Atps Biologia
Trabalho Universitário: Atps Biologia. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: crvgfelipe • 13/11/2013 • 1.614 Palavras (7 Páginas) • 380 Visualizações
4.1 Histórico dos procedimentos de avaliação da composição
corporal
De acordo com McArdle et al (2001), uma avaliação da composição corporal
tem o objetivo de quantificar os diferentes compartimentos corporais, em uma
divisão que varia, segundo as diferentes abordagens, em dois, três ou mais
compartimentos, que somados correspondem ao peso corporal total do indivíduo.
Segundo Queiroga (2005) citando Wang, Piersone Heymsfield (1992) diz que
a divisão pode ser feita de acordo com cinco modelos; modelo atômico, molecular,
celular, sistemas/tecidos e corpo inteiro.
Para Heyward (1996) existe o modelo de divisão em dois compartimentos
(lipídeos e massa corporal magra), o modelo químico em quatro compartimentos
(lipídios, água, proteínas e minerais), o modelo de fluidos metabólicos em cinco
compartimentos (fluido extracelular, fluido intracelular, sólido intracelular e sólido
extracelular) e o modelo anatômico com quatro compartimentos (tecido adiposo,
músculo esquelético, outros tecidos e ossos).
Em 1921, Matiega, citado por McArdle et al (2001), formulou um sistema
baseado em quatro componentes, sendo o esqueleto, a pele mais tecido
subcutâneo, o músculo esquelético e o restante.
As críticas às tabelas que correlacionam altura e peso foram estabelecidas
por estas não representarem uma forma confiável de avaliação da gordura corporal,
uma vez que poderiam classificar com excesso de peso indivíduos com grande
quantidade de massa muscular e de baixa estatura. No início da década de 40 foram
relatados os primeiros indícios de erros na utilização das tabelas de altura e peso,
onde 25 jogadores de futebol americano foram analisados e 17 deles foram
considerados inaptos por possuírem uma quantidade elevada de gordura corporal.
Após uma avaliação mais apurada da composição corporal desses atletas percebeuse o equívoco, sendo que o suposto elevado nível de gordura corporal, na realidade
era representado por massa muscular.
Na tentativa de superação desta problemática, investigações foram
conduzidas para a busca de procedimentos de avaliação da composição corporal
com maior validade em suas medidas (MCARDLE et al, 2001; WILMORE e
COSTILL, 2001).
O Índice de Massa Corporal (IMC) é um exemplo desta tentativa de busca por
novos procedimentos de avaliação da composição corporal, pois preconiza que a
relação entre o peso e a estatura corporal pode ser representativa do excesso de
peso por uma elevada quantidade de massa gorda. Desde sua formulação, por volta
de 1830 e 1850 pelo matemático belga Adolphe Quetelet até os dias atuais, é
empregado em avaliações clínicas para monitoramento das variações do peso
corporal com e sem finalidades científicas.
O problema relacionado ao I.M.C. é semelhante ao relatado para as tabelas
de altura e peso, onde um valor alto de I.M.C. nem sempre representa um elevado
peso corporal constituído por excesso de gordura, podendo este peso corporal ser
representado por um elevado conteúdo de massa muscular, massa óssea ou
diferentes tecidos isentos de gordura (QUEIROGA, 2005 ; McARDLE et al, 2001).
Para a avaliação da composição corporal existem os métodos diretos e
indiretos, sendo que no Brasil existem os métodos duplamente indiretos. O método
direto consiste na dissecação de cadáveres; os métodos indiretos são os de
pesagem hidrostática, ressonância magnética e absortometria radiológica de dupla
energia (DEXA); e os duplamente indiretos que se baseiam em um método de
referência indireto, como são as técnicas de avaliação da composição corporal por
dobras cutâneas, circunferências e diâmetros corporais e bioimpedância elétrica,
que são, coletivamente, conhecidos como métodos de campo, pois são de utilização
prática em diferentes circunstâncias e ambientes e de custo operacional mais
acessível (QUEIROGA, 2005).7
4.2 Padrões de referência da composição corporal de homens e
mulheres.
O homem e a mulher de referência possuem uma média feita por estudos
antropométricos em larga escala, sendo assim, não representam um padrão ideal e
sim uma forma de comparação estatística entre diferentes grupos ou indivíduos
McArdle et al (2001). O homem de referência de Behnke (1974) possui maior estatura e pesa mais,
seu esqueleto pesa mais e possui maior massa muscular e menor percentual de
gordura que o da mulher de referência, citado por (MCARDLE et al, 2001).
Para Wilmore e Costill (2001) embora o padrão proposto por Behnke(1974)
seja o mais correto, não existe um método para diferenciar a gordura de reserva da
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