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Apostila De Pediatria

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Por:   •  28/11/2014  •  9.012 Palavras (37 Páginas)  •  442 Visualizações

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Unidade de Internação Pediátrica

1. Características Especiais

 Flexibilidade nas rotinas e regras;

 Ambiente ventilado e com boa iluminação – luz natural;

 Enfermarias e apartamentos – distribuição por faixa etária;

 Quartos destinados a isolamento;

 Acomodação adequada para acompanhantes;

 Área para recreação

 Decoração estimulante, mas sem excessos;

 Tomadas fora do alcance das crianças;

 Janelas com grades de proteção;

 Ausência de escadas;

 Sanitário e pias infantis;

 Equipamentos, materiais e/ou medicamentos fora do alcance das crianças;

 Equipe Multidisciplinar  habilidade para trabalhar com crianças.

2. Admissão

 Identificação do profissional;

 Apresentar a unidade;

 Orientar sobre as rotinas da unidade;

 Esclarecer duvidas do acompanhante;

 Verificar SSVV da Criança;

 Observar prescrição médica e de enfermagem;

 Comunicar serviço de Nutrição e Dietética;

 Realizar procedimentos necessários: instalação de soroterapia, medicação, preparo para exames, etc.;

 Registrar – fazer as anotações de enfermagem.

3. Alta Hospitalar

Certificar-se da alta – prescrita pelo médico;

Administrar medicamentos (quando houver);

Retirar dispositivos intravenosos;

Trocar curativos;

Orientar pais e/ou responsáveis;

Registrar a saída da criança em seu prontuário: data, horário, tempo, tempo de permanência, diagnostico tratamento, estado geral e presença do acompanhante, entre outras informações.

Hospitalização: efeitos sobre a criança

Os efeitos da hospitalização estão diretamente relacionados à fase do desenvolvimento da criança, desse modo:

1- Recém – nascido lactente

O recém – nascido interage com o meio apenas em função de suas necessidades fisiológicas como fome, sede, frio, etc. (Spitz, 1979). Suas emoções são expressas através do choro, grito (desprazer) ou sono tranqüilo e expressão facial de bem – estar (prazer).

No recém – nascido, o reflexo de sucção é acentuado. Sua sensibilidade para os movimentos, para o som e o tato é bem desenvolvida. A sucção é a principal forma pela qual ele relaciona-se com o meio. Até os seis meses de idade, a sucção é a atividade mais gratificante para a criança. Enquanto suga, a criança sente prazer de maneira tão intensa que se reduz sua tensão muscular e ela sente-se segura e protegida. Além disso, a sucção proporciona o contato físico e o calor do corpo materno, completando as necessidades de afeto do bebê.

A criança que não tem suas necessidades atendidas poderá desenvolver “carência afetiva” (Spitz). Segundo este autor, a criança com carência afetiva apresenta o seguinte comportamento:

o Inicialmente torna-se chorona, exigente e agarra-se a quem cuida dela;

o Choros transformam-se em gritos, a criança perde peso e seu desenvolvimento motor estaciona;

o Passa a maior parte do tempo deitada de bruços, tem insônia, facilidade para adoecer e sofre atraso generalizado do desenvolvimento motor;

o Se não tratada, o choro transforma-se em gemidos, o retardo aumenta e se converte em letargia.

Se a presença da mãe (ou da pessoa mais importante para a criança) for restituída, o quadro cessa e ela volta a se desenvolver.

 Idade em que a criança é mais sensível à separação da mãe: entre seis meses e dois anos.

 Idade em que a hospitalização (com ou sem a presença da mãe) provoca maior sofrimento para a criança: entre dezoito meses e cinco anos.

2- Pré – escolar

A criança desenvolve a linguagem, é observadora e faz perguntas. Fica insegura quando seus hábitos e rotinas sofrem alguma modificação. Movimenta-se muito, anda, corre, pula, sobe e desce. Seu pensamento orienta-se principalmente por imaginação e fantasia. Aprende principalmente por imitação e tem medo das pessoas que não conhece. Sua relação com a mãe é muito intensa, caracterizada especialmente porque depende dela para realizar várias atividades, e com ela estabelece uma intensa comunicação. Para ela, a mãe é fonte de segurança, proteção e ajuda nas situações de angústia de sofrimento.

O pré-escolar não tem noção de perigo e por isso é muito vulnerável a acidentes. Sua noção de tempo, espaço e distancia é limitada e por isso não suporta a ausência da pessoa ou objeto que lhe seja importante, mesmo que seja por curto espaço de tempo, temendo que esta ausência seja definitiva.

3- Escolar

Nesta fase, a criança adquire grande independência física, social e psicológica. Criatividade e aprendizagem são características marcantes. Desenvolve o raciocínio e a compreensão, mas resguarda ainda um pouco da imaginação e da fantasia. Seu vocabulário torna-se cada vez mais rico. Tem mais medo do abstrato do que do real. Possui boa noção de tempo e de espaço. Gosta de correr, pular, perseguir, fugir e participar das tarefas dos adultos. Interessa-se por atividades em grupo e é capaz de obedecer às regras nos jogos. Prefere demonstrar coragem mesmo quando está temerosa ou com angústia. Teme a rejeição pelos familiares e amigos. Embora apresente

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