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Por:   •  21/4/2013  •  4.207 Palavras (17 Páginas)  •  518 Visualizações

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Ana katia de Paiva/341054

Claúdia/

Fabiano da Silva Souza/346607

Meirilândia Neila/346751

Rosely Linhares Arruda/331493

AS INTERAÇÕES SOCIAIS NO PROCESSO DE IDENTIDADE DAS CRIANÇAS

Desafio de aprendizagem da Disciplina de Didática do Curso de Pedagogia da Universidade Anhaguera-Uniderp.

Sobral/CE

2012

AS INTERAÇÕES SOCIAIS NO PROCESSO DE IDENTIDADE DAS CRIANÇAS

INTRODUÇÃO

Por muito tempo a escola e o professor tiveram em mente suas tarefas educacionais eram apenas ensinar conteúdos cognitivos. Esses agentes da educação se dedicaram a isso. E ganharam merecidos méritos por seus trabalhos. Porém, hoje já se entende que não é apenas de alfabetizar uma criança. A docência perpassa por valores humanos, e principalmente, a docência tem a sua ação sobre humanos, e por isso, tem por obrigação ser provida de relacionamento humanizado, como também ter conteúdos que se referem propriamente a personalidade humana.

Assim, como na descrição de Ana Araújo, se faz jus que os gentes da docência percebam que as crianças não querem apenas conteúdos – elas tem sede bem maiores que isto –; porque “as vezes as pessoas (crianças) necessitam das pessoas de qualquer forma, mesmo que elas saibam fazer as coisas por si mesmas.

Gosto muito de relatar uma experiência que Will Schutz teve com sua filha Laurie que ilustra a interdependência humana. Laurie tinha cerca de 3 anos quando uma noite me pediu para que a ajudasse a trocar de roupa. Eu estava na sala de baixo e ela no quarto de cima, e bem... ‘você sabe trocar-se sozinha’, eu lembrei. ‘Sim’, ela explicou, ‘porém, às vezes, as pessoas necessitam das pessoas de qualquer forma, mesmo que elas saibam fazer as coisas por si mesmas. (Araújo, 1999, p. 28)

Outra verdade que confronta a docência tradicional diante das necessidades hodiernas é a perspectiva de que as crianças que ingressam na vida estudantil não são desprovidas de conhecimento, muito mesmos não merecedores de respeito e atenção. Alusivo a este confronto, o autor do Pequeno Príncipe, descreve bem quando diz:

Certa vez, quando tinha seis anos, vi num livro sobre a Floresta Virgem, ‘Histórias Vividas’, uma imponente gravura. Representava ela uma jiboia que engolia uma fera. Eis a cópia do desenho. mover-se e dormem os seis meses da digestão." Refleti muito então sobre as aventuras da selva, e fiz, com lápis de cor, o meu primeiro desenho. Mostrei minha obra-prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes fazia medo. Responderam-me: ‘Por que é que um chapéu faria medo?’ Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jiboia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jiboia, a fim de que as pessoas grandes pudessem compreender. Elas têm sempre necessidade de explicações. As pessoas grandes aconselharam-me deixar de lado os desenhos de jiboias abertas ou fechadas, e dedicar-me de preferência à geografia, à história, ao cálculo, à gramática. Foi assim que abandonei, aos seis anos, uma esplêndida carreira de pintor. Eu fora desencorajado pelo insucesso do meu desenho número 1 e do meu desenho número 2. As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas, e é cansativo, para as crianças, estar toda hora explicando. (Exupéry, 2006, p. 7)

Por assim compreender as posições citadas acima, hoje, tanto a escola, como o professor, são bem mais do que agentes de alfabetização ou de conteúdos cognitivos – ambos são agentes de desenvolvimento humano integral e devem agir e se relacionar com as crianças com essa intenção cognitiva, social, moral, afetiva, dentre outros.

DESENVOLVIMENTO

I - A IMPORTÂNCIA DA SOCIALIZAÇÃO ESCOLAR NA PERSONALIDADE INFANTIL

1.1 - A SOCIALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As experiências vividas pelas crianças desta faixa etária, até a socialização na educação infantil eram somente as interações com as pessoas que lhe são próximas (familiares, amigos da família, vizinhos) bem como as observações de coisas que compõem seu mundo, são fatores importantes no processo de socialização e, sem dúvida, influenciam as suas representações e a consciência da realidade, e assim contribui em muito no desenvolvimento de sua personalidade.

Cabe, ao educador da educação infantil, a importante função de ser o mediador que contribui para a construção do conhecimento e que cria condições para que as crianças exerçam a sua socialização cidadã. E para tanto, as crianças precisam ter oportunidades de desenvolver e de participar das atividades que compõem o seu dia-a-dia, para que assim possam construir uma personalidade capacitada a tomar decisões, fazer escolhas, avaliar as situações de seu cotidiano, tendo consciência de que têm direitos e deveres, mesmo nas séries iniciais.

Deste modo, é necessário que o educador de educação infantil, agindo como mediador desse processo, compreenda o que Vygotsky chamou de “desenvolvimento real” e de “nível de desenvolvimento proximal”, ou seja, aquelas capacidades já desenvolvidas e aquelas que estão por se desenvolver.

O conhecimento nesta fase se dá basicamente por meio de ação, da interação com os colegas, com o educador, com as brincadeiras de imaginação e faz de conta.

Buscando no eixo norteador a exploração da linguagem oral, desafio corporais, exploração de ambientes diferentes, identidade e autonomia, linguagens plásticas e musicais.

É importante ainda que o educador tenha a exata dimensão de sua responsabilidade quanto ao seu papel de mediador, nesta interação. “[...] mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do educador. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo” (FREIRE, 1996, p.42).

À medida que os educadores conhecem quais são as experiências das crianças fora da escola,

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