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Por:   •  10/9/2014  •  2.694 Palavras (11 Páginas)  •  258 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como finalidade pesquisar sobre o processo de ensino e aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais na pratica docente. Fazendo um breve relato sobre os diversos aspectos da surdez, demonstraremos algumas atividades que podem ser executadas em sala de aula como também entender o papel da escola e do professor para que a inclusão aconteça e um trabalho eficiente seja realizado.

1ºETAPA

A surdez em seus aspectos médico cultural e social

Desde o princípio da humanidade, a surdez tem sido caso de polêmica, vem sempre acompanhado de preconceitos. Sabem-se muito pouco sobre a surdez e como os surdos se comunicam. Para muitos, a surdez é considerada como deficiência mental, deixando o desafio para os educadores, linguísticos, profissionais da área médica e para a própria família.

No ponto de vista médico, a surdez caracteriza-se pela limitação e conhecimento do som, em grau variado, o que dificulta a aquisição da linguagem oral e de forma natural, então a comunidade surda passa a usar a língua de sinais como primeiro meio de comunicação, despertando o sentimento de pertencimento a uma cultura. Nem todos os surdos se consideram membros de uma comunidade, há uma diferença em compreender a surdez como deficiência e compreendê-la como diferença.

A sociedade cria situação de exclusão tanto político como sociais culturais e educacionais. Isso acontece por que os surdos não são vistos através das suas potencialidades, mas sim encarados como seres incapazes. Pode-se dizer que o termo surdo é o meio do qual as pessoas que não ouvem referem-se a si mesmos e a seus pares.

Nos estudos Surdos não se utiliza a expressão deficiente auditivo. O conceito de surdez, visto que a expressão é a utilizada no contexto médico-clínico, para vencer essa barreira surgiram a Língua Brasileira de Sinais. – LIBRAS que é reconhecida como meio legal de comunicação e expressão. A língua da comunidade surda brasileira tem suas regras gramaticais facilitando o desenvolvimento dos mesmos. A linguagem facilita e proporcionam o desenvolvimento cognitivo da criança surda favorecendo a produção da escrita e servindo de apoio para leitura e compreensão de textos.

Pesquisas vêm sendo desenvolvidas, e essa língua tem sido comparada, em complexidade e expressividade, a quaisquer línguas orais, diferenciada apenas por usar outro canal comunicativo, isto é, a visão em vez da audição.

Para o pesquisador Skilar, os Estudos Surdos são compreendidos como um programa de pesquisa em educação que valoriza as identidades, a língua, os projetos educacionais, a historia, a arte, as comunidades e cultura surda a partir de suas diferenças e não deficiência. No olhar da sociedade fica estabelecida a distinção entre cultura surda como minoria e cultura ouvinte por grande parte, ou seja, visão que a sociedade tem dos surdos incapazes. Apoiado na noção do multiculturalismo surge uma possibilidade de afirmação da cultura dos surdos de uma perspectiva que deve ser vista como uma diversidade a ser definida e mantida fora do contexto social mais amplo, entretanto deve ser entendida como existente necessária e respeitada. A preocupação pela a educação dos surdos surge com ideia de aprofundar os conhecimentos e os saberes sobre a inclusão na rede regular de ensino. As teorias disciplinares da educação inclusiva baseiam-se numa visão de educação de qualidade, precisamente com uma participação extra qualificada por parte dos professores, mas infelizmente, os professores de rede regular ainda não estão preparados para administrar aulas para aluno com deficiência auditiva e com isso se torna um grande desafio fazer com que a inclusão ocorra. A educação para o aluno com surdez é um grande desafio para os professores (as), o que pode transparecer uma possibilidade de aprendizagem em salas de aulas de turmas de ensino regular, mas, o que se ver na prática não é bem isso, pois algumas práticas pedagógicas, envolvendo o aluno surdo, tem suas limitações no final da escolarização básica, não sendo capazes de escrever e ler satisfatoriamente ou dominar os conteúdos acadêmicos. Esses alunos devem ser respeitados, aceitos e ter acesso aos mesmos materiais que os demais recebem. Apesar de ser um espaço sociocultural, a escola é um meio onde convivemos com as diferenças, mas que nem sempre são reconhecidas nos elementos do processo pedagógico, assim sendo a Educação Inclusiva diferentemente da Educação Tradicional que prevê que os alunos precisam se adaptar a ela ao contrário da Educação inclusiva onde a escola é quem precisa se adaptar as necessidades dos alunos, buscando a continuação e o máximo de desenvolvimento. As instituições tanto públicas como as particulares devem se preparar para o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos, favorecendo não apenas aqueles com necessidades, mas também os ouvintes que por sua vez passará a aprender, respeitar e a compreender as diferenças, recebendo metodologias diferenciadas.

Relatórios de pesquisa feita pelo grupo

No filme meu nome é Jonas, tivemos a oportunidade de ver um pouco da realidade dos surdos diante das dificuldades da família. A não aceitação do pai, o irmão que muitas vezes se confunde do porque ele pode e eu não, a mãe como a pessoa que se sente responsável pela deficiência e dificuldade do filho que e está em busca de respostas e dentro das suas dúvidas muitas vezes expõe o filho a um sofrimento maior.

Escolas que defendem o oralismo e tratam os surdos como “animais”. O encontro da mãe com famílias de surdos e suas descobertas a um novo mundo onde seu filho consegue se expressar, se comunicar e ter uma identidade.

No filme, O menino selvagem percebeu o medo das pessoas diante de algo diferente, as tentativas de um médico que acreditou que conseguiria educar uma criança que tinha um extinto selvagem, foram deixadas na selva talvez por sua diferença. Vitor não conseguiu encontrar sua identidade e vivia conforme o que as pessoas o forçavam a fazer, é um filme importante para observarmos o quanto eles necessitam de estímulos para o desenvolvimento.

Pesquisamos também um pouco sobre o escritor Fernando César Capovilla autor de um dos dicionários enciclopédicos mais bem elaborados ilustrados trilíngue da língua de sinais brasileira. Capovilla é um grande defensor das escolas específicas bilíngues para surdos

Em uma entrevista o mesmo relata a necessidade da escola bilíngue para a criança surda e deixa

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