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BLOQUEIOS MENTAIS DE PERCEPÇÃO QUE AFETAM A CRIATIVIDADE

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Por:   •  25/10/2013  •  639 Palavras (3 Páginas)  •  424 Visualizações

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Como sempre, "cada caso é um caso". Mas praticamente sempre são defesas, fixações ou regressões, com causas (e boas soluções) psicanalíticas.

Pense no mapa rodoviário do Brasil. São Paulo com muitos caminhos, e outras regiões esvaziadas. Onde houve mais incentivo e interesse, construiram-se mais estradas, há mais caminhos e cores. Onde poucos trafegaram, ou há "bloqueios" geográficos, as estradas ficam escassas, os caminhos são mais únicos, limitados e exclusivos. Se não são percorridos, as cidades recebem menos visitas e recursos também, e algumas estradas podem ficar sem manutenção. A muito grosso modo, imagine os neurônios como cidades, as sinapses como estradas e os neurotransmissores como os tipos de veículos. Se em algum momento de seu desenvolvimento - mesmo na infância, mas não só - foi desconfortável circular por uma saída de estrada, você NATURALMENTE foca mais nas outras. E então muitas cidades que você nem conhece, que poderiam ser boas, passam a receber menos recursos, não são visitas, ou sequer chegam a ser estabelecidas. Você naturalmente faz redes complexas como o mapa de São Paulo para algumas coisas, e passa cada vez mais a achar que isso é sua escolha, sua personalidade, sua profissão. Até que um dia, na expansão de seus negócios, você precisa abrir uma filial na Amazônia, que também é bacana... Aí não dá para ir de carro, né? Os custos são outros.

Na mente é parecido. Um bloqueio intencional de alguma experiência ruim (ex-namoradas ou esposas, rejeição do padrão de algum familiar, imagens associadas a algum trauma ou perda, etc) pode equivaler a uma estrada importante bloqueada. O problema não é não mais acessar aquilo que quisemos apagar (isso é uma defesa, o que pode ser saudável ate certo ponto), mas sim o UNIVERSO de coisas que estão por trás disso, que também eram indiretamente associados à pessoa ou evento que quisemos negar ou apagar. Daí um dia você tenta lembrar de um nome de loja e não consegue, porque indiretamente parecia com o sobrenome do pai de sua ex... E isso pode se dar em vários graus. A profissão da ex pode ser associada a uma coisa B que internamente associamos a outra C, que nem suspeitamos ter a ver com a ex. Aí um dia notamos que temos um certo "bloqueio" ao lidar com a coisa C, sem motivo (consciente) algum. Mas algum dia nós dinamitamos a estrada que levava a "A", a tal ex, e naturalmente deixamos de visitar as demais cidades relacionadas àquela direção.

Além do mais, Freud falava em fixações (que em geral favorecem psicoses) e regressões (que em geral favorecem neuroses, como as nossas, maioria da população). Na neurose, nós até nos desenvolvemos como adultos (se tudo estiver bem), mas quando alguma situação simbólica não tem boa resposta na formaçao adulta, "regredimos" a uma situação de conforto anterior, ou seja, temos para aquilo a resposta temporária de uma criança - que pode ser um chilique, uma agressividade, uma fantasia, uma obsessão, uma depressão, etc.

Já na psicose, a estrutura é mais grave, é como o mapa da floresta, para aquela situação simbólica específica nunca houve estradas detalhadas pra avançar antes de regredir, a pessoa pode até ter PhD, mas terá algumas estruturas psíquicas internas quase infantis - para socializar, normalmente as esconde, ou faz pequenos

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