Bioma da cidade de Goiânia e as questões ambientais que mais tem afetado este bioma.

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INTRODUÇÃO

Nos últimos a interferência do homem sobre o meio ambiente tem se constituído motivo de preocupação por parte dos ambientalistas. Nesse processo, incluem-se as pessoas e as empresas. Em relação à interferência humana, tem-se observado campanhas e projetos voltados para sua conscientização frente ao meio ambiente. As empresas por sua vez estão buscando formas de se adequar às exigências dos órgãos que cuidam do meio ambiente sob pena de não poderem mais funcionar.

Para tratar o tema em questão, o presente texto propõe discorrer sobre o bioma da cidade de Goiânia e as questões ambientais que mais tem afetado este bioma. Procura-se mostrar que tais questões se acentuam na medida em que o homem não tem consciência de seu papel como construtor o meio ambiente.

DESENVOLVIMENTO

Goiânia

A cidade de Goiânia se localiza na Região Centro e é a capital do Estado de Goiás. De acordo com o censo demográfico de 2010 a cidade de Goiânia está entre as cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Dentre elas, Goiânia é que apresenta maiores incidências de iluminação pública (99,6%), identificação e sinalização de ruas e avenidas (94,1%), presença de meio-fio/guia (77%) e arborização (89,5%) (IBGE, 2010).

Caracterização do bioma

Goiânia se localiza num estado onde o cerrado é a vegetação predominante de 70% de seu território. A cidade contém um solo arenoso e ácido, formado por duas estações distintas. Há várias tipologias florestais na cidade de regiões de savana.

Para compreender em que tipo de bioma se encontra a cidade de Goiânia, é importante ampliar a discussão sobre o conceito de cerrado. A definição de cerrados é trabalhada da seguinte forma: é o nome genérico dado a um conjunto de formações vegetais, ora denominadas por plantas herbáceas, ora por arbustos e pequenas árvores.

Conforme Enciclopédia Delta Universal (l998, p. 1916), as árvores do cerrado acham-se espalhadas espaçosamente, em meio a uma cobertura descontinua de gramíneas. Recobre cerca 1/5 do território brasileiro, concentrando-se principalmente na região centro oeste,Bahia, Minas Gerais e São Paulo.

Segundo França (2000 p. 51), os cerrados estão reduzidos a pequenas manchas espalhadas por diversas regiões. A principal coberta por cerrado localiza-se nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, ocorrendo manchas menores no Amazonas, em São Paulo e alguns estados nordestinos.

Ainda citando França (2000 p. 51-52):

...conforme varia a sua fisionomia, esse ecossistema recebe denominações diferentes. Os campos limpos são dominados por plantas herbáceas, gramíneas e, o cerradão assemelha-se a uma floresta, porem mais seca. As formas intermediarias são chamadas de campo sujo, campo cerrado e cerrado, numa seqüência crescente de biomassa.

A aparência dos cerrados em geral é de uma vegetação seca, com sérios problemas de suprimento de água. Entre as espécies vegetais encontradas nos cerrados estão: barbatimão, pau-santo, pau-terra, catuaba, indaiá, murici, gabiroba; dentre as gramíneas, o capim-flecha, veredas de buriti.

A fauna é bastante rica, incluindo diversas espécies ameaçadas de extinção; a ema, a maior ave das Américas é típica desse ambiente, o gavião carcará, seriema, arara-canindé, urubu-rei, soco-tucano. Entre os mamíferos os mais importantes são: o lobo-guará, a onça pintada, o tatu, o tamanduá, a raposa, a queixada e os macacos.

 Os solos cobertos pelos campos cerrados apresentam baixa fertilidade devido à ausência de fósforo. Os solos goianos são geralmente ácidos e deficientes em cálcio e contém grande presença de alumínio, elemento prejudicial ao desenvolvimento das plantas.

Embora exista um aparato de leis referentes ao meio ambiente, os órgãos responsáveis pela sua preservação já registraram e ainda registram reflexos negativos da ação indevida do homem sobre os recursos naturais. Dentre uma das medidas criadas para frear a ação humana sobre o meio ambiente está a criação das Unidades de Conservação UC’s. A fragmentação de ecossistemas naturais acarreta implicações diretas para as Unidades de Conservação, passando estas a se comportarem como verdadeiras ilhas, para complementar tal ideia.

Devido as atividades ligadas a agricultura comercial (notadamente de grãos) e pecuária intensiva praticada nas propriedades que compõem o seu entorno, esta UC vem apresentando, desde a década de 1970, considerável índice de isolamento em relação as demais áreas remanescentes de Cerrado na região.

Conforme Neiman (2002 p. 54), a preservação de áreas intactas dentro de propriedades agrícolas não é suficiente para garantir a sobrevivência do cerrado. É necessária a criação de grandes reservas um vez que apenas 7% de sua área total encontra-se protegida por unidades de preservação. Atualmente existem os:

Parque Nacional das Emas, localizado em terras dos municípios de Aporé e Mineiros, no sudoeste do estado de Goiás, próximo a fronteira com o Mato Grosso do Sul. É a principal e mais importante área preservada do cerrado brasileiro é a reserva nacional onde mais facilmente se avista fauna de grande porte. Apesar de sua importância ele enfrenta uma série de problemas, entre os quais a contaminação dos seus rios pelos agrotóxicos lançados pela fazenda vizinha, o atropelamento dos animai nas estradas e os incêndios criminosos que frequentemente destroem sua vegetação.

Parque nacional de Brasília, localizado a noroeste da cidade de Brasília e com 28 mil hectares, preservando a vegetação primária de cerrado, caracterizada pelo ambiente onde, em 1960, foi erguida a capital do Brasil. Proteção dos mananciais que abastecem Brasília, como o córrego Bananal e o Rio Torto, local da barragem de Santa Maria. Preservação da qualidade da água do lago Paranoá, criado artificialmente para amenizar o microclima seco do planalto central brasileiro. O parque nacional de Brasília também serve de área de lazer à população brasiliense. Em suas terras encontra-se também uma jazida de águas minerais muito apreciadas pela população.