Bill Porter

O filme se baseia na história real de um homem, chamado Bill Porter, portador de paralisia cerebral em decorrência de um problema em seu parto e que, apesar de todos os problemas, dificuldades e preconceitos tornou-se o melhor vendedor da “Watkins Company”, empresa na qual sonhava em trabalhar.

Devido à paralisia, Bill tinha limitações na fala e nos movimentos, porém encontra em sua mãe motivação e incentivo para ir em busca do emprego que tanto almejava, mesmo sendo rejeitado nos lugares em que freqüentava devido à sua “condição diferente”.

Cuidadosamente vestido com a ajuda da mãe, Bill vai em busca de uma oportunidade como vendedor de “porta em porta” de uma empresa comercial que vendia um pouco de tudo, chamada Watkins Company. O chefe do departamento se recusa a dar o emprego a ele, mas Bill, ao ver sua mãe ansiosa e esperançosa quanto ao novo emprego, retorna e, com paciência e persistência, consegue o emprego convencendo seu futuro chefe a lhe dar a pior área de atuação na cidade pela dificuldade em realizar vendas, pois não teria nada a perder.

A partir de então, Bill inicia sua trajetória de superação. Indo de porta em porta, muitas vezes é ignorado, pois é visto pelos outros como incapaz e medonho pela forma de andar e falar.

Num belo dia conseguiu fazer sua primeira venda, para uma alcoólatra solitária, e então não parou mais. Caminhava quilômetros por dia aprendendo a superar os “nãos” que recebia. Aprendeu a entender as necessidades dos clientes, ouvir legitimamente, quebrar todo e qualquer tipo de preconceito, e tornou-se com o passar do tempo, o “amigo” vendedor que dava conselhos, que era o ombro amigo e que aparecia nos momentos de tristeza e angústia. Ele acaba tocando a vida de toda aquela comunidade, interagindo com as pessoas dali por muitos anos. Torna-se mais que um vendedor; transforma-se mesmo em um amigo.

Em meio à grande história de superação de Bill, sua mãe, a grande incentivadora, passa por uma doença degenerativa que a faz perder a memória dia por dia. Isso faz com que Bill passe a cuidar dela. Neste momento de sua vida, encontra Shelly, uma simpática garota que o auxilia em seu trabalho e também em sua vida pessoal.

Apesar da deficiência, Bill não se sentia diferente e não gostava que o tratassem como um deficiente, ele era uma pessoa que podia trabalhar e se desenvolver, mesmo com a perda da mãe não se deixou abater.

Os anos passam e com a vinda da tecnologia o sistema de vendas muda e Bill não consegue se adaptar, pois acredita que a venda é uma arte, que deve ser feita olho no olho. Sendo assim, Bill resolve deixar a empresa. Mas, por pouco tempo…

O filme nos faz refletir que muitas vezes temos tudo e todos os recursos necessários, mas nos deixamos abater por pequenas coisas. Embora com limitações, Bill nunca desiste e sabe que há grandes potencialidades em si mesmo. Sua força de vontade em superar-se no cumprimento de suas metas, o faz ser o melhor vendedor da empresa.

Podemos perceber também que não só Bill supera os preconceitos. Há também discussão sobre homossexualidade e adultério. Ressalta diferenças, indiferenças e acertos.

O filme nos transmite a capacidade de acreditarmos em nós mesmos, sem nos importar com os preconceitos, os limites sociais e estruturais impostos por muitas pessoas e que com persistência e paciência podemos