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Aula Temas 8

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Por:   •  14/11/2014  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  523 Visualizações

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Aula-tema 08: As situações de ensino e a avaliação da leitura

Esta última aula-tema é destinada para sistematizar as estratégias que podem favorecer a compreensão leitora, conforme o conteúdo já estudado anteriormente. Três aspectos serão considerados: a avaliação, situações de ensino/aprendizagem da leitura e o projeto curricular da escola.

A avaliação está presente no dia a dia e em diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem, como durante a leitura. Tratar da avaliação não é tarefa fácil, assim, vários teóricos lidam com o tema. De acordo com o livro-texto, a avaliação pode ser considerada como:

Uma atividade mediante a qual, em função de determinados critérios, se obtêm informações pertinentes sobre um fenômeno, situação, objeto ou pessoa, emite-se um parecer sobre o objeto em questão e adota-se uma série de decisões referentes ao mesmo. (MIRAS e SOLÉ, 1990, p. 420 apud SOLÉ, 1998, p. 164)

Quando se trata da avaliação no processo de ensino-aprendizagem, Haydt (2004, p. 16-18) afirma que nos referimos à verificação do nível de aprendizagem dos alunos, ou seja, o que eles aprenderam. Mas por que e para que avaliar? De acordo com a autora, a avaliação apresenta três funções: diagnosticar, controlar e classificar.

A essas funções três modalidades de avaliação estão relacionadas:

• Diagnóstica

• Formativa

• Somativa

A avaliação diagnóstica é realizada no início de um curso, de um período letivo ou de uma unidade de ensino a fim de avaliar se os estudantes possuem conhecimentos e habilidades fundamentais para adquirir novas aprendizagens ou detectar possíveis problemas a serem solucionados.

A avaliação formativa tem a função de controlar o processo; é realizada, portanto, ao longo do período letivo ou de um curso a fim de verificar se os alunos estão atingindo os objetivos anteriormente estabelecidos. É por meio da avaliação formativa que os alunos conhecem seus erros e acertos por meio de feedbacks e encontram estímulos para avançar nos estudos. Essa modalidade de avaliação, se bem realizada, permite que a maioria dos estudantes alcance os objetivos estabelecidos.

A avaliação somativa é realizada no final de um curso ou do semestre letivo e tem a função classificatória, ou seja, classifica os alunos conforme seus aproveitamentos, a fim de promovê-los de um grau para outro.

As três modalidades de avaliação estão relacionadas; cabe ao professor usá-las de maneira conjugada, a fim de garantir a eficácia do processo de ensino-aprendizagem.

Semelhante às modalidades propostas por Haydt, Solé apresenta no livro-texto a avaliação inicial, a avaliação formativa e a avaliação somativa. Os três tipos de avaliação propostos desempenham um papel fundamental no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que:

o que se propõe a ensinar é partir de onde está o aluno, garantir que a tarefa de aprendizagem constitua um desafio ao seu alcance, intervir de tal forma que se possa proporcionar a ajuda necessária e constatar que, progressivamente, ele pode usar com competência as estratégias ensinadas de forma autônoma. (Solé, 1998, p. 164)

Sob a perspectiva do ensino de leitura, a avaliação inicial permite conhecer os conhecimentos prévios dos alunos. Esta informação é fundamental, pois poderá indicar a mudança no rumo da atividade, ou seja, continuar com o planejamento, fazer algum tipo de intervenção ou, ainda, abandoná-lo completamente, caso haja lacuna entre o conhecimento prévio para se alcançar o conhecimento desejado.

Já a avaliação formativa permite avaliar de forma contínua toda a situação de ensino e aprendizagem em que o processo de leitura se realiza por meio de tarefas de leitura compartilhada, nas quais professor e alunos interagem, cada um em seu nível e desenvolvendo o seu papel. Para avaliar o desenvolvimento do processo de leitura o professor pode pensar em questões do tipo: “Funciona como tinha sido previsto? Este aluno está perdido? Isto não ficou bem claro? É muito simples? Não entendem nada do que eu estou dizendo?” Com base nessas avaliações, o professor pode tomar algumas decisões: “Vou continuar intervindo desta maneira. Vou ver o que acontece, porque este menino se perdeu. Vou recapitular e tentar expor o que me parece fundamental, para ver se assim ele entende. Vou apresentar uma proposta um pouco mais desafiadora. É melhor parar e tentar começar de outra maneira” etc. Este tipo de avaliação é feita pelo professor de forma intuitiva ou não, em maior ou menor grau, a fim de adaptar sua intervenção sobre aquilo que surge ao longo do processo de ensino. Atividades específicas de avaliação não são necessárias caso o professor articule atividades de ensino de estratégias de forma efetiva e que favoreçam uma visão da situação real dos alunos, além de acompanhar o seu desenvolvimento e intervir quando necessário. Algumas condições podem contribuir para que a avaliação formativa ocorra:

• O estabelecimento de objetivos claros para a tarefa de leitura proposta;

• Colocar em prática sequências didáticas que exijam a atividade conjunta do professor e dos alunos em torno da leitura;

• Organização da aula e proposta de atividades diversificadas, que favoreçam a observação dos alunos pelo professor.

Quanto à avaliação somativa, alguns professores sentem necessidade de realizar avaliações mais pontuais. Nesse sentido, as informações obtidas nas provas ou exames devem ser contrastadas com as informações coletadas anteriormente por meio das observações e das situações de aprendizagem das quais os alunos participaram.

No entanto, alguns critérios devem ser considerados quando se trata de avaliar a leitura:

• A atitude emocional com que o leitor

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