Brincar E Aprender
Casos: Brincar E Aprender. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: josenildedelima • 13/11/2013 • 2.961 Palavras (12 Páginas) • 581 Visualizações
1. Introdução
As atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita tentar uma situação de interação. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como é dirigida e como é vivenciada, e o porquê de estar sendo realizada. Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer.
Toda criança tem necessidade de brincar, isto é uma característica da infância. A função do brincar não está no brinquedo, no material usado, mas sim na atitude subjetiva que a criança demonstra na brincadeira e no tipo de atividade exercida. Essa vivência é carregada de prazer e satisfação. Em cada etapa evolutiva da criança, o brincar vai se modificando, mas é essencial que ela tenha oportunidade de explorar todas as fases do brincar.
Nessa perspectiva, é importante ressaltar que o papel de quem facilita e possibilita as vivências das atividades lúdicas para as crianças é de fundamental importância. Um trabalho conduzido erroneamente pelos profissionais ligados a área da infância, onde o processo pedagógico é apresentado sem consciência de sua importância, desconsiderando as características de cada faixa etária e o valor educativo das atividades lúdicas, pode desvalorizar a gama de contribuições significativas que os brinquedos, jogos e brincadeiras podem proporcionar para a aprendizagem concreta e, por conseguinte, para o desenvolvimento infantil.
O presente estudo, de natureza qualitativa, tem como objetivo mostrar a importância do universo lúdico como processo do desenvolvimento infantil, bem como o papel do educador nesse processo.
2. Metodologia
Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica, utilizando autores como: VIGOTSKY (1991), FREIRE (2005), KISCHIMOTO (2000), BRUNER, (1968), (GARDNEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004), MELO & VALLE, (2005), os quais apresentam a ludicidade como forma de diversão, educação, interação e aprendizagem.
3. Desenvolvimento
3.1. Os brinquedos e o brincar: noções para o desenvolvimento
As características dos brinquedos e sua relação com o desenvolvimento são abordadas de forma a enfatizar que o brinquedo é um produto de uma sociedade dotada de traços culturais específicos, além de ser objeto rico em significado e a brincadeira é considerado como uma forma de ação e interpretação dos significados contidos no brinquedo, daí sua importância para o desenvolvimento intelectual infantil.
Um brincar que é amplo onde inclui brinquedos, brincadeira e fantasia. A ação de brincar e o interesse da criança envolvem sua faixa etária, seu desenvolvimento sócio afetivo, seus hábitos culturais. Há brinquedos que são universalmente aceitos não importando muito o material que são feitos, o tamanho e seu valor, o que importa é que a criança brinque e experimente os mais variados tipos de brinquedos.
Os brinquedos devem representar desafios para a criança e devem estar adequados ao seu interesse e suas necessidades criativas, pois eles são convites ao brincar, desde que a criança tenha vontade de interagir com eles. No entanto o brinquedo exerce uma forte influência na formação da personalidade infantil, pois ele está associado às necessidades das crianças durante a infância, ou seja, a tentativa de uma criança muito pequena é de satisfazer seus desejos imediatamente.
O brinquedo é influenciado pela idade, sexo e presença de companheiros, além dos aspectos ligados a novidade, surpresa, complexidade e variabilidade. A criança pode brincar só, perto de companheiros, alcançando ou não grau elevado de cooperação para atingir um objetivo comum. Uma bola, por exemplo, sugere um pouco de exercício, um ursinho de pelúcia pode ser um grande amigo, enfim os brinquedos servem de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor ao mundo em que vive. Ao brincar em grupos ou mesmo sozinhas as crianças fazem de suas brincadeiras uma verdadeira prática social e nessa prática aprendem a contar, a jogar, a distinguir e organizar suas idéias e suas vidas. Vale ressaltar que a brincadeira pode se tornar satisfatória quando o uso dos brinquedos busca tendências imaginárias e a criança se socializa através da integração dela com os objetos e o ambiente cultural que a rodeia.
Segundo Vygotsky (1989), brincar propicia desenvolvimento de aspectos específicos de personalidade, a saber:
afetividade: tanto bonecas, ursinhos, etc.; equacionam problemas afetivos da criança.
motricidade: a motricidade fina e ampla se desenvolve através de brinquedos como brincadeiras, bolas chocalhos, jogos de encaixe e de empilhar.
inteligência: o raciocínio lógico abstrato evolui através de jogos do tipo quebra-cabeça, construção, estratégia, etc.
sociabilidade: a criança aprende a situar-se entre as outras, a se comunicar e interagir através de todo tipo de brinquedo.
criatividade: desenvolvem-se através de brinquedos como oficina, marionetes, jogos de montar, disfarces, instrumentos musicais, etc.
Além dos aspectos citados os brinquedos também estimulam a percepção, as capacidades sensório motor, condutas e comportamentos socialmente significativos nas ações infantis. Nos dias atuais, percebe-se que o papel do brincar, com o apoio também do brinquedo e brincadeiras é importante e favorece a construção dos valores e formação do indivíduo, pois ao mesmo tempo em que brinca esta aprendendo de maneira prazerosa e significativa e ainda está lhe propiciando meios que venham ajudá-lo psicologicamente.
Dentro desta concepção cita-se a visão contemporânea de KISHIMOTO (1999) que entende que hoje a imagem de infância é enriquecida com auxílio de concepções, psicológicas e pedagógicas que reconhecem o papel de brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento e na construção do conhecimento infantil.
Segundo Kishimoto (1996) os brinquedos devem ser comprados de acordo com a idade, a capacidade e a área de interesse da criança. O mesmo classifica os brinquedos como:
Brinquedos de berço: móbiles, chocalhos, bichinhos de vinil, brinquedos para olhar, ouvir, pegar e morder são valiosos para a estimulação sensorial e motora da criança.
Brinquedos do faz de conta
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