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Por:   •  12/3/2014  •  3.408 Palavras (14 Páginas)  •  335 Visualizações

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1 relatório: A temática da surdez em seu aspecto medico, cultural e social e sobre libras e a cultura surda em seu aspectos.

Na antiguidade, ocorria o sacrifício de surdos em função do ideal Grego de beleza e perfeição. O nascimento de uma pessoa narrada como deficiente era concebido como um castigo dos deuses, o que justificava a sua eliminação.

Além disso, a produção da alteridade surda como falta reforçada pela concepção filosófica de então, em que a fala era considerada o único meio de expressão do pensamento. Desse modo, a partir da significação cultural características dessa época, os surdos são nomeados sujeitos incompletos e, portanto, incapazes de aprender.

Apenas no século 16, o médico italiano Giralamo Cardano advoga a favor da capacidade de aprendizado do sujeitos surdos. Entretanto, o monge Benedito Pedro de Léon é o primeiro professor de surdos que se tem registro histórico.

Somente no século xx, na década de 1960, o olhar sobre os surdos começou a se deslocar da perspectiva normativa de medicina para a dos estudos etnográficos. Essa nova percepção frente às comunidades faz considerações valorativas à língua de sinais e compreende que os surdos têm uma cultura surda.

Os surdos, por norma são utilizadores de uma comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, e podem ter ainda uma cultural característica.

Embora os aspectos médico, individual e familiar ampliem o universo de análise sobre o fenômeno, nos chama a atenção para a necessidade de vê-los sob uma perspectiva sócio - cultural. O surdo difere do ouvinte, não apenas porque não ouve, mas porque desenvolve potencialidades psicoculturais próprias. Somos todos pessoas diferentes.

No Brasil os surdos desenvolveram a Libras com influência da língua de sinais francesa, portanto, elas não são universais; cada país, ou comunidade de surdos possui sua própria língua de sinais.

O Brasil começou a sentir-se a influência de novas manifestações sobre a educação dos surdos, surgidas na Europa e nos Estados Unidos durante os séculos XVI a XIX. Em 1855, veio no Brasil um professor chamado Ernesto Huet e fundou no Rio de Janeiro a primeira escola para surdos no Brasil, o Instituto de Educação de Surdos (INES), em 26 de Setembro de 1857. A Língua de Sinais usada no Brasil recebeu muita influência dos sinais da França e dos Estados Unidos.

O surdo percebe o mundo de forma diferenciada dos ouvintes, através de uma experiência visual e faz uso de uma linguagem especificas para isso a língua de sinais. Esta língua é, antes de tudo, a imagem do pensamento dos surdos e faz parte da experiência vivida, na comunidade surda é, como artefato cultural, a língua de sinais também é submetida a significação social a partir de critérios valorizados, sendo aprovada como sistema de linguagem rica e independente.

Surdez é mais do que uma condição médica. Para os indivíduos que são surdos, a surdez não é apenas ter "ouvido doente". Eles pertence a uma comunidade, a uma cultura, neste sentido a surdez é única entre os tipos de deficiência. O sentido da cultura é mais forte entre aqueles que a linguagem gestual é o seu idioma principal.

2 relatório: A temática da surdez em seu aspecto medico, cultural e social e sobre libras e a cultura surda em seu aspectos.

Na medicina a surdez é caracterizada através da perda ou da diminuição da percepção auditiva que dificulta a aquisição da linguagem oral de forma natural .Os médicos por motivos óbvios interessaram-se na causa da surdez, assim começaram a desenvolver pesquisas para descobrirem a cura dessa deficiência, e pontuaram que a surdez pode ser classificada em quatro categorias: os que nasceram surdos; os que adquiriram antes de falar ou escrever; os que adquiriram depois de falar; e os que adquiriram depois de falar ou escrever. Em seus estudos afirmam que a surdez por si mesma, não modifica a inteligência da criança, assim provou que elas são capazes de aprender, e uma das formas é associar o som aprendido pelo surdo através do tato e da vibração da laringe, outra forma é a utilização de imagem das palavras escritas.

A Língua brasileira de sinais teve sua origem através do alfabeto, Manuel Francis, que chegou no Brasil em 1856. Um servo daquele pais veio a passeio ao Brasil e, ao chegar no Rio de Janeiro, encontrou-se com surdos cariocas nas praias daquela cidade. Pessoas surdas perdidas e mendigando, decidiu-se voluntariamente ao ensino desta língua. Os surdos brasileiros rapidamente aprenderão e divulgaram para todo o pais.

Até o final do século XV, os surdos eram considerados ineducáveis e o Brasil começou a sentir-se a influência de novas manifestações sobre a educação dos surdos, surgidas na Europa e nos Estados Unidos durante os séculos XVI a XIX.

Antigamente se usavam sinais diferentes e não havia um padrão a ser seguido ,coisa que hoje em dia nós temos. No ano de 2002, foi criada uma lei que reconhecia a Língua Brasileira de Sinais como meio de comunicação objetiva e de utilização das comunidades surdas no Brasil, e em 2005, foi criado um decreto que tornou obrigatória a inserção da disciplina nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério em nível médio e superior (Pedagogia, Educação Especial, Fonoaudiologia e Letras). Os surdos são regulamentados pela LEI nº 10.436 de 24 de Abril de 2002.

Com a LEI 10.436 concluímos que foi um grande avanço não só para a comunidade surda , mais também para o restante da população que hoje uma quantidade maior de pessoas conseguem se comunicar com os indivíduos surdos , e com isso se consegue fazer uma maior inclusão dessas pessoas , algo que antes era mais limitado, a partir daí , os surdos começam a ter sua cultura e identidade reconhecidas .

A cultura surda se constrói e se define em um contexto de pluralismo , estabelecendo na diversidade a sua base conceitual. O patrimônio cultural das comunidades surdas se traduz em uma experiência visual e se constitui de expressões linguísticas , a língua de sinais (ou linguagem gestual caseira , de surdos que não tem acesso a língua de sinais), étnicas (o entendimento político da surdez como diferença , a luta pelo reconhecimento oficial da língua de sinais, as identidades surdas como posicionamento e modo de ser no mundo), ou seja, a cultura surda traduz e é traduzida pelas representações e produções através das quais o surdo se vê, vê e entende o mundo.

A visão da sociedade sobre o indivíduo surdo se constituía sobre a concepção dos mesmos como seres incapacitados para herdar bens ,casar , constituir uma família,

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