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Brincar Com O Outro: Caminho De Saude E Bem-estar

Artigo: Brincar Com O Outro: Caminho De Saude E Bem-estar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/4/2013  •  2.090 Palavras (9 Páginas)  •  1.218 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O principal objetivo deste trabalho não é o de resumir o livro escolhido, mas comentar a cerca de seu conteúdo.

A partir da pergunta: “Que efeito o livro teve sobre mim?” redijo minhas impressões e faço comentários a respeito de alguns trechos que mais chamaram minha atenção, traçando uma trama entre o lido e o que vivo.

Procurei relacionar estes trechos com observações já feitas anteriormente e com algumas coisas que observo, seja em sala de aula como professora, ou em aula como aluna.

O livro escolhido chama-se Brincar com o outro: caminho de saúde e bem-estar.

COMENTÁRIO

Quando nos foi solicitado escolher um livro da bibliografia para a confecção deste trabalho, o que mais me chamou atenção foi Brincar com o outro: caminho de saúde e bem-estar, não somente pelo fato de uma das autoras ser também a solicitante deste trabalho, mas porque o título me causou muitas indagações: O que significa brincar com o outro? Existe realmente uma ligação entre o Brincar e a Saúde?

Embora não seja de meu interesse escrever aqui um resumo deste livro, acho plausível, pelo menos, situar aqui sua composição.

Este livro é o fruto de um extenso trabalho de três grandes pedagogas sobre a contribuição do brincar para um desenvolvimento saudável, além de nos mostrar a escola como um espaço onde aprende-se a lidar com as diferenças.

É um livro dividido em três capítulos, cada um abordando um assunto diferente dentro da mesma temática: o Brincar.

No primeiro capítulo, Brincar: caminho de saúde e felicidade, Vera Barros de Oliveira relata as mudanças ocorridas em algumas definições de conceitos como saúde, além de nos trazer outros aspectos válidos à temática desenvolvimento.

“Todo o ser humano adquire o status de pessoa responsável por seu desenvolvimento, saúde e felicidade, assim como pelo bem-estar das pessoas com as quais convive.” (p.14)

Essa afirmação, aqui presente, me faz lembrar de nossas responsabilidades enquanto cidadãos ativos de uma sociedade. Somos responsáveis não somente por nós mesmos, mas também por aqueles que dividem conosco o meio em que vivemos.

Nos jogos encontramos esta afirmativa presente, pois em sua maioria é necessário que haja um trabalho em equipe para que venham a ser bem sucedidos.

Da área da psicologia, a autora nos traz o conceito de memória emocional, que nos remete a sentimentos que vivenciamos quando crianças e que acabam voltando muito tempo depois.

Acredito que é pelo brincar que acabamos superando alguns de nossos medos, afinal, o que explica tanta gente que tem medo de monstros, por exemplo, pagar por uma voltinha em um Túnel do Terror? Não estou aqui afirmando que todos os medos serão superados através da brincadeira, mas sim que alterações nos modos de encarar estes medos podem vir a acontecer.

Voltando a falar acerca das relações sociais, podemos afirmar que são estas cruciais para a nossa saúde.

Aprender a lidar com os outros é um dos desafios mais difíceis dos quais o homem participa, e é na escola que temos o nosso, talvez não primeiro, mas grande momento na arte de conviver com o outro.

Me lembro de 1995, quando cheia de vergonha entrei pela primeira vez em uma sala de aula. Ali aprendi a conviver com o medo de ficar longe de casa, dos meus pais e irmãos, e além disso, aprendi a conviver com os outras crianças que não meus vizinhos e parentes.

São estas minhas memórias que muitas outras pessoas também possuem, mas que a mim se relacionam diretamente com o que a autora afirma na página 19, quando diz ser a escola um dos lugares por excelência da aprendizagem da convivência.

Toda essa conversa sobre este assunto vem da lógica de que pensar e trabalhar em equipe nos proporcionam vivências com o prazer e nos abrem possibilidades e que são estas vivências e possibilidades que compõe o aprender.

Brougère (2003) escreve que a forma de brincar da criança deriva de seu contexto de vida, bem como o reflete.

A globalização acaba por interferir também no universo infantil, de modo que é possível ver crianças de diferentes lugares brincando com os mesmos brinquedos, embora possa vir a ser de maneiras diferentes.

É através da ludicidade que as pessoas vão, não somente se desenvolver, mas também refletir sobre o modo que a sociedade atual vem sendo conduzida.

Brincar ou jogar pressupõe sempre prazer, liberdade, espontaneidade e envolvimento (p.27).

Apesar de a autora afirmar isso, é importante lembrarmos que, caso o jogo venha a não ser satisfatório a quem o joga, pode acabar ocasionando prejuízos cognitivos, sociais e/ou morais, além do mais, vale lembrar também, que existem diversos fatores, como religião e preconceitos, que podem acabar influenciando diretamente no jogo.

É válido lembrar que o jogo só vai existir quando houver vontade de participar. Jogar é pertinente à todas as fases da vida e aparece, justamente, como uma forma para facilitar o relacionamento entre as pessoas.

Existem três grandes componentes constitutivos que envolvem o brincar: o corpo, o símbolo e a regra.

Quando observei meus afilhados, um menino de 6 anos e sua irmã de 8 anos, brincarem com bonecos de papel (que haviam confeccionado pintando e recortando) consegui notar a importância que aquele símbolo tinha para eles, os tratavam como bichinhos de estimação.

Observando meus alunos do 2º ano do Ensino Fundamental em uma aula no Laboratório de Informática, pude perceber em um grupo a sua própria criação de regras na hora de dividir o computador.

Em trio decidiram que cada um jogaria uma vez e toda vez que trocava o jogador eles trocavam também de cadeira, como se estivessem em uma fila.

Após a leitura deste capítulo, pude concluir, embora já pensasse de modo semelhante, que o motivo que leva a maioria das crianças a esperar ansiosamente pelas aulas no Laboratório de Informática se deve principalmente ao que nos escreve Oliveira: “A paralisia e a passividade do corpo por longos minutos, em sala de aula, pode acarretar uma inibição também dos processos mentais.” (p.45), pois nestas aulas elas não ficam paradas e são estimuladas através de

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