e coordenadoria nos estágios supervisionados, me deu uma grande acessória e me passou seus ensinamentos como professora.

Negativamente: As tão temidas AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA! Haha

Eu simplesmente passei a odiar Educação Física. Na minha época, na escola onde eu estudei, as aulas de Educação Física tinham somente duas opções: Vôlei ou futsal não tinha tantas escolhas e era obrigatório. Hoje nesta mesma escola, já tem mais opções, como: atletismo, basquete, caminhada, ciclismo e dança. Eu particularmente ia adorar a caminhada ou o ciclismo!

Eu durante os anos finais do ensino fundamental e ensino médio (curso normal), fazia vôlei, mais por eu ser pequena, eu era péssima jogadora. E o professor somente largava a gente na quadra com uma bola e ficava sentado assistindo e apitando o jogo. Eu achava a bola muito dura e sempre acabava o jogo com meus braços vermelhos e roxos no outro dia. Sem contar que eu era a última a ser escolhida para a formação de um time, tendo certa rejeição pelas demais colegas, pois els sabiam que eu não jogava tão bem, errava as manchetes e não acertava os saques, onde a bola sempre dava na rede e nunca atravessava pro outro lado da quadra.

E a aula de Educação Física, sempre me deixava retraída. Nunca o professor me deu suporte para superar essas dificuldades que eu tinha no jogo e não conversava com as outras colegas, para me ajudarem de uma certa forma.

-O que me marcou mais foi o lado positivo. Que foi a inspiração que tive da minha professora de primeira série. Que me expirou a fazer o magistério e estar cursando a faculdade de pedagogia. Sendo que essa professora é minha amiga até hoje e também é minha colega de profissão. Sou muito grata por ela, por sempre estar no meu lado e quando eu tinha alguma dúvida ela sempre me esclarecia e me ajudava a superar minhas dificuldades.

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