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Por:   •  9/10/2013  •  1.545 Palavras (7 Páginas)  •  515 Visualizações

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ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS OCASIONADOS POR RESÍDUOS SÓLIDOS PELO FLUXO TURÍSTICO NA ILHA DE AJURUTEUA-PA

Rosa Maria da Luz Mendes1, Marcelo Moreno da Silva Alves2, Masharu Silva Kawamoto3 e Nayara Monteiro Barreiros4.

1 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: rosa.luzmendes@gmail.com; 2Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail:marcelo.moreno@ufra.edu.br, 3 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail: masharu_kawamoto@hotmail.com, 4 Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém-Pará, e-mail:nayara_barreiros@hotmail.com

Introdução

A exploração inadequada da região amazônica implantação de grandes projetos desenvolvimentistas, atividade madeireira e garimpo descontrolado que comprometem a fauna, a flora e o clima na Amazônia, têm provocado sucessivas transformações que não apenas desorganizam a base produtiva tradicional do homem amazônico, como efetiva uma nova estrutura que na maioria das vezes, o exclui dos frutos do progresso, e assim, ao mesmo tempo em que produz a riqueza, instala a miséria no solo amazônico. Desta maneira, torna-se necessário a promoção de um processo de reeducação da população permitindo assim a sensibilização dos problemas relativos ao meio ambiente e quanto suas atitudes podem influenciar no equilíbrio do ecossistema em que vive. No ambiente costeiro este problema não é diferente. Nas praias, nas dunas e restingas, o processo de destruição é preocupante. A especulação imobiliária, o grande acúmulo de pessoas e consequentemente a grande produção de lixo promovem o desequilíbrio, trazendo sérios problemas ao ambiente e aos moradores locais. Grande parte da população entende que, devido às praias e dunas serem um bem natural de uso comum, utilizam estes ambientes como se fosse uma área particular, construindo casas e bares e consequentemente, interferindo na harmonia existente.

Nosso estudo ocorreu na Praia de Ajuruteua que é considerada uma das mais belas praias da Costa Atlântica paraense situada no município de Bragança (distante a 36 km) seo acesso começa pela antiga PA-458 percorrendo uma estrada asfaltada construída sobre o manguezal e passando por pontes de madeira e pela Vila de Ajuruteua, também conhecida como Vila dos Pescadores (constituída por aproximadamente 300 casas). Durante o período de alta estação que vai dos meses de junho até agosto a praia é invadida por centenas de pessoas que buscam descanso e lazer, considerada o point pelos seus atrativos naturais e também por possuir bares, música, casas de veraneio ou pousadas e certo grau de agitação.

Para isso, contamos com o apoio do Projeto Praia Limpa que a partir de estudos, relatórios e reuniões vem propor a realização de ações preventivas visando sensibilizar a população no que diz respeito à importância de preservação do ambiente costeiro através da aplicação de questionários e de dinâmicas de conscientização.

O presente trabalho justifica-se pela necessidade de uma melhor compreensão e análise dos impactos socioambientais ocorridos na praia de Ajuruteua por consequência da influencia do fluxo turistíco. O objetivo geral centra-se na analise dos estudos dos impactos socioambientais proveniente do desenvolvimento turístico em Ajuruteua.

Materiais e Métodos

A pesquisa foi realizada com observação in loco, material fotográfico e aplicação de questionários no durante o mês de julho quando ocorre a maior frequência de turistas, cerca de 45 mil pessoas passam pela Praia de Ajuruteua a cada fim de semana. Levamos em consideração a percepção dos turistas quanto a problemática ambiental, o tipo de lixo mais encontrado e o que é feito com o lixo que cada um produz na praia. Os aspectos foram abordados durante a apresentação das dinâmicas apresentadas pelo Projeto Praia Limpa com um total de 40 turistas que se disponibilizaram a responder o questionário.

Resultados e Discussão

Uma das principais atividades econômicas da Praia de Ajuruteua esta ligada ao setor terciário da economia, representado pelo intenso fluxo turístico e representa o carro chefe da cidade que possui um diversificado e intenso calendário cultural que no mês de Julho.

Nesse período de veraneio a Praia de Ajuruteua recebe a cada final de semana cerca de 45 mil turistas (Figura 1), que veem em busca de diversão. Consequentemente, podemos observar a falta de cuidado desses turistas com relação ao lixo deixado no local.

Segundo Dias (2003), a educação ambiental é um processo contínuo de aprendizagem voltado para a melhoria da qualidade de vida, onde se aprende a lidar com o meio ambiente respeitando-o e a si próprio.

Com o fim do período de alta estação, o volume de lixo orgânico depositado ao longo do ambiente costeiro aumenta consideravelmente (Figura 2), causando uma ameaça à praia e ao sistema manguezal. Foi observado que durante o período de não veraneio, ao longo da costa não existe coleta de lixo e os moradores da Vila dos Pescadores depositam seus lixos nos campos de dunas. Podemos observar essas questões nas figuras seguintes:

Figura 1- Praia de Ajuruteua em Julho. Figura 2 – Resíduo Sólido deixado pelos turistas.

Com o apoio do Projeto Praia Limpa que visita diversas praias nos meses de julho em janeiro com o objetivo de conscientizar os moradores e principalmente os visitantes locais sobre os cuidados referente às praias, conseguimos aplicar 40 questionários entre os veranistas que se disponibilizaram a participar da pesquisa e demonstrar seu interesse em cuidar desse ambiente. Abordamos aspectos diretamente relacionados à produção de lixo, sua destinação e o nível de orientação dos turistas.

Com relação ao tipo de lixo mais encontrado ao longo da praia observamos que a maioria está relacionado ao plástico (Gráfico 1) , como as garrafas PET, embalagens e sacolas práticas. Sendo que esse lixo será direcionado ao oceano e poderá servir de alimento para diversas espécies marinhas, que acabarão morrendo por asfixia.

No Gráfico 2, perguntamos aos turistas o que eles costumavam a fazer com o lixo que produziam na praia, quase 60% afirmou que leva para lixeira mais próxima enquanto outros preferem deixar no próprio local.

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