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Ascaridiase

Por:   •  21/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.702 Palavras (7 Páginas)  •  1.703 Visualizações

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                                               Ascaridíase

                                                Introdução

                  Em 1947, Stoll tentou avaliar a incidência do parasitismo humano pelos helmintos. Calculou que 644 milhões de pessoas estavam infectadas com Ascaris lumbricoides ,456 milhões com ancilostomídeos, 355 milhões com Trichuris trichiura, 208  milhões com Enterobius vermicularis e 35 milhões com Strongyloides stercoralis. O A. lumbricoides é o maior destes parasitos e também o mais comum. É encontrado em todos os grupos etários, porém sua frequência é mais acentuada nas crianças. No Brasil, em 1970, para uma população estimada em 90 milhões de habitantes, havia 54 milhões infectados por A. lumbricoides, 32 milhões por Trichuris trichiura e 24 milhões por ancilostomídeos. Em 1988, estudos multicêntrico realizado no Brasil, foram analisadas 18.151 amostras de fezes de escolares entre 7 e 14 anos em vários estados do território nacional: 56,5% encontravam-se parasitados pelos A. lumbricoides, 51,1% pelo T. trichiura e 10,8% por ancilosmídeos. A Ascaridíase é, portanto uma infecção extremamente disseminada e pode levar a quadro clínicos sumamente graves e mesmo fatais. É muito comum, contudo, a doação a seu respeito de atitude de tolerância e mesmo de certa indiferença, inclusive por parte da  classe médica.(Cimerman, Benjamim;Parasitologia humana; 2.000).

                   Ascaris lumbricoides Linnaeus, 1758, é um parasito de distribuição cosmopolita, vulgarmente denominado lombriga, sendo nematódio intestinal do homem. Ascaridíase é, portanto, parasitose humana produzida pelo nematoide Ascaris lumbricoides, da família Ascarididae. De acordo com Katz et al. (1982), uma das primeiras descrições do parasito foi feita por Tyson, em 1683, que o denominou Lumbricus teres; Linneus(1758) designou-o Ascaris Lumbricoides.(Cimerman, Benjamim;  Parasitologia humana; 2.000).

                                   Morfologia

De coloração amarela-rosada, o exemplar adulto possui, como os demais Ascarioidea, três lábios em sua extremidade anterior. Apresenta uma cutícula lisa, finamente estriada, e duas linhas brancas lateramente distribuída ao longo do corpo. O verme macho adulto é um pouco menor do que a fêmea, medindo de 15 a 30 cm de comprimento por uma largura máxima de 4mm; tem a extremidade posterior afilada e encurvada ventralmente sob a forma de gancho; dois espículos laterais curvos com cerca de 2mm de comprimento podem ser notados emergindo da cloaca, em cuja vizinhança se observa grande número de pequenas papilas .A fêmea mede de 30 a 40cm de comprimento com a largura máxima de 5mm; aprsenta a  extremidade posterior cônica e retilínea, o que facilmente a distingue do macho, possui vulva pequena, situada ventralmente à altura da união dos terços anterior e médio do corpo, vagina dividida em dois ramos,a porção proximal funcionando como útero, a parte média correspondendo ao oviduto e a parte distal do ovário. O verme adulto vive na luz do intestino delgado do homem, onde presumivelmente se alimenta do conteúdo intestinal circundante, pelo período de 6 meses ou mais, capaz de se locomover de um lado para o outro, este nematelminto não se fixa na mucosa. (Cimerman,Benjamin; Parasitologia humana;2.000).

                O número de parasito albergados por um indivíduo é variável, podendo atingir, nos casos mais intensamente parasitados, o total de 500 a 600 vermes adultos. As fêmeas eliminam grande quantidade de ovos por dia, cerca de 200 mil, e seu útero grávido pode conter um total de 27 milhões de ovos. (Cimerman ,Benjamim; Parasitologia humana; 2.000).

                Os ovos expulsos com as fezes não são infectantes para o homem, pois mesmo eliminados fecundados não são embrionados. (Cimerman,Benjamim ; Parasitologia humana; 2.000).

             

                    Ciclo Evolutivo

              Os ovos são veiculados com as fezes para o meio externo. Em condições ideias de umidade, temperatura e pH e presença de oxigênio, esses ovos, após 10 a 15 dias, evoluem, formando no seu exterior uma larva L1, que depois de mais ou menos uma semana mudança e se transforma em larva L2. Esta, por sua vez, sofre outra mudança, ainda dentro do ovo, e se transforma em larva L3, infestante. Portanto, o ovo agora está pronto para ser deglutido, acabando neste ponto a fase de evolução exógena do parasito. O ovo, quando deglutido pelo homem, sofre a ação do ácido clorídrico no estômago e do suco intestinal no intestino delgado, onde sua eclosão se realiza e a larva L3 sai do ovo e penetra na parede do intestino. Caindo nos vasos sanguíneo ou linfáticos, a L3 é então levada pela circulação sanguínea até o fígado, onde algumas larvas ficam retidas. Outras pelas veias supra-hepáticas, atingem o coração direito. As L3 que caem na circulação linfática atingem o coração direito via canal torácico, veia cava anterior. ( Iglésias, João Daniel Fernandes ;Aspectos médicos das parasitoses humanas;1997).

                A chegada das L3 aos pulmões ocorre em cinco dias, após a ingestão do ovo. Nos pulmões, as L3 sofrem uma mudança e se transformam em L4 entre o oitavo e o nono dia de infecção. As L4 deixam os capilares, rompendo-os, caem nos alvéolos. Estas larvas L4  sobem pela árvore brônquica, atingem a traquéia e, posteriormente, a faringe. Neste momento podem seguir dois caminhos: serem expulsa com a saliva em forma de cuspe ou catarro, ou então deglutidas para continuarem o ciclo. As L4 quando atingem o intestino se transformam em L5 vermes adultos jovem, que evoluem sexualmente. Após dois a três meses da ingestão do ovo, a postura da fêmea adulta. (Iglésias, João Daniel Fernandes; Aspectos médicos das parasitoses humanas;1997).

                      Ação Patogênica

                Deve ser estudada acompanhando-se o ciclo deste helminto, ou seja a patogenia das larvas e dos adultos. Em ambas as situações, a intensidade das alterações provocadas está diretamente relacionada como número de formas presente no parasito. (Neves,David Pereira; Parasitologia Humana; 2010 ).

         

                                                   Quadro clínico

Assintomáticas

Sintomáticas

Cutâneas - Urticária, em lugar casos gigantes, devido à absorção dos catabólitos produzidos pelos vermes. Manchas cutâneas, são relacionadas a presença do Ascaris no organismo do paciente.

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