Atps Economia

Soja – Área e Produção por região administrativa da SEAB 2007

CIDADE ÁREA EM HECTARES SAFRA DE 2007

Apucarana 91.460 288.476

Campo Mourão 572.872 1.765.786

Cascavel 453.272 1.452.466

Cornélio Procópio 260.000 728.120

Curitiba 38.860 121.067

Francisco Beltrão 215.060 617.485

Guarapuava 184.705 553.895

Irati 76.500 219.225

Ivaiporã 183.210 537.596

Jacarezinho 59.975 161.995

Laranjeiras do Sul 70.620 214.245

Londrina 234.782 642.559

Maringá 221.193 634.556

Paranavaí 20.725 54.051

Pato Branco 259.450 734.261

Ponta Grossa 419.350 1.351.250

Toledo 453.800 1.327.905

Umuarama 149.141 416.075

União da Vitória 41.100 123.310

Total 4.006.075 11.944.323

Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura e do Abastecimento – SEAB

SOJA NO PARANÁ: ANÁLISE FINANCEIRA

Para que o produtor rural maximize seu desempenho econômico-financeiro, em meio à instabilidade do mercado de commodities, torna-se primordial a gestão eficiente do negócio agropecuário, que prescinde da minimização de custos, da otimização da utilização do espaço produtivo e do aumento dos níveis de produtividade.

Para uma condição de mercado favorável considerou-se a saca de soja a R$ 45,00, enquanto para um momento desfavorável utilizou-se R$ 35,00. Para uma condição intermediária foi considerada uma cotação de R$ 40,00.

Os custos de produção estão divididos em: variáveis, fixo e total. O custo variável (CV) engloba componentes que participam do processo produtivo, ou seja, aqueles que ocorrem somente se houver produção, esses gastos são com transporte e serviço de colheita, quanto maior a cotação do grão, maiores serão os gastos. Dentro do CV, têm-se as despesas com insumos, mão – de- obra, combustíveis, lubrificantes, taxas, juros e serviços contratados. O custo fixo (CF) agrupa gastos que o produtor rural adquire independente de produzir ou do volume de sua produção. Dentro dessa classe, estão as depreciações, seguros e manutenção de bens de capital. O custo total (CT) é representado pelo somatório dos custos variável e fixo.

Para determinar o lucro associado com a produção de soja foram utilizadas estimativas das seguintes variáveis vinculadas à receita e aos custos de produção:

- Receita bruta por hectare (RB há), corresponde à receita esperada, decorrente da venda da produção por hectare ao preço regional da soja.

- Custo total por hectare (CT há), representa a soma dos custos varáveis e fixo por hectare.

- Lucro líquido por hectare (LL há), é a diferença entre receita bruta e o custo total por hectare.

- Renda familiar por hectare (RF há), é a remuneração obtida pelo produtor rural por hectare, considerando apenas gastos desembolsáveis, ou seja, consiste no lucro líquido somado às depreciações.

Para a teoria econômica, o custo de oportunidade surge quando o gestor decide por uma alternativa de investimento em detrimento de outras mutuamente exclusivas. Dessa forma, o custo de oportunidades representa o quanto se deixou de ganhar ao renunciar determinadas opções de investimentos. Na contabilidade, geralmente, o custo de oportunidades é utilizado no reconhecimento e estimativa dos juros sobre o capital próprio das empresas.

Em termos operacionais, para estimar o custo do capital foi aplicada uma taxa semestral de 4,5% sobre o capital disponível. Por sua vez, para calcular o custo da terra, utilizou-se uma taxa de arrendamento corresponde a 20% do valor da produção. Para analisar os resultados econômico-financeiros de curto prazo da produção de soja, foram utilizados os seguintes indicadores: custo econômico, renda econômica, margem de contribuição e ponto de equilíbrio de viabilidade.

Para que a produção de uma safra de soja seja “financeiramente” viável no curto prazo, o lucro líquido e a margem de contribuição necessitam ser iguais ou superiores a zero. O sojicultor paranaense tem se propiciado com um retorno financeiro superior às outras opções de investimentos “financeiros”.

Os gastos mais significativos com a produção de soja foram àqueles vinculados aos insumos. Dependendo da cotação do grão esses gastos podem representar entre 41,5% e 55,0% do custo total.

Tabela com a estimativa de custos de produção de soja convencional, por hectare, na região que abrange o município de Guarapuava, PR, safra 2011/2012.

Preço da saca=R$45,00

Item/tipo de custo Un Quantidade Fixo-R$/ha Variável-R$/ha Total-R$/ha Peso %

Calcário T 3,00 0,00 49,00 49,00 3,54

H. de dessecação L 1,50 0,00 11,85 11,85 0,86

Espalhante adesivo L 0,50 0,00 2,61 2,61 0,19

Semente KG 85,00 0,00 199,75 199,75 14,44

Adubo T 0,13 0,00 144,56 144,56 10,45

Herbicida POS-1 L 0,40 0,00 6,00 6,00 0,43

Herbicida POS-2 KG 0,03 0,00 26,51 26,51 1,92

Herbicida POS-3 L 0,30 0,00 11,42 11,42 0,83

Herbicida POS-4 L 0,35 0,00 28,35 28,35 2,05

Fungicida 1 L 0,60 0,00 22,01 22,01 1,59

Fungicida 2 L 1,00 0,00 63,75 63,75 4,61

Fungicida 3 L 0,30 0,00 12,10 12,10 0,87

Espalhante adesivo L 1,00 0,00 4,97 4,97 0,36

Inseticida 1 KG 0,10 0,00 4,76 4,76 0,34

Espalhante adesivo L 0,50 0,00 2,49 2,49 0,18

Insumos 0,00 590,12 590,12 42,67

Oper.