Análise do texto Á agua da vida
Por: pryeilert • 20/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.521 Palavras (7 Páginas) • 215 Visualizações
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CENTRO DE LETRAS E COMUNICAÇÃO - CLC
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS-ESPANHOL NA MODALIDADE A
DISTÂNCIA
TEORIA E CRÍTICA LITERÁRIAS - TCLit
Escrito por: Juliane Thais Fincato e Priscila De Andrade Eilert.
Polo: UAB – Três Passos/RS
Data: 13/10/15
Tarefa semana 3
Análise do texto Á agua da vida
O narrador introduz no texto com a apresentação da protagonista da enredo, Á agua da vida acompanhada de suas descrições físicas e da contextualização dessa no espaço físico e no tempo. Esse fragmento pode ser classificado como a situação inicial e não é visto necessariamente como uma função. Nele, geralmente, há uma apresentação do atual rei, nesse caso é uma apresentação tipo passivo, o rei também é identificado como uma futura vítima, pois ao longo da conto sofre os efeitos das ações dos seus dois filhos mais velhos. O Rei e a vítima são seres carismático e dóceis que ao logo de início já tende a despertar a simpatia do leitor. “Era uma vez um rei muito poderoso que vivia feliz e tranquilo em seu reino”.
No primeiro parágrafo, já é introduzido o princípio da problemática, a doença do Rei, desencadeado a tristeza e a preocupação dos filhos “Um dia adoeceu gravemente e ninguém esperava mais que escapasse. Seus três filhos estavam consternados vendo o estado do pai piorar dia a dia”.
Em vista a individualidade maléfica do irmão mais velho da vítima, e pelo fato de seus intentos serem ameaçados, o irmão mais velho sente a necessidade de combater seus irmãos. Nesse instante, a interdição é violada através da transgressão. É a aproximação do agressor a vítima (nesse caso seria o Rei), em vista de um fato que leva a querer essa entrada em cena “Choravam no jardim quando surgiu à sua frente um velho de aspecto venerável que indagou a causa de tamanha tristeza. Disseram-lhe estar aflitos por causa da enfermidade do pai, já que os médicos não tinham mais esperanças de o salvar. O velho lhes disse: "Conheço um remédio muito eficaz que poderá curá-lo; é a famosa Água da Vida. Mas é muito difícil obtê-la." O filho mais velho disse: "Vou encontrá-la, custe o que custar."
A partir daí, o agressor que seria os irmão da vítima traça o seu artificio para trair suas vítimas. Trata-se do logro, uma tentativa de lograr a vítima "Se conseguir a água me tornarei o filho predileto e herdarei o trono”. “O segundo filho, julgando que o irmão tivesse morrido, ficou contentíssimo pois assim seria o herdeiro do trono. Foi ter com o pai e lhe pediu para ir em busca da Água da Vida”. Nesse conto temos dois logros, um por parte do irmão mais velho e outro por parte do irmão do meio, o afetado a (vitima) seria o irmão mais novo.
Segundo as funções propostas por Propp, na sequencia ocorre a interdição, que é um acontecimento favorável a vítima, é como se houvesse alguma coisa que compensasse carência de proteção originada do afastamento. No conto, os irmãos encontram o anão, esse personagem é que lhes daria a indicação do caminho certo a seguir, mas por arrogância dos jovens, eles são amaldiçoados pelo anão, perecendo entre os barrancos.
Até o presente instante da conto, o desenvolvimento da ação em si ainda não aconteceu.
Tudo não passou de uma preparação para a ação propriamente dita.
Em alguns casos há uma função chamada de primeira função do doador em que o herói (tanto aquele de desempenha papel ativo como aquele que desempenha papel passivo) é submetido a provas preparatórias. Mas nesse caso por exemplo a vítima poderia ser associada a um herói de pape passivo, pois ele não desenvolve propriamente uma ação que poderia ser confundida com um teste, ao extenso da conto ele age visando o bem de todos.
Deixando-se levar pela situação a vítima pratica uma certa cumplicidade com os planos que preveem o seu mal. “O príncipe rogou encarecidamente que os perdoasse e libertasse, e o anão cedeu às suas súplicas. "Mas te advirto que te arrependerás. Não te fies neles, são de mau coração; liberto-os apenas para te ser agradável." No mesmo instante q a vítima busca ajudar seus irmãos alguns danos são provocado a ele pelos agressores “Nosso irmão conseguiu a Água da Vida e nós não; com isso nosso pai o promoverá a herdeiro do trono que deveria ser nosso e nada nos restará." Então juraram perdê-lo. De noite quando ele dormia furtaram-lhe o frasco e substituíram a Água da Vida por água salgada”.
Nesse fragmento percebe-se a luta da vítima para provar ao rei sua inocência, que embora não seja uma luta física. O rei ordena a sua morte “Partindo o moço para a caça sem suspeitar de nada um dos criados do rei foi encarregado de o acompanhar e matar na floresta”. Perseguição o que dá uma ideia de combate que ocasiona na fuga da vítima. Ligado a esse fato está a descoberta do impostor que resulta no castigo.
A essas instancias da narrativa o leitor se depara novamente com o dano ou a carência acompanhado pelo socorro por parte dos amigos da vítima que nesse caso é o caçador “Vestirei estas roupas feias e tu levarás as minhas como prova de que me mataste. Em seguida abandonarei para sempre este reino." Assim fizeram”.
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