Resenha do texto: A vida pode ser criada? A vida pode ser possuida?
Por: Anderson123l • 22/11/2018 • Resenha • 444 Palavras (2 Páginas) • 340 Visualizações
Resenha do texto: A vida pode ser criada? A vida pode ser possuida?
O texto começa abordando a historia de Chakravary, um funcionário da General Eletric que foi o primeiro a entrar com um pedido de patente para bactérias, como argumento, ele alegou qeu era uma bactéria modificada e que por não ser algo natural, poderia patentear. Por mais duvidosa que fosse a justificativa, a patente foi concedida, mesmo as leis americanas não permitindo patentear plantas e animais.
A partir dai, a biodiversidade foi redefinida como “inovações biotecnológicas”, para assim poder criar patentes de formas de vida aparentemente menos controvertido. No entanto, o texto deixa claro que, mesmo quando cientistas embaralham genes, eles não criam o organismo que a seguir patenteiam.
O texto segue ainda questionando até que ponto essas “criações”, são mesmo uma criação. Existe uma parte do DNA que não é utilizado e é chamado de Junk DNA, boa parte dessas biotecnologias usam essa parte do DNA, ou seja, não é necessáriamente uma criação e sim uma realocação ou reutilização. Como exemplo, ele cita a Ovelha chamada Tracy e conta um pouco de sua história.
Pensando a longo prazo, vale ressaltar também que as futuras gereções dessas “criações”, não serão uma invenção desse dono da patente, elas serão produtos da capacidade de regeneração do organismo.
Isso coloca em pauta novamente até que ponto essas criaturas pertecem ao seu criador.
A engenharia genética trabalha com base no determinismo e na previsibilidade, en quanto a manipulação humana dos seres vivos caracteriza-se pelo indeterminismo. É preciso ficar atento ao ponto importante da discussão, além da distância entre a projeção e a prática do paradigma da engenharia genética, existe uma distância entre a apropriação de lucros e benefícios, em relação à dos perigos e riscos.
A engenharia genética como técnica, é muito sofisticada. Mas, ela não é a mais adequada para usar como ferramenta para preservar a biodiversidade, visando atender as necessidades humanas. A monocultura transgênica reduz a biodiversidade ao eliminar culturas variadas, que proporcionam fontes variadas de nutrientes.
Ele encerra fazendo um observação muito importante e com teor critico, ele diz que na era da engenharia genética e das patentes, se coloniza a própria vida. A ação ecológica na era da biotecnologia envolve manter livre a auto-organização dos sistemas vivos, livres das manipulações tecnológicas que destroem as capacidades de auto-restauração da saúde e auto-organização dos seres vivos e livres de manipulações legais que destroem as capacidades das comunidades de buscar suas próprias soluções para os problemas humanos na riqueza da biodiversidade que nos foi doada.
Em resumo, temos que lutar pela liberdade de viver, mas também pela liberdade da vida, esse é o elemento central dos movimentos ecologicos acerca desse assunto.
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