COLETA E ANÁLISE DOS DADOS
Trabalho acadêmico: COLETA E ANÁLISE DOS DADOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 13/11/2014 • Trabalho acadêmico • 1.696 Palavras (7 Páginas) • 284 Visualizações
INTRODUÇÃO
O FNDE vem cada vez mais, aprimorando sua atuação com maior eficiência e com resultados sociais significativos.
Para dar conta de sua missão, o FNDE canaliza os recursos financeiros para projetos educacionais que seguem as diretrizes do MEC, visando garantir educação de qualidade com acesso a todos. Os recursos para o FNDE são provenientes do Tesouro Nacional, sendo sua maior fonte a receita de arrecadação da contribuição social do salário-educação.
A aplicação dos recursos é direcionada à qualificação de docentes, aquisição e impressão de material didático-pedagógico de alta qualidade, aquisição de equipamentos e adaptação de escolas com classes de ensino-especial. O FNDE cumpre seu papel de gerir os recursos do salário-educação e os demais recursos alocados em seu orçamento de maneira eficiente e transparente, promovendo e incentivando o controle social, que as camadas menos privilegiadas tenham acesso e uma educação que possa lhes propiciar cidadania e perspectivas de melhoria em suas vidas.
Os programas do FNDE implementado em Apucarana são: Programa Nacional de Alimentação Escolar; Programa do Livro; Programa Dinheiro Direto na Escola; Programa de Transporte Escolar. Há ainda o Programa Nacional Biblioteca da Escola ( PNBE ) – que consiste na distribuição anual de obras e demais materiais de apoio à prática educativa às instituições públicas de educação infantil, educação básica pública, regular e especial.
O presente estudo será sobre o atual Programa Nacional do Livro Didático ( PNLD )que veio substituir o PLIDEF em 1985, com a edição do decreto n° 91.542, de 19/08/85. Há uma preocupação em oferecer um material adequado para a realização do processo de aprendizagem do aluno que tenha qualidade não somente física para garantir que os livros durem 3 anos. Ele instituiu alterações significativas, como: garantir a escolha do livro didático pelos professores; a reutilização do livro por outros alunos em anos posteriores, tendo como consequência a eliminação do livro descartável ; aperfeiçoamento das especificações técnicas para a produção, visando ,maior durabilidade e possibilitando de bancos de livros didáticos; extensão da oferta aos alunos de todas as séries do ensino fundamental das escolas públicas e comunitárias e aquisição de recursos do governo federal, com o fim da participação dos estados, com distribuição gratuita às escolas públicas.
COLETA E ANÁLISE DE DADOS
O Programa Nacional de Livro Didático (PNLD) trouxe para o centro das discussões o papel e a contribuição do livro didático na melhoria do sistema de ensino do país. Se por um lado, parece certa a ideia de que tais livros trazem contribuições positivas a uma população não habituada ao convívio com livros, não se sabe ao certo qual a contribuição efetiva que eles podem dar ao processo de ensino-aprendizagem.
Tendo em vista as dificuldades que a escola encontra em preservar os livros didáticos como deveria, este programa dá caminhos a propor ao corpo docente, discente e comunidade, o desafio de modificar a maneira em que os alunos, pais e até mesmo professores tratam a respeito do uso e conservação do livro didático.
Para o desenvolvimento deste estudo foram feitas algumas pesquisa biográficas, leitura do Módulo e pesquisa de campo com alguns professores, alunos e gestores de nossa escola. Foi elaborado perguntas sugestivas sobre o livro didático para que os entrevistados pudessem relatar suas críticas, elogios, definições e concepções sobre o livro.
Nas tabelas abaixo, selecionei algumas respostas mais citadas pelos envolvidos na pesquisa:
TABELA I – Como o professor deve utilizar o livro didático para planejar as suas aulas? Ele atende às necessidades dos seus alunos?
|Entendo que o livro didático deve ser material de apoio de consulta e estudo do aluno, para auxiliar na aprendizagem, nunca do |
|professor, pois esse deve ir além dos livros e manuais didáticos. |
|Deve utilizar de maneira prazerosa sem tornar tedioso para o aluno. É preciso selecionar o conteúdo a ser trabalhado, pois o |
|livro mostra a direção a seguir e não o caminho completo. Daí a importância de complementar com atividades diferenciadas. |
|Como apoio, para planejar as aulas porque alguns conteúdos que aparecem no livro didático estão fora da realidade do aluno e do|
|plano curricular. |
TABELA II– O que poderia ser feito para preservar melhor os livros didáticos para o ano seguinte?
|Uma campanha em rede nacional para conscientizar toda a população da importância do livro didático e de quanto dinheiro é gasto |
|para a impressão dos mesmos. Expor cartazes informativos em todas as escolas do Brasil. |
|Um trabalho de inspeção da Autarquia Municipal de Educação em cada escola todo ano para averiguar se os livros estão sendo |
|usados e conservados ao mesmo tempo. |
|Conscientizar pais e alunos de que no ano seguinte outros alunos irão estudar com o mesmo livro. E que deve ser preservado |
|limpo, sem rasuras ou recortes . Comunicar aos responsáveis que se o livro estiver danificado, deverá ser ressarcido, |
|adquirindo outro novo. |
TABELA III– O que poderia ser feito para melhorar e ampliar o uso do Livro Didático na sala de aula ?
|Os livros deveriam vir acompanhados de um caderno de atividades para todas as séries e repostos todos os anos pelo governo ou |
|deveriam ser consumíveis. |
|Deveria ter textos menores e mais coerentes para os alunos interpretarem. As atividades propostas deveriam ser mais aprofundadas|
|para desenvolver habilidades cognitivas. |
|A escola poderia escolher um livro didático de acordo com o plano curricular de cada série , abrangendo desde o Jardim até o|
|final do fundamental. |
Pergunta e resposta de Pesquisa com Gestores:
|1- Qual é o papel do livro didático no ensino? |
|Auxiliar o trabalho do professor e ser um instrumento para aprendizagem do aluno. |
|2- O livro didático está totalmente fora da realidade de sua escola? |
|Não totalmente. Vale citar que o livro é um recurso a mais, um apoio pedagógico para o professor ministrar as suas aulas. |
|3- Que sugestão você daria para o professor utilizar mais o livro didático não consumível e agilizar o trabalho dos conteúdos |
|? |
|As atividades programadas pelo professor deveriam ser contextualizadas, utilizando o livro como um instrumento a mais de |
|trabalho. Assim, diminuiria o tempo gasto com cópias no quadro de assuntos que existem nos livros didáticos. |
Através da coleta de dados, pode-se dizer que os professores gostam do livro didático, mas estão insatisfeitos com os livros que vem para as escolas. De acordo com os entrevistados, o material deveria seguir a linha do plano curricular, ser consumível e de ser acordo com a realidade de nossa região.
O livro didático é um apoio pedagógico imprescindível e não deve ser descartado nunca. Somos conscientes da importância que um livro tem em sala de aula, principalmente em nossas escola públicas.
Para atender as necessidades do alunado é necessário que este recurso vá além do que um material de pesquisa, leitura, ... Contudo hoje, valoriza-se muito a imagem do livro. É preciso observar a compreensão do conteúdo pela crianças, facilitando a construção do conhecimento e ampliando o potencial pedagógico do livro.
PROPOSTAS DE SOLUÇÃO
Em conversa com os professores e alunos , notei que o livro didático é um instrumento valioso, atrativo e como recurso visual possibilita um maior entendimento e proximidade dos conteúdos. A opinião dos entrevistados torna-se muito importante porque os mesmos são agentes principais do ensino-aprendizagem.
Assim, quem determina e delimita o papel do livro didático na sala é o professor, pois, a cada aula preparada e registrada no seu Plano de Trabalho Docente, o conteúdo do livro é reconstruído e reorganizado pelo professor e, nesta perspectiva, um livro nunca será totalmente completo para o professor, pois sempre sofrerá adaptações.
Minha sugestão é tornar a avaliação mais participativa: aumentar a quantidade de avaliadores, incluindo elementos de diferentes segmentos escolares em cada comissão, no sentido de conferir maior expressão aos seus resultados. Esses grupos deveriam provir de diferentes origens: dos centros de excelência de conhecimento; das universidades e seus centros de estudos especializados; de organizações governamentais; de Secretarias Municipais e Estaduais de Educação; de associações de docentes. Cada elemento envolvido deveria comprovadamente possuir a formação específica, assim como a experiência docente no segmento de ensino ao qual o livro se destina.
Atualmente o FNDE considera que as informações contidas no Guia do Livro Didático são suficientes para que o professor avalie e escolha, em algumas semanas, a coleção que o acompanhará em suas aulas por três anos. Como também participei, finalizo dizendo que o tempo concedido ao professor para a sua escolha é curtíssimo e as informações do Guia são superficiais, não dão uma idéia mais precisa da obra e nem permitem a comparação entre obras que se destinam à mesma série e disciplina.
Para uma decisão tão importante, acredito que o professor necessite de mais informações específicas sobre a obra e de pelo menos duas resenhas críticas independentes entre si. Com um tempo maior para a escolha, os professores fariam opções mais conscientes. O Guia tem que chegar muito antes nas escolas e ir carregado de amplas informações oferecidas pela SEF, por autores, por editores, etc. Isto é perfeitamente possível se a avaliação das obras seguir tramitação contínua e independente dos editais do PNLD.
Em conclusão, reafirmo a necessidade de, sem interromper o programa de atendimento às escolas, discutir os aspectos problemáticos, pesar as sugestões, elaborar critérios mais justos de avaliação, propor procedimentos mais transparentes para conduzir todo o processo.
Considero perfeitamente possível que, num prazo muito curto, lançando-se mão do conjunto de discussões e documentos já produzidos, se atinja uma sistemática com amplo apoio dos interessados, capaz de garantir ao professor a mais ampla liberdade de escolha, cercada de informações pertinentes e úteis e, aos profissionais envolvidos na produção do livro escolar, maior respeito.
Assim, faz-se necessário repensar políticas públicas educacionais com responsabilidade, com eficiência para dar prioridade a qualidade do ensino e melhorar cada vez mais o nível dos livros didáticos no Brasil.
Referências:
MÓDULO PLI – FORMAÇÃO PELA ESCOLA
REVISTA NOVA ESCOLA / NOVEMBRO, 2009
SAVIOLI,OSWALDO. A QUALIDADE DO LIVRO DIDÁTICO. SÃO PAULO: ÁTICA, 1997.
GERALDI, WANDERLEY. O LIVRO DIDÁTICO EM DISCUSSÃO. SÃO PAULO: ÁTICA, 2001
BRASIL/MEC/SEB. O LIVRO DIDÁTICO NA HISTÓRIA EDUCAÇÃO BRASILEIRA. Disponível em: http://portal.mec.gov.br
PARANÁ/SEED/DEB. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA-Física. Curitiba, SEED/DEB, 2008.
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