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CAPITALISMO

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Por:   •  12/3/2015  •  2.510 Palavras (11 Páginas)  •  702 Visualizações

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O capitalismo é um modo de vida presente em nosso cotidiano sob diversas formas. A economia é a ciência que estuda os meandros do capitalismo, suas formas de produção, avanço tecnológico, acumulação de riqueza, o valor da moeda, entre outros aspectos. Ao analisar o capitalismo, a economia procura dimensionar suas aplicações teóricas e práticas na vida das pessoas e de uma nação.

O desenvolvimento econômico, por sua vez, é o ramo de estudo da economia que procura apontar os caminhos percorridos e a percorrer por um país para que ele se torne ou se mantenha rico e, sobretudo, como essa riqueza é distribuída entre sua população.

O desenvolvimento humano é uma nova concepção dentro dos conceitos de desenvolvimento econômico, que procura avaliar e definir o quanto um país cresce economicamente e consegue efetivamente distribuir essa riqueza, garantindo qualidade de vida para as pessoas.

Países como os BRICS são bons laboratórios no mundo contemporâneo para uma análise desses paradigmas.

Desenvolvimento Econômico – Conceitos Principais e Realidade Atual

Como em toda forma de conhecimento, em economia existem expressões próprias que permitem a apreensão de conceitos e valores importantes e que, muitas vezes, fazem parte de nosso cotidiano. Algumas dessas expressões, como PIB, IDH, balança comercial, renda per capita, câmbio, bem-estar social, são comumente empregadas no noticiário econômico, mas de parca compreensão por parte do grande público. Essas expressões são fundamentais, pois associadas a elas estão definições sobre a oferta de empregos e salários no país, assim como uma boa oferta de bens de serviço, de capital e de infraestrutura para a saúde, a educação, o transporte e o lazer. Enfim, elas definem o quanto um país é rico e distribui essa riqueza para sua população. Em linhas gerais, a somatória de todos esses dados nos leva a dimensionar aquilo que é chamado de desenvolvimento econômico.

Neste tema, procuraremos definir o que é desenvolvimento econômico, suas variáveis e como ele se aplica ao nosso cotidiano. De acordo como Bresser-Pereira (2006, p. 1):

O desenvolvimento econômico é um fenômeno histórico que passa a ocorrer nos países ou estados-nação que realizam sua revolução capitalista, e se caracteriza pelo aumento sustentado da produtividade ou da renda por habitante, acompanhado por sistemático processo de acumulação de capital e incorporação de progresso técnico. Uma vez iniciado, o desenvolvimento econômico tende a ser relativamente automático ou autossustentado na medida em que no sistema.

apitalista os mecanismos de mercado envolvem incentivos para o continuado aumento do estoque de capital e de conhecimentos técnicos. Isto não significa, porém, que as taxas de desenvolvimento serão iguais para todos: pelo contrário, variarão substancialmente dependendo da capacidade das nações de utilizarem seus respectivos estados e sua principal instituição econômica, o mercado, para promover o desenvolvimento.

Reforçando e ampliando o conceito de desenvolvimento econômico exposto por Bresser-Pereira (2006), podemos dizer que se trata de um processo histórico de crescimento sustentado da renda média da população, aliado à acumulação de capital e ao avanço do conhecimento e do progresso técnico voltado, sobretudo, para a produção.

Quando falamos em um processo histórico, podemos automaticamente pensar em grandes civilizações do passado, como a China milenar, o império romano ou o império asteca. Na verdade, para os economistas e pesquisadores do tema, a ideia de desenvolvimento econômico está associada à consolidação das nações modernas, dos estados nacionais e ao progresso técnico associado às necessidades do mercado, do capital e de sua incessante busca pelo lucro nascido principalmente da Revolução Industrial. Ou seja, o desenvolvimento econômico, tal qual o estudamos hoje, é um fenômeno associado ao capitalismo.

Um excelente exemplo para compreendermos essas relações pode ser extraído da Guerra de Secessão ou Guerra Civil norte-americana, ocorrida na metade do século XIX. Nessa guerra, diversos fatores relacionados ao conceito de desenvolvimento econômico puderam ser facilmente percebidos.

Em primeiro lugar, este foi um conflito em que o progresso tecnológico aplicado à expansão das linhas de trem e telégrafo, ao desenvolvimento de armas mais letais e eficientes e à ampliação da produção industrial em geral por parte das grandes indústrias do norte do país foi decisivo para a derrota do sul. Por outro lado, grandes bancos ganharam muito dinheiro financiando o esforço de guerra do governo norte-americano, que, por sua vez, incentivava o desenvolvimento de novas tecnologias para vencer os rebeldes, fechando um ciclo de interesses convergentes.

Em segundo lugar, o estado nacional norte-americano saiu da guerra mais fortalecido do que em seu início, com um país mais unificado e hierarquizado em relação ao poder central. Por fim, a guerra civil determinou o fim da escravidão nos Estados Unidos, agregando à sua estrutura milhões de novos possíveis trabalhadores assalariados e, principalmente, consumidores dos bens e serviços produzidos pela nação. Não é exagero dizer que a guerra civil nos Estados Unidos criou as condições para que no século seguinte eles se tornassem o país mais desenvolvido do planeta.

A partir do exemplo norte-americano, podemos dizer que há no desenvolvimento econômico um processo histórico deliberado de elevação dos padrões de vida dentro de um país, a partir de uma estratégia nacional liderada pelo governo, que tem na burocracia estatal seu ponto de apoio e nos empresários os agentes fundamentais para sua concretização.

Em nossos dias, outro bom exemplo é a China, que, a partir dos anos 1970, iniciou um gigantesco esforço de desenvolvimento para abandonar seu atraso estrutural que, até aquele período, mantinha boa parte de sua população vivendo no campo em condições de miséria absoluta ou de pobreza crônica.

O país não possuía uma boa infraestrutura, e sua distância em relação aos países mais modernos ameaçava deixá-lo perigosamente defasado em campos como educação, tecnologia ou mesmo no comércio.

Apesar de formalmente ser um país socialista, o governo local montou uma estratégia para atrair empresas e investidores estrangeiros, desenvolvendo uma indústria que, em algumas áreas, conta atualmente com tecnologia de ponta – por exemplo, em 2013, chegou a enviar uma sonda com um robô que pousou na Lua ‒, desenvolvendo também um comércio e uma urbanização que criaram uma classe média com mais de 200 milhões de pessoas, maior do que a população do Brasil

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