Apresentação

1 - INTRODUÇÃO1 2

Tecnicamente é fundamental para a

atividade florestal que se diversifiquem as espécies

e às variedades de árvores a serem plantadas,

de modo a permitir tanto o uso múltiplo dessas

florestas como melhor adequação às necessidades

de cada produtor face suas condições

ambientais e econômicas.

Essa foi a opção do Programa Estadual

de Estímulo à Produção de Madeira de

Lei3 (INSTITUTO, 2001) lançado pelo Governo

do Estado de São Paulo com participação de

empresas do setor florestal estadual em 2002.

Em que pese a escala do programa e o número

de participantes não ficou praticamente nenhum

registro de seu desenvolvimento, daí a oportunidade

deste trabalho.

Esse programa, que contou com o

concurso de várias entidades na sua concepção e

implementação, conforme será detalhado ao longo

do trabalho, e ainda com o envolvimento do

setor empresarial, baseou-se no incentivo ao uso

de espécies nativas face à constatação de que

São Paulo consome cerca de 60% da madeira extraída

na Amazônia (SMERALDI e VERISSIMO,

1999), na maior parte de forma ilegal havendo,

portanto, um grande potencial de mercado para

esse tipo de produto. Além disso, como as propriedades

rurais deveriam manter 20% da sua área

com espécies nativas (reserva legal), onde seria

permitida a extração desde que feita através de

um plano de manejo aprovado entendeu-se oportuno

lançar um programa de incentivo à formação

de florestas dessas espécies arbóreas. Em São

1Registrado no CCTC, IE-69/2006.

2Engenheiro Agrônomo, Pesquisador Científico do Instituto

de Economia Agrícola (e-mail: [e-mail]).

3As considerações técnicas deste trabalho e do Programa

basearam-se no trabalho interno não publicado produzido

por técnicos do Instituto Florestal "Proposta de implantação

de florestas de espécies nativas para manejo comercial’’,

13 p., 2001.

Paulo estima-se que apenas 5% das propriedades,

se tanto, estejam cumprindo esse procedimento

(CASTANHO FILHO et al., 2002). Acrescente-

se que o longo prazo de retorno da atividade

constitui-se num inibidor do investimento na formação

de plantações de ávores