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Análise da proximidade do Rio Vermelho

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Por:   •  4/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.359 Palavras (6 Páginas)  •  465 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Breve análise sobre bairro do Rio Vermelho, falando principalmente da parte histórica, e as peculiaridades que o bairro possui. Localizado entre os bairros de Ondina e Amaralina, tendo ao norte o Engenho Velho da Federação, Santa Cruz e o Nordeste de Amaralina. É um bairro de classe média-altaNeste bairro estão situados luxuosos hotéis e pousadas, sendo intensa sua vida noturna.

2. CONTEXTO HISTÓRICO

O bairro do Rio Vermelho surgiu por volta do século XVI (1510-1511), quando foi descoberta pelo aventureiro português, Diogo Álvarez Correia, que naufragou na costa baiana, em imediações do Largo da Mariquita. O povo predominante na época, e até mesmo antes da vinda de Diogo Correia, eram os indígenas tubinambás, que por sua vez, acabaram por acolher, a quem futuramente eles nomeariam de Caramuru.

Caramuru, como era um grande conhecedor dos costumes locais, tornou-se um líder na tribo, todos o admiravam, sendo assim, acabou tornando-se determinante no processo de socialização da tribo indígena, com os visitantes europeus, trazendo consigo jesuítas para catequizar os índios. Recebeu do chefe da tribo, o índio Taparica, umas das suas filhas, conhecida como Paraguassu. Que em 1528 foi batizada na França, como Catarina Álvarez Paraguassu, em homenagem Catherine des Granches.

A índia Paraguassu, e o aventureiro português, foram responsáveis pelo surgimento da "primeira família" reconhecida por cartório em terras baianas. Sendo Paraguassu, considerada por muitos estudiosos: A matriarca de grande parte da nação brasileira.

Caramuru, em sua vivência na localidade do Rio Vermelho, deparou-se com uma região caracterizada pela pesca massiva, paisagens currais e poucos habitantes. E por isso, uma região muito visada por invasores, foi uma região reconhecida no ano de 1557, pelo terceiro Governador do Brasil, Mem de Sá, como Aldeia do Rio Vermelho.

Em 1624, houve uma tentativa de invasão na Bahia pelos holandeses, e com isso instaurou-se um clima de tensão entre a população, que em debandada ,mudaram-se para a região do Rio Vermelho. Aproveitando este clima de tensão, alguns escravos, conseguiram fugir pelo meio da mata fechada, e criaram o Quilombo Rio Vermelho, que durou somente três anos, pois quando descoberto, fora imediatamente destruído pelos capitães-do mato; Francisco Dias de Ávila e João Barbosa Almeida.

3. ANÁLISE DO BAIRRO DO RIO VERMELHO

É um bairro que este muito ligado a historia de Salvador e tem um grande significado para as pessoas que ali moram. Também é um bairro que, mostra a fragmentação social, muito corriqueira atualmente. Pode-se observar uma solvência de classes sócias na localidade e a fragilidade da delimitação dos bairros em no geral em Salvador, como por exemplo; uma área socioeconomicamente mais carente que é a “Villa Mattos” e “Lucaia” (uma área mais elitizada).

Com uma debilitada administração no processo de ocupação e crescimento urbano (muito comum na capital), a bairro sofre com o processo de ocupações irregulares, que ocasionam diversos problemas ambientais, devido ao uso indevido do solo, que ocasionam problemas de convívio e sócio econômicos. Outro fator negativo ,deve-se a questão do excesso de edifícios verticalizados, que acaba por influir cada vez mais no processo de segregação entre as classes sócias e do uso do solo urbano.

Por esses fatores, o bairro do Rio Vermelho, detém um dos mais caros metros quadrados da cidade de Salvador, adicionado de uma autossuficiência na prestação de serviços para habitantes ali residentes. Um bairro que adotou a tipologia que estabelece e permite padrões arquitetônicos que propiciam um aquecimento econômico muito forte, por não só funcionar como um bairro daquelas pessoas que ali vivem mais como um bairro de lazer da cidade.

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4. CULTURA E RELIGIOSIDADE

4.1 Festa de Iemanjá

Dia 2 de fevereiro, todos os anos, milhares de baianos e turistas lotam as praias do Rio Vermelho para reverenciar Iemanjá.

A tradição começou em 1923, com um grupo de 25 pescadores, que ofereceram presentes, para agradar a Mãe D'Água, pois os peixes estavam escassos.Desde a madrugada, adeptos do candomblé, turistas e devotos formam filas imensas para colocar oferendas e pedidos nos balaios, que ficam na Casa do Peso.

No fim da tarde, um cortejo com 300 embarcações leva para alto-mar os balaios, carregados de presentes, pentes, espelhos, sabonetes, PERFUMES, flores, e até jóias. Tudo o que possa interessar a uma mulher vaidosa.

Em terra, fogos anunciam o momento e a emoção toma conta dos devotos, enquanto adeptos do candomblé dançam e entram numa espécie de transe, "recebendo" suas entidades espirituais.

No início, era chamada de Festa da Mãe D'Água e realizada em conjunto com a Paróquia do Rio Vermelho, num sincretismo religioso típico da Bahia.

Na década de 60, um vigário fez uma homilia contra o sincretismo e teria chamado os pescadores de "ignorantes", por cultuarem uma mulher com rabo de peixe, a sereia, como é representada a Iemanjá na Bahia. A partir daí, os os pescadores decidiram homenagear apenas a orixá. E a Igreja de Santana fica sempre fechada no dia 2 de fevereiro.

No sincretismo, é a Nossa Senhora da Conceição. É a entidade feminina mais importante do candomblé. No simbolismo afro-brasileiro, a divindade é representada como uma mulher de grande ventre e seios volumosos com uma gamela na cabeça. Na Bahia, é representada pela imagem da sereia. A dança de Iemanjá, na cerimônia do candomblé, é solene, cheia de ondulações e graciosidade, semelhante ao movimento das águas do mar.

4.2 Paróquia de Sant´Ana

Paroquia feita em homenagem a Senhora Sant´Ana, sendo o monumento arquitetônico mais antigo do Rio Vermelho, sendo construída em meados do século XIX. Com o passar dos tempos, em 1967, houve a construção de uma nova paróquia para poder abrigar um maior números

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