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Balanço

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Por:   •  11/3/2015  •  1.091 Palavras (5 Páginas)  •  157 Visualizações

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Em apenas 20 anos, o número de telefones celulares no Brasil cresceu de forma exponencial. Os aparelhos chegaram ao país em 1990, de forma tímida, caindo nas mãos de 667 pessoas que apostaram na tecnologia. Quem diria que, um ano depois, o número já seria dez vezes maior, chegando a 6.700. Foi o início do reinado do eletrônico portátil mais popular do planeta, que hoje supera a marca dos 197,53 milhões de aparelhos ativos só no país – de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Um feito impressionante, uma vez que o número ultrapassa a quantidade de habitantes do Brasil, que, segundo o IBGE, gira em torno dos 192 milhões de pessoas.

No mundo, o primeiro modelo, desenvolvido pelo pesquisador Martin Cooper – então funcionário da Motorola –, apareceu em 1973. Ironicamente, seu principal teste foi em uma ligação para o rival Joel Engel, da Bell Labs, que também estudava a criação do aparelho móvel. O DynaTAC 8000X só ganhou espaço no mercado norte-americano dez anos depois: pesava 800 gramas, tinha 25 centímetros de altura e era alimentado por uma bateria com autonomia de 30 minutos e que precisava de dez 10 horas de recarga. O modelo histórico hoje parece pré-histórico.

Por aqui, o PT-550 foi o primeiro modelo realmente móvel a chegar ao mercado - há exatos 20 anos. Antes dele, muitos aparelhos eram instalados em automóveis, os famosos telefones veiculares. Fabricado no exterior pela Motorola, ele foi introduzido aos consumidores pela empresa de Telecomunicações do Estado do Rio de Janeiro (Telerj), que operou entre os anos de 1975 e 1998. O celular era pesado e sua bateria tinha duração aproximada de duas horas, o que era considerado como um grande avanço para a época.

Desde então, a Motorola passou a estudar o mercado brasileiro, o que levou a abertura de um representante oficial da empresa, em 1992. “Entre os destaques dos anos 90, podemos citar modelos como os gigantes Microtac 650 e Ultratac, além do pequeno StarTac, que por muito tempo foi o carro-chefe da empresa”, diz Edson Bortolli, diretor de produtos móveis da Motorola Brasil. Aos poucos, novas empresas começaram a chegar e o artigo de luxo, símbolo de status, sofreu um processo repentino de popularização. Tanto que hoje é possível sair de uma loja com um modelo pré-pago, com recursos básicos, por cerca de 49 reais e uma carga de 10 reais para fazer ligações.

“Hoje, a dependência desses aparelhos é total. A pessoa pode esquecer a carteira, mas não o celular. Ele agiliza processos e fornece informações importantes, como situação do trânsito ou alterações no clima durante o dia. Quem souber utilizar o celular, poderá otimizar seu tempo”, afirma o executivo.

A evolução da tecnologia - Encarados como ferramentas de comunicação, os primeiros modelos eram caros e capazes "apenas" de fazer e receber chamadas. A popularização dos celulares começou a esquentar com a demanda e a necessidade de explorar novos mercados, além da adição de diferenciais aos produtos.

A mudança do formato analógico para o digital permitiu que os aparelhos começassem a ganhar novas funcionalidades, como telas coloridas, formatos diferenciados e toques polifônicos. “A partir de 2008, todos os aparelhos de ponta começaram a sair de fábrica com rádio e players integrados de MP3, além de câmeras fotográficas, essenciais para a maioria dos modelos”, aponta Bortolli. Para o executivo, a evolução se dá por conta das exigências dos usuários. “Com a chegada dos smartphones, passamos pela época dos e-mails e dos sistemas de mensagens instantâneas. Agora, a bola da vez é a integração com as redes sociais e a necessidade de uma comunicação integrada”, completa.

Outro recurso interessante, explorado em aparelhos de fabricantes como a Samsung, LG, Motorola, entre outras, é a adição de um receptor de TV Digital ao hardware dos aparelhos. Ainda são poucos os modelos que dispõem de tal regalia, mas a tendência é que o consumo cresça e, consequentemente, a produção de mais unidades e o aperfeiçoamento da tecnologia.

Eric Risberg/AP

Martin

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