As Organizações Vistas Como Um cérebro

A organização como um cérebro

Se pensarmos nas organizações como se fossem cérebros, focalizaremos na capacidade de aprender que tanto pode atrofiar quanto aumentar a inteligência organizacional, podemos usar estudos dos cérebros e aplicar nas organizações adquirindo organizações pensantes, através da empresa, entenderemos como a inteligência pode ser distribuída, e aplicando a informática podemos desenvolver modos descentralizados de organizações.

Podemos nos inspirar no cérebro humano e dessa forma criar organizações inteligentes e adaptadas à era digital. Dessa forma, o escritor G. R. Taylor fez as seguintes observações:

• É possível criar organizações que aprendem com o mesmo funcionamento do cérebro?

• É possível organizar uma empresa de tal forma que ela auto evolua-se através dos novos desafios?

O cérebro como uma metáfora

Podemos usar o cérebro para tornarmos a organização habilidosa, afim de que a tomada de decisão seja flexível e criativa. Devido à diversidade de circunstâncias que ocorrem numa empresa, se os princípios do cérebro forem aplicados a ela, a mesma terá capacidade de analisar o que se está sendo feito, modificar sua ação, levar em conta outras situações, alcançando o melhor resultado. O cérebro é a metáfora perfeita para a organização se o objetivo em questão é estimular a inteligência organizacional.

Imagens do cérebro

O cérebro pode ser pensado como uma estrutura capaz de processar milhares de informações, organizar, planejar e realizar. Não é atoa que ele é alvo de pesquisas ao longo de 100 anos.

O cérebro pode ser pensado da seguinte forma:

• Um sistema capaz de transmitir informações;

• Um sistema capaz de armazenar dados;

• Um sistema de mensagem e ações.

Outra forma de se pensar o cérebro é comparando-o a um sistema holográfico. O sistema holográfico consiste no uso de uma câmera sem lentes, que dispersa informação através de raios de luz e registra num disco fotográfico e pode ser recriado através da iluminação. Dessa forma, se ele se quebrar, qualquer uma das partes separadas pode ser usada para reconstituir a imagem total. O Neurocientista Karl Pribam disse que a memória cerebral pode ser constituída a partir de qualquer outra parte do cérebro.

O cérebro pode ser utilizado para entender as organizações nos seguintes aspectos:

• As organizações são sistemas que processam informações e são capazes de aprender a aprender;

• As organizações podem ser concebidas para refletir sobre os sistemas holográficos.

Processamento de informações

As organizações são sistemas de informação, sistemas de comunicação e sistemas de tomada de decisão. Nas organizações mecanicistas estas propriedades são altamente rotinizadas. Nas organizações matriciais essas propriedades são mais temporárias e fluem mais flexivelmente. As características do processo de informação nos ajuda a compreender as organizações na prática.

Tomada de decisões e planejamento

Segundo Herbert Simon, as organizações nunca podem ser perfeitamente racionais, pois são constituídas de indivíduos que nem sempre processam corretamente a informações e não possuem a mesma capacidade intelectual.

• As pessoas são obrigadas a agir com base em informações incompletas a respeito de possíveis cursos de ação e suas consequências;

• São limitadas e não conseguem utilizar outras alternativas, somente um número ilimitado relativas a qualquer decisão tomada;

• São incapazes de dar valores aperfeiçoados aos resultados obtidos, e podem chegar a limitadas formas de racionalidade.

“Os limites sobre a racionalidade humana são institucionalizados na estrutura e modelos de funcionamento das nossas organizações” (Herbert