Análise Temática Da Obra A República De Platão Livro

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

BEATRIZ MORAES

CARMEN LUCIA CORRÊA

CRISLAINE SANTO

DAYSE GUEDES

GABRIELA MARDOK

TALITA FARIAS

ANÁLISE TEMÁTICA DA OBRA: A REPÚBLICA DE PLATÃO - LIVRO VII

UFPA

BELÉM/PA

NOVEMBRO DE 2022

BEATRIZ MORAES

CARMEN LUCIA CORRÊA

CRISLAINE SANTO

DAYSE GUEDES

GABRIELA MARDOK

TALITA FARIAS

ANÁLISE TEMATICA DA OBRA: A REPÚBLICA DE PLATÃO - LIVRO VII

Trabalho entregue como exigência parcial para a obtenção dos créditos da disciplina História da Filosofia, ministrada pela professora doutora Rosi Giordano, da Faculdade de Educação, do Instituto de Ciências da Educação, da Universidade Federal do Pará.

UFPA

BELÉM/PA

NOVEMBRO DE 2022

ANÁLISE TEMÁTICA

DO QUE ESTÁ FALANDO O TEXTO, QUAL O TEMA E ASSUNTO DO TEXTO?

No Livro VII da obra A República, observamos como temática abordado o processo de formação dos indivíduos, tendo a educação como foco principal desse processo de formação. Sendo assim, o conhecimento é visto como aquele que liberta o homem da escuridão e do aprisionamento que a falta de conhecimento pode causar no ser. Com isso, a educação é considerada uma forma de conversão, pois ela tem a capacidade de direcionar os olhos da alma para o verdadeiro conhecimento e a sabedoria.

A educação não será mais do que a arte de fazer essa conversão, de encontrar a maneira mais fácil e eficiente de consegui-la; não é a arte de conferir vistas à alma, pois vista ela já possui; mas, por estar mal dirigida e olhar para o que não deve a educação promove aquela mudança de direção. (PLATÃO, 2000, p. 324)

Assim, a educação é vista como essencial para a formação de bons governantes, pois ela lhes proporcionará as virtudes necessárias para que consigam administrar bem uma cidade, sendo também necessária para a formação de bons soldados, soldados estes que além de serem guardas serão também filósofos.

QUAL O PROBLEMA QUE SE COLOCA, OU SEJA, POR QUE O TEMA ESTÁ EM QUESTÃO?

O problema em questão esta na forma que os homens, que por muito tempo foram educados sempre às sombras, não queriam se desfazer de tantos anos de ilusão, de uma falsa realidade, de uma realidade que por muito tempo foi criada através de sombras dos objetos reais. Para Platão, essa falta de conhecimento da realidade aprisionava os homens tornando-os cada vez mais distantes de serem seres libertos. Deste modo o autor apresenta uma discussão acerca do conhecimento e da sabedoria e como estes são essenciais para que o homem seja livre.

Encontram-se nesse lugar, desde pequenos, pernas e pescoço amarrados com cadeias, de forma que são orçados a ali permanecer ¢ a olhar apenas para a frente, impossibilitados, como se acham, pelas cadeias, de virar a cabeça. A luz de um fogo aceso a grande distancia brilha no alto e por tras deles; entre os prisioneiros e o foco de luz ha um caminho que passa por cima, ao longo do qual imagina agora um murozinho, 4 maneira do tabique que os pelotiqueiros levantam entre eles e o publico e por cima do qual executam suas habilidades. (PLATÃO, 2000, p. 324)

Além da falta de conhecimento da realidade, Platão também coloca como problema a questão de que mesmo que o homem consiga olhar para o que é real ele necessita de um tempo para entender a realidade vista e ainda nesse processo de se acostumar com o real é que poderia fazer com que os homens desejassem voltar para aquilo que já é conhecido.

Platão fala ainda sobre como o homem que viu a luz retornou para os seus iguais, mas os outros que foram educados sempre às sombras, não queriam se desfazer de tantos anos de ilusão, de uma falsa realidade, de um prestígio que não passa de sombras dos objetos reais.

QUAL A RESPOSTA QUE O AUTOR DÁ AO PROBLEMA, QUAL A TESE QUE DEFENDE AO TENTAR RESOLVER O PROBLEMA OU EXPLICAR O TEMA?

Para o autor somente com a dialética podia-se alcançar o conhecimento da essência das coisas, além da música e da ginástica, os filósofos teriam de saber a ciência dos números e do cálculo, as ciências matemáticas que seriam a Geometria, a Astronomia, a Aritmética e a Musica, uma vez que tais ciências são úteis na guerra. Para o autor essa educação ambígua se correlaciona e permite com que o homem possua aspectos relevantes tanto para a vida militar quanto para o desenvolvimento racional.

Segundo o autor, enquanto as outras artes só se baseiam em opiniões, o método da dialética destrói todas as hipóteses e torna seguro seus resultados, já que apenas este método alcança o princípio autêntico da realidade, o Bem.

Assim, continuei, o método dialético é o único que rejeita as hipóteses para atingir diretamente o principio e consolidar suas conclusões e que puxa brandamente o olho da alma do lamaçal bárbaro em que vivia atolado, a fim de dirigi-lo para cima, empregando pata essa conversão mencionadas artes, como auxiliares cooperadoras. Por uma questão de habito, demos-lhe mais de uma vez o nome de ciência; porém, seria preciso designa-la por um nome que sugerisse algo mais claro do que opinião e mais obscuro do que ciência. (PLATÃO, 2000, p. 346)

Para o autor, para alcançar o Bem é preciso possuir certas disposições naturais discutidas em outros livros. Além do mais, é também preciso desenvolver outras qualidades intelectuais, morais, atléticas e virtuosas; ter facilidade no aprendizado, boa memória, abominar a mentira e destacar-se em sua grandeza.

COMO O AUTOR DEMONSTRA A SUA HIPÓTESE? COMO ELE A COMPROVA?

Para Platão o processo de educação completa desde criança com as Artes Musicais através de mitos e historias que formem a moralidade básica das crianças, posteriormente deve ser ensinado as Artes e Ginasticas para identificar seus talentos e disposições, posteriormente devem ser realizados os exercícios que possibilitarão identificar os guerreiros e militares e estes então poderão estudar as teorias do estudo da Dialética. Ou seja, a filosofia só poderia começar depois de o homem estruturar seus desejos, emoções e sua capacidade emocional e posteriormente a isso o homem volta a sua vida social e repassa tudo o que foi aprendido.