Botulismo
Seminário: Botulismo. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: pollynassau • 22/3/2014 • Seminário • 1.088 Palavras (5 Páginas) • 653 Visualizações
Introdução
Botulismo
O botulismo é uma forma de intoxicação alimentar rara, mas potencialmente fatal causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum (são pequenos bacilos Gram-positivos), presente no solo e em alimentos contaminados e mal conservados.
Desenvolvimento
Epidemiologia
É uma doença de baixa ocorrência, mas de alta letalidade. Ocorre no mundo todo, em geral conservas caseiras são os alimentos envolvidos. Muito raramente ocorre em conservas industrializadas. Pode ocorrer tanto em conservas vegetais quanto de carnes. Produzem 6 Tipos: A, B, C (C1, C2), D, E, F. Pelo tipo, podem se classificar epidemiologicamente: Tipo A: Humano; Alimentos: conservas domésticas. Carnes e Vegetais. Tipo B: humano relacionado com conservas de carne de porco; Tipo C e D: ocorre em animais; Tipo E: ocorre em humanos, relacionada com conservas de peixes; Tipo F: Desconhecido. A distribuição dos tipos é geográfica.
Diagnóstico
O diagnóstico clínico é feito pelos sintomas: paralisia muscular progressiva, iniciando-se pela face, ptose palpebral (fecha o olho), dificuldade de deglutição (disfagia) e visão dupla (diplopia). Os sintomas progridem pela musculatura, causando dificuldade motora e de respiração. Os sintomas podem se confundir com doenças nervosas e diversas intoxicações, como por pesticidas, o que às vezes retarda o tratamento. O diagnóstico laboratorial é feito através da detecção da toxina no paciente (no soro ou nas fezes) ou no alimento, através da injeção em ratos. O diagnóstico feito precocemente é fundamental para deter a evolução da doença.
Tratamento
É uma emergência que requer administração de antitoxina (antídoto) imediata. Se o paciente apresenta déficit respiratório deve ser usada uma máquina de respiração artificial até a paralisia terminar, o que pode demorar alguns dias. São usados enemas para remover todos os restos de comida contaminada ainda não absorvidos do intestino.
Se possível deve ser dado a anti-toxina específica. Caso não identificada, é administrado o soro polivalente. A antitoxina neutraliza apenas a toxina circulante, isto é, aquelas que já se ligaram aos nervos não são afetadas. O tratamento, se tardio, pode não funcionar. Por isso é importante o diagnóstico precoce. A toxina ligada aos nervos permanece por longo período, mantendo os sintomas. A pessoa pode permanecer com sequelas nervosas por um longo período.
Modo de Transmissão
Botulismo Alimentar
Ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados, que são produzidos ou conservados de maneira inadequada. Os alimentos mais comumente envolvidos são conservas vegetais, principalmente as artesanais (palmito, picles, pequi); produtos cárneos cozidos, curados e defumados de forma artesanal (salsicha, presunto, carne frita conservada em gordura – “carne de lata”); pescados defumados, salgados e fermentados; queijos e pasta de queijos e, raramente, em alimentos enlatados industrializados.
Botulismo por Ferimentos
Ocasionado pela contaminação de ferimentos com C. botulinum, que em condições de anaerobiose assume a forma vegetativa e produz toxina in vivo. As principais portas de entrada para os esporos são úlceras crônicas com tecido necrótico, fissuras, esmagamento de membros, ferimentos em áreas profundas mal vascularizadas ou, ainda, aqueles produzidos por agulhas em usuários de drogas injetáveis e lesões nasais ou sinusais em usuários de drogas inalatórias. É uma das formas mais raras de Botulismo.
Botulismo Intestinal
Resulta da ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre a produção e absorção de toxina. A ausência da microbiota de proteção permite a germinação de esporos e a produção de toxina na luz intestinal. Ocorre com maior frequência em crianças com idade entre três e 26 semanas – por isso, foi inicialmente denominado como Botulismo infantil. Em adultos, são descritos alguns fatores predisponentes, como cirurgias intestinais, acloridria gástrica, doença de Crohn e/ou uso de antibióticos por tempo prolongado, o que levaria à alteração da flora intestinal.
Sintomas
Os sintomas manifestam se subitamente, comumente 18 a 36 horas após a entrada da toxina no organismo, embora eles possam manifestar se 4 a 8 horas após a entrada da toxina.
Quanto maior for a quantidade de toxina que entra no organismo, mais precoce será a manifestação da doença. Geralmente, os indivíduos que adoecem nas 24 horas que sucedem a ingestão
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