Atps Qualidade

Existem várias definições para a qualidade, e todas elas caminham para um mesmo horizonte: O cliente. O termo qualidade se tornou tão abrangente para as organizações, que logo estão surgindo novas terminologias para conceituar o conjunto de processos que determinam a excelência de um produto ou serviço.

Oferecer produtos ou serviços que superem as expectativas do cliente está se tornando cada vez mais um conceito comum para a qualidade, por conta disso, os autores James Cortada e Heitor Quintella, recorreram ao CQT para destacar a definição de “melhoria contínua” de W Edwards Deming, “próprio para uso” de Joseph M. Juran, “em conformidade com os requisitos” de Philip Crosby e “o mais econômico, mais útil e que sempre satisfaça o consumidor” de Karuo Ishikawa. O autor Vicente Falconi (1992) também conceitua a qualidade como uma aliança entre o projeto, o custo e as necessidades do cliente, enfatizando o sistema de qualidade como a chave para o sucesso de uma empresa.

A qualidade é hoje uma das mais importantes estratégias competitivas nas diversas organizações e setores. Ela está ligada á produção, melhoria de resultados e aumento nos lucros, através da redução de perdas e desperdícios.

1 A EVOLUÇÃO DA QUALIDADE

O conceito de qualidade somente há poucas décadas que passou para a função de gerenciamento. Na sua forma original foi somente relacionada com as funções de inspeção, porém ho¬je é vista como essencial para o sucesso de um produto. Nas organizações, a qualidade incorpora funções que vão desde a engenharia até marketing. O desenvolvimento histórico, chamada a “era moderna da qualidade”, pode ser dividido em cinco fases, períodos ou eras distintas:

- Era da inspeção;

- Era do controle estatístico;

- Era da garantia da qualidade

- Era da qualidade total;

- Era da gestão estratégica da qualidade;

Nos séculos XVlll e XlX, a qualidade era controlada pelos artesãos, eles acompanhavam todo o processo do produto, suas atividades eram a de detecção, correção de erros. Segundo Alfredo Lobo (2002), nesta época, a qualidade era associada ao conhecimento individual e diferente de cada artesão. A partir da produção em massa, eles foram sendo substituídos por mão de obra que não tinham experiência, diminuindo assim, a qualidade dos produtos. Durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a situação piorou, vários defeitos em produtos militares foram detectados. Em 1931, o matemático americano W. A. Shewart revolucionou os conceitos até então ditos como de qualidade, abordando com um caráter cientifico.

No começo da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve uma grande conversão das indústrias para a fabricação de produtos militares com qualidade e dentro dos prazos. Segundo os autores: Cortada e Quintella foi aí que os japoneses perceberam que seus produtos estavam sucateados e, para não se tornarem uma nação extinta, teriam que partir para a industrialização. Por isso, de acordo com os autores, em 1950, chegou ao Japão, o professor W. Edwards Deming, levando um método de controle estatístico do processo pelo qual treinou milhares de técnicos e engenheiros. Em 1954, o engenheiro Joseph M. Juran também foi ensinar qualidade aos japoneses. Assim, foi criada a JUSE, para o acompanhamento e desenvolvimento das normas de qualidade dentro do Japão.

Cortada e Quintella explicam que nos anos 70 e 80, os Estados Unidos e o Japão representavam as maiores potências no processo de qualidade. Os EUA investiam na visão de mercado e nas necessidades básicas do cliente e o Japão na melhoria contínua de seus processos. Em 1986, a Europa assinou seu tratado de unificação e os doze países comprometidos com o acordo apostaram na qualidade como arma de competitividade no mercado mundial. Diante do atual panorama, as organizações