COMO SE FAZ UMA ANÁLISE DE CONJUNTURA

COMO SE FAZ UMA ANÁLISE DE CONJUNTURA

Segundo Souza (1994), relata que a todo momento e em relação às mais variadas situações fazemos “análises” de conjuntura sabendo ou não.

A análise da conjuntura é uma mistura de conhecimento e descoberta, é uma leitura especial da realidade e que se faz sempre em função de alguma necessidade e interesse. Nesse sentido, não há análise de conjuntura neutra, desinteressada: ela pode ser objetiva, mas estará sempre relacionada a uma determinada visão do sentido e do rumo dos acontecimentos.

A análise da conjuntura é um ato político, é uma tarefa complexa, difícil que exige não somente um conhecimento detalhado de todos os elementos julgados importantes e disponíveis de uma situação determinada, como exige também um tipo de capacidade de perceber, compreender, descobrir sentidos, relações, tendências a partir dos dados e das informações e são necessárias algumas ferramentas que são as categorias que se trabalha: acontecimentos, cenários, atores, relação de forças e articulação entre estrutura e conjuntura.

Devemos distinguir fatos de acontecimentos, o importante é analisar os acontecimentos sabendo distinguir fatos de acontecimentos e depois distinguir os acontecimentos segundo sua importância. Um esforço deve então ser feito para situar os acontecimentos e extrair deles os seus possíveis sentidos, ou seja, os sinais de saída para o novo é estar atento aos sinais dos fenômenos novos que começam a se manifestar, isto não nos impede de procurar, de pesquisar o encadeamento, a lógica, as articulações os sentidos comuns dos acontecimentos.

Existem dois modos de ler a conjuntura: a partir da situação ou do ponto de vista do poder dominante e a partir da situação ou do ponto de vista dos movimentos populares das classes subordinadas da oposição ao poder dominante.

É partir dos acontecimentos social e historicamente determinados, existentes, concretos, mas percebê-los analisá-los sob a ótica dos interesses das classes subordinadas, dado que toda análise de conjuntura só adquire sentido quando é usada como um elemento de transformação da realidade. A análise de conjuntura de modo geral é uma análise interessada em produzir um tipo de intervenção na política; é um elemento fundamental na organização da política.

O capital transnacional é um dos principais atores de nossa economia política ele está presente em posição estratégica nos setores fundamentais da economia, controla os setores industriais mais dinâmicos e praticamente determina a natureza e os rumos de nosso processo econômico. Como Estado transnacionalisado teve que se impor à Nação e se divorciou dela, daí derivam as grandes questões políticas e as origens de suas crises. O Estado passa por uma série de transformações políticas e de modo geral se caracteriza por seu caráter centralizado, desnacionalizado, tecnocrático e repressivo sob diferentes formas, o Estado passa a exercer seu poder através de decisões autoritárias, com base no uso direto da força ou no recurso visível da coerção armada e no uso de meios de de massa sob o controle direto e indireto. As lideranças militares que dirigem o poder político se afastam da sociedade nacional, do povo e da nação, aprofundando a distância do Estado e da