As Tranças De Bintou

Este trabalho visa elaborar uma síntese reflexiva estabelecendo relações entre o texto “Uma Abordagem Integrada da Aprendizagem” (HARLAN, J.D.; RIVKINS,S.M. Ciência na Educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 2000) e o vídeo “As tranças de Bintou” embasando-os em conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso.

Entre os séculos XVI e XVII, as crianças eram vistas como adultos em miniatura, sem a existência de características como roupas ou atividades específicas para essa fase. Com o surgimento da burguesia houve uma mudança de conceitos, a infância passou a ser reconhecida como uma fase importante do desenvolvimento do homem e suas peculiaridades começaram a ser reconhecidas e defendidas. Nesse contexto a escola se consolidou como instituição política e ideológica tornando-se o espaço para a preparação da transformação do ser infantil em adulto, mediando entre este e a sociedade e instituindo os modelos a serem seguidos.

Com o passar do tempo novas teorias surgiram e a maneira como a escola media o processo de ensino e aprendizagem mudou. A partir de uma abordagem humanista que Saviani chama de pedagogia nova, que é considerada o marco inicial para o surgimento das tendências não autoritárias. Saviani nos fala que:

O professor agiria como um estimulador e orientador da aprendizagem, cuja iniciativa principal caberia aos próprios alunos. Tla aprendizagem seria uma decorrência espontânea do ambiente estimulante e da revolução viva que se estabeleceria entre esse e o professor (SAVIANI, d.; Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1984).

O vídeo conta a história do livro “As tranças de Bintou” (Sylviane A. Diouf) que fala a respeito da angústia provocada pelos ritos de passagem, a transição da infância para adolescência, a busca pelos padrões de beleza transmitidos pela sociedade e o aprendizado do crescimento através da história de uma criança chamada “Bintou” natural de uma tribo africana deseja ter tranças como as jovens e as mulheres adultas de sua tribo. Bintou não se conformava com seus cabelos apenas com quatro birotes e questionava a todos sobre quando poderia usar tranças como sua irmã mais velha e as outras mulheres adultas da tribo. Porém quando questiona sua avó a esse respeito a sabia senhora conta que a muito tempo as mulheres da tribo se reuniram e concluíram que as tranças atrapalhavam a infância de suas crianças pois estas passavam a se preocupar mais com as tranças e a vaidade do que com as atividades e brincadeiras naturais a essa importante etapa da vida. As mulheres resolveram então que as crianças usariam apenas os cabelos amarrados na forma de birotes, e quando chegassem a juventude poderiam usar suas tranças.