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Por:   •  30/8/2014  •  1.064 Palavras (5 Páginas)  •  1.082 Visualizações

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simétricas, com limites máximo e mínimo;

Bandas assimétricas, quando se estipula somente um dos limites, ou o máximo ou o mínimo;

Adoção de outra moeda como moeda local;

União monetária com outros países.

Dentre os modelos destacados e que diferem (ou que não são subdivisões) daqueles já discutidos em aula anterior, estão o currency board, o dirty floating e a adoção de outra moeda.

No modelo de currency board, que também é um regime de câmbio fixo, o país fixa sua taxa de câmbio com uma moeda estrangeira forte e só pode emitir moeda nacional se houver a mesma quantidade de moeda estrangeira em estoque, assegurando sua conversibilidade e proporcionando credibilidade em sua política cambial, uma vez que a moeda nacional está lastreada à moeda estrangeira (Ex.: Argentina). Era como no antigo sistema de lastro em ouro, ou padrão-ouro. O ouro, à sua época, era considerado a moeda aceita mundialmente, e os títulos só eram emitidos caso houvesse o mesmo valor em ouro para troca.

A grande vantagem da adoção desse tipo de regime cambial é a credibilidade na política cambial do país. A desvantagem é que o governo não pode emitir moedas sem que haja lastro em moeda internacional, o que diminui a alavancagem financeira para financiamento de gastos, restringindo o desenvolvimento de suas empresas.

O regime de currency board foi adotado na Argentina, nos anos 90, como forma de controlar a inflação herdada das crises dos anos 70 e 80. Essas crises acarretaram altos endividamentos aos países da América Latina, diminuindo suas entradas de recursos externos devido à falta de credibilidade por parte do restante do mundo, comprometendo suas taxas de crescimento e provocando um aumento significativo da inflação. Um dos fatores que levou ao fracassou o regime adotado pela Argentina foi que, com a dolarização, seus produtos se tornaram caros, e suas empresas, incompetitivas (Oliveira, 2003).

O dirty floating, ou "flutuação suja", é quando o governo adota o regime de câmbio flutuante (que teoricamente não deveria sofrer intervenções do governo), mas acaba interferindo – de forma não antecipada – quando essa taxa de câmbio oferece algum risco para sua economia. Não existindo essa necessidade, a taxa flutua livremente.

A adoção de outra moeda, também definida como ancoragem extrema, é o regime mais radical de ancoragem cambial, como foi o caso da Argentina e do Equador nos anos 90, com a dolarização de suas economias. Neste caso, pode haver a substituição da moeda local pela moeda estrangeira, ou simplesmente a moeda nacional fica fixa em relação ao dólar, em uma paridade de 1 para 1. Em ambos os casos, o governo perde o poder de fazer política monetária, adequando-se à política americana. A vantagem é a utilização de uma moeda forte, estável e com baixo índice de inflação.

O Brasil adotou o regime cambial fixo por bandas, sendo assimétricas inicialmente (quando se fixava a taxa de câmbio abaixo de um teto máximo), e depois simétricas (estabelecendo limites mínimo e máximo para flutuação). Após o ano de 1999, o Brasil adotou o regime de "flutuação suja", rompendo com sua política de âncora cambial (GREMAUD, 2010).

Conceitos Fundamentais

Lastro – em economia, lastro é o depósito em ouro que serve de garantia ao papel-moeda.

Paridade – a definição econômica para paridade é a equivalência ao curso cambial das moedas entre dois países ou duas praças cambiais.

Plano Cruzado – plano econômico vigente no Brasil no ano de 1986, no governo do presidente José Sarney, que tinha como principais medidas o congelamento dos preços, dos salários e da taxa de câmbio.

Referências

CARVALHO, M. A.; SILVA, C. R. L. Economia internacional. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

CAVES, R. E.; FRANKEL, J. A.; JONES, R. W. Economia internacional. São Paulo: Saraiva, 2001.

ECONOMIA NET. Dicionário de Economia. Disponível em: <http://www.economiabr.net/dicionario/>. Acesso em: 22 set. 2011.

GREMAUD, A. P.; BRAGA, M. B. Crises cambiais e a experiência latino-americana na década de 1990. In: LANZANA, A. E. T. et al. VASCONCELLOS, M. A. S.; LIMA, M.; SILBER, S. (Orgs.). Gestão de negócios internacionais. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

OLIVEIRA, G. C. Liberalização, desregulamentação e currency board: a experiência argentina na década de 1990. Revista FAE, Curitiba, v.6, n.2, p.39-51, maio/dez. 2003.

PRIBERAM. Dicionário Priberam

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