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BRIKS - História e design

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Por:   •  4/12/2014  •  Relatório de pesquisa  •  3.386 Palavras (14 Páginas)  •  379 Visualizações

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1. BRICS – História e Concepção

O termo BRIC foi cunhado pelo economista inglês Jim O’Neal – chefe de pesquisas em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs – em seu estudo "Building Better Global Economic BRICs" de 2001, a fim de referenciar os países em desenvolvimento: Brasil, Rússia, Índia e China.

Em agosto de 2010 teve seu início o processo formal de admissão da África do Sul, tendo seu ápice na concretização de sua incorporação em 24 de dezembro do mesmo ano. Sendo, assim incorporada a letra “S” na intitulação do grupo, formando, então, o atual “BRICS” – haja vista a grafia em inglês do país “South Africa”.

De acordo com Jim O’Neal, o PIB anual combinado do continente africano é razoavelmente semelhante ao do Brasil e da Rússia e sensivelmente superior ao da Índia. Fato que influi a relevância da África do Sul como fonte de interpolação entre o grupo e o continente africano em seu todo.

Jim O’Neil exprimiu surpresa com a inserção da África do Sul, em consideração ao fato que sua economia representa um quarto do tamanho da economia russa (nação com o menor poder econômico dos BRICs). Martyn Davies, perito no mercado emergente sul-africano, expôs a inserção do país como uma decisão de pouco sentido comercial, contudo, politicamente sagaz, tendo em vista o interesse da China em estabelecer uma presença na África, ação que dá a oportunidade de influenciar e comercializar em quatro continentes distintos.

Ao contrário do que algumas pessoas presumem, estas nações não formam um bloco econômico, apenas compartilham de uma situação econômica com lideres de desenvolvimento e situações econômicas similares. Constituem ema espécie de aliança – a exemplo da União Européia – que almeja obter força no âmbito político e econômico internacional. Visando a defesa de interesses comuns, reúnem-se, anualmente, lideres desses países.

Características comuns de seus integrantes:

- Economia recém estabilizada;

- Estabilidade econômica;

- Grande potencial de capital humano (tanto em quantidade quanto em qualificação);

- Crescentes níveis de produção e exportação;

- Abundancia de recursos minerais;

- Investimentos em setores de infra-estrutura (estradas, ferrovias, portos, aeroportos, usinas hidrelétricas, etc);

- PIB (Produto Interno Bruto) em constante desenvolvimento;

- Facilidade no acesso da população aos sistemas de comunicação (inclusão digital);

- Recebimento atual e constante de grandes investimentos estrangeiros em seus mercados de capitais (Bolsas de Valores);

- Investimentos estrangeiros em setores econômicos diversos

PIB dos países BRICS*:

- Brasil: R$ 3,675 trilhões (ano de 2010) ou US$ 2,21 trilhões

- Rússia: US$ 2,22 trilhões (estimativa 2010)

- Índia: US$ 4,04 trilhões (estimativa 2010)

- China: US$ 6,05 trilhões (2010)

- África do Sul: US$ 524 bilhões (2010)

(*FONTE: site Super Pesquisa, www.suapesquisa.com/pesquisa/bric.htm).

Economistas postergam que, mantidas as situações atuais (descritas acima), as nações do BRICS tornar-se-ão grandes economias num futuro próximo. Dentre estes países, pode-se destacar a China, tendo por base o rápido desenvolvimento econômico (crescimento do PIB em torno de 10% ao ano) e elevada população.

1.1. Principais acordos da Aliança

"Os Brics continuam sendo um elemento dinâmico da economia global e vão responder por uma parcela significativa do comércio. A notável expansão dos últimos anos do comércio intra Brics evidencia também o potencial das nossas relações. Nós passamos de US$ 27 bilhões em 2002 para estimados US$ 250 bilhões em 2011", disse a presidente Dilma Rousseff em entrevista a BBC.

Na segunda reunião do Comitê de Coordenação e Cooperação de Alto Nível China-Brasil, os dois países prometeram aprofundar a cooperação em comércio, finanças, energia e recursos, infraestrutura e outras áreas, assim como explorar o potencial de cooperação nas áreas de ciências, educação e agricultura, coincidindo em parte com as propostas de uma reunião entre as instituições de consultoria dos países BRICS, realizada em Nova Déli, fato que pode influir contribuições mútuas nessas cooperações.

Os presidentes de bancos de desenvolvimento dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) firmaram em 29 de março de 2012, em Nova Déli, na Índia, acordos que irão facilitar o financiamento de comércio e investimento em moeda local. Assunto esse, que vem sendo discutido desde a primeira reunião do grupo. O alvo da medida é expandir a colaboração entre os bancos de desenvolvimento dos Brics e potencializar o comércio entre os países da aliança, ato que facilitará a aquisição de financiamento com instituições de fomento do país onde o investimento será efetivado, e também evita a vinculação do negócio ao dólar, e portanto, a exposição à flutuação cambiária.

A aliança deve lançar nesta semana a proposta de um banco conjunto de desenvolvimento e medidas para aproximar suas bolsas de valores.

As iniciativas devem demorar, haja vista a necessidade de se definir os detalhes, mas elas assinalam um novo grau de aspiração à aliança que reúne cerca de metade da população global.

O BRICS também está promovendo as relações econômicas e comerciais entre a China e o Brasil. Em 2011, o valor de comercio bilateral superou US$ 80 bilhões. O Brasil tornou-se o 9º maior parceiro comercial da China.

1.2. Relações comerciais.

O Brasil detém a maior economia da América Latina, contudo em nível de continente americano, ocupa a segunda colocação, atrás unicamente dos Estados Unidos. Os brasileiros possuem grande força energética no mercado agropecuário, possuindo altos indicativos de produção de soja e carne bovina. Com a hodierna investida no projeto de biocombustíveis, a produção da cana-de-açúcar amplifica-se.

O grupo de países da aliança tem um peso

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