Avaliação Da Aprendizagem
Seminário: Avaliação Da Aprendizagem. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gauchynha • 20/3/2014 • Seminário • 1.171 Palavras (5 Páginas) • 207 Visualizações
Avaliar é uma ação que praticamos diariamente. Nossas ações cotidianas exigem que, em determinadas situações, tenhamos que analisar, refletir, para enfim tomarmos decisões que se destinem a resolver os problemas identificados. No sistema educativo esta ação não é muito diferente.
A avaliação é um instrumento de suma importância para o sucesso do trabalho escolar, sendo ele capaz de possibilitar ao educador o estabelecimento de parâmetros para o desenvolvimento do aluno ao longo do ano escolar. Ela possibilita, também, verificar as potencialidades e as limitações de cada aluno.
Embora a realidade nos mostre uma prática diferente da ideal, o ato de avaliar deve ser um processo continuo com o intuito de verificar o progresso do aluno no decorrer do seu percurso de aprendizagem. Mais ainda, a avaliação deve ser compreendida como um instrumento que oferece possibilidades ao aluno de expressar seu conhecimento, habilidades, competência e experiências para que as ações educativas sejam direcionadas às suas necessidades.
Infelizmente a avaliação é utilizada, na grande maioria das situações, como instrumento restrito à atribuição de conceitos e também para classificar ou excluir. Não que ela não possa, também, desempenhar este papel. O fato é que utilizá-la desta forma para verificar o nível de aprendizagem dos alunos, e consequentemente, até que ponto os objetivos estão sendo alcançados, é uma ação muito próspera para os fins educativos. Entretanto, utiliza-la restritamente a este fim, acaba lapidando na avaliação uma face marginalizadora e excludente. O professor que utiliza a avaliação como recurso único de mensuração de notas, transforma o processo educativo num sistema de classificação de melhores e piores, que deixa à margem aquele que não se enquadra no perfil do bom aluno, desenhado pelo professor, sistema educacional ou sociedade, fazendo com que este reprima as suas potencialidades que foram ignoradas.
Para o professor avaliar é também, um processo muito mais complexo do que aparenta ser. É muito difícil avaliar o progresso individual dentro de um grupo. Cada aluno tem o seu ritmo e sua forma de aprendizagem, o que torna difícil atingir o particular desenvolvimento de cada educando com um plano elaborado para o grupo. Infelizmente não é possível elaborar um plano individual para cada aluno, portanto cabe ao professor observar o aluno individualmente proporcionando espaço para expor seu desempenho. A partir daí é possível retomar o planejamento com novas estratégias que contemplem, de forma geral, a necessidades de todos.
Segundo Kraemer (2007), a avaliação da aprendizagem tem seus princípios e características no campo da Psicologia, sendo que as duas primeiras décadas do século XX foram marcadas pelo desenvolvimento de testes padronizados para medir as habilidades e aptidões dos alunos. Este caráter de medição, característica muito presente na educação tradicional, se revela ainda hoje mesmo em escolas que se dizem construtivistas, mas utilizam a avaliação como objeto de pressão psicológica mascarado pelo pretexto de incentivar a busca pela aprendizagem.
Goldberg e Souza assim definem avaliação:
“... podemos conceituar avaliação educacional como processo de coletar, analisar e interpretar evidências relativas à eficácia e eficiência de programas educacionais.” (GOLDBERG E SOUZA, 1979, p. 15).
Tanto Goldberg e Souza, interpretam a prática avaliativa como forma de coletar informações para traçar metas de aprendizagem. Seguindo esta perspectiva podemos definir a avaliação como o meio para alcançar os resultados desejados, pois além de consistir na observação e interpretação dos efeitos educativos, a avaliação exerce uma espécie de investigação sobre o aluno, ou seja, ela faz um “raio-x” deste de forma que torne possível ao educador compreender suas dificuldades e potencialidades, possibilitando a elaboração de um planejamento eficiente direcionado para às necessidades do aluno.
Na visão de Freitas a avaliação tem três aspectos:
- Instrucional: que é o mais utilizado verifica o que e quanto o aluno aprendeu;
- Avaliação do comportamento: permite ao professor controlar o aluno, obrigar que este se sujeite às regras, visto que o professor possui o controle que “advém do seu poder de reprovar” (Freitas, 2003, p. 41).
- O terceiro aspecto é o de valores e atitudes: esta tem a função de expor o aluno afim de repreensões e criticas. Ela é utilizada, principalmente, para instalar relações de submissão do aluno ao professor.
Estes aspectos da avaliação demonstram a face tradicionalista da educação que ainda hoje existe no processo educativo.
Compreender os erros faz parte do caminho da construção do conhecimento, bem como do próprio processo de avaliação.
A reflexão do professor sobre seus próprios posicionamentos metodológicos, na elaboração de questões e na analise de respostas dos alunos
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