CROSS DOKING
Trabalho Universitário: CROSS DOKING. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 20/2/2014 • 1.687 Palavras (7 Páginas) • 755 Visualizações
Introdução
Atualmente a fim de buscar agilidade e minimizar custos , algumas empresas tem adotado o sistema Crossdocking que é usado para diminuir o tempo de armazenamento de produtos, aumentando o fluxo entre o fornecedor e o fabricante. Desta forma permite uma companhia acelerar o fluxo dos produtos para o consumidor.
Será apresentado conceitos que é a movimentação de produtos de um fornecedor através de um centro de distribuição e estratégias adotadas e aprimoradas , vantagens e desvantagens de companhias que adotam o sistema Crossdoking ,que pode ser genericamente entendido como “atravessamento de docas.”
Cross docking
Crossdocking é um termo utilizado na operação logística que define uma atividade executada em armazéns e Centros de Distribuição.
O processo comum de um armazém é receber, estocar, separar e expedir materiais. Quando se pratica o Crossdocking os materiais não passam pelo estoque, são destinados do ponto de recebimento diretamente ao ponto de separação ou expedição.
Para o correto funcionamento deste processo requer-se grande esforço e planejamento para a sincronização das atividades. Quando bem sucedido, reduz os custos de manutenção de estoque, a manipulação de materiais e o tempo dedicado a operação.
Na prática, as operações de Crossdocking requerem grandes estágios, onde os materiais são classificados, consolidados e armazenados por pouco tempo ou não armazenados, não são estocados. Após esses estágios os produtos estarão prontos para distribuição. A mercadoria é preparada para o carregamento e distribuição ou expedição a fim de ser entregue ao cliente ou consumidor imediatamente, ou, pelo menos, o mais rapidamente possível. O Crossdocking consiste na transferência ou movimento dos produtos ou mercadorias do ponto de recebimento ou recepção, diretamente para o ponto de expedição e entrega, com tempo em estoque limitado ou se possível nulo, permitindo que os responsáveis pelos centros de distribuição se concentrem no fluxo de produtos ou mercadorias e não na armazenagem das mesmas.
A grande diferença entre o modelo tradicional e o Crossdocking é que no modelo tradicional as mercadorias chegavam e eram armazenadas, até serem solicitadas pelos clientes, a produção era realizada para stock e empurrada para o cliente, no Crossdocking as mercadorias chegam (just in time) na medida em que o cliente já as solicitou ou estão breve a serem solicitada , pelo que são imediatamente processadas e enviadas, eliminando assim a necessidade de armazenagem.
Exemplo de aplicação da estratégia
Uma aplicação muito comum do Crossdocking (que literalmente designa "atravessamento de docas"), é usada principalmente na execução de entregas em centros urbanos, rescentemente no início do ano de 2012 na cidade de São Paulo, devido a proibição da circulação de veículos de grande porte nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros e em nove principais vias da cidade . Neste exemplo não somente como estratégia das companhias, mas devido a restrições de circulação desses veículos e sobre a sua dimensão e peso, impedindo-os de efetuar as entregas. Tais veículos descarregam seus produtos em um armazém, os produtos cruzam o armazém através de esteiras, e em seguida carregam outro veículo de menor porte, que efetuará as entregas.
O Crossdocking pelas razões apontadas acima também é conhecido por sistema de distribuição (flow through).
A técnica Crossdocking surge como uma evolução em todo o processo logístico em parte contribuindo para a complexidade da máquina logística, e surge a necessidade da sua gestão, permitindo a realização das atividades de uma forma mais eficaz. O objetivo é fazer a transferência de mercadorias o mais rápido possível, o que não implica que o tempo que as mesmas estão no centro de distribuição não seja importante, como aliás, pode-se verificar que, por mais curto que seja este período de tempo, este é importante.
Inicialmente as mercadorias entram e são recebidas, em seguida registradas e armazenadas, por exemplo com recurso a um empilhador. Ao serem solicitadas, pelo cliente estas são deslocadas por empilhadores ou telas de transporte e levadas até aos respectivos meios de transporte que pode ser uma frota de veículos pesados de transporte (FTL – Full Truck Load) que os levará até ao seu destino, não deixando antes de serem confirmados os respectivos códigos de barras para que se tenha o total controle dos movimentos efetuados, realizando assim a ordem de expedição.
As informações mais importantes para tornar este movimento de mercadorias são:
• Hora e data do embarque feito pelo fornecedor
• Transportadora utilizada
• Quantidade e código de barras de cada pedido (ordem)
• Data e hora de chegada planeada
• Descrição da carga, destino, data e hora de entrega de cada carga de cada transporte.
Atualmente, com o desenvolvimento da tecnologia, o pedido de mercadoria pode ser feito automaticamente no cliente, pois sempre que este vende uma unidade ao consumidor imediatamente o centro de distribuição ou o produtor recebem informação da baixa de uma unidade, com esta informação sempre que necessário e de forma automática é feita a ordem de movimentação de mercadorias e procede-se o seu envio para transporte, recebendo o cliente antecipadamente e nos volumes necessários a mercadoria de forma a repor o seu estoque. Parte deste diálogo entre fornecedores, clientes, centro de distribuição e também as unidades de produção é realizado com sistemas de TI (EDI).
O cross docking, indo ao encontro da redução de custos através da redução das operações de movimentação e redução dos níveis de stock, trabalha com pedidos de ordens dos clientes em menores quantidades sendo entregues com maior frequência procurando a qualidade e satisfação do cliente. As vantagens são mútuas para cliente e fornecedorn em destaque:
• Redução de tempo: sem dúvida a maior de todas as vantagens.
• Redução de custos: todos os custos associados com o excesso de estoque e com distribuição são reduzidos, já que o transporte é feito com FTL e de forma mais frequente.
• Redução de área física no centro de distribuição: com a redução ou eliminação do estoque, a área necessária no centro de distribuição é reduzida.
• Redução da falta de estoque nos clientes: devido ao constante abastecimento, em quantidades menores e mais frequentes conforme acima citado;
• Redução do número de estoque em toda a cadeia de abastecimento: o produto passa a fluir pela cadeia de abastecimento não sendo colocado em estoque.
• Redução da complexidade das entregas no cliente: é realizada uma única entrega formada com toda a variedade de produtos dos seus diversos fornecedores, em apenas um único caminhão.
• Aumento do turn - over (turn – arround) no centro de distribuição: a rotatividade dentro do centro de distribuição aumenta, já que o sistema opera com entregas em menores quantidades e com maior frequência.
• Aumento da disponibilidade do produto: devido ao constante abastecimento ao cliente.
• Suaviza o fluxo de mercadorias: torna-se constante devido as encomendas frequentes.
• Redução do nível de estoque: mercadorias não para stock, mercadorias tornam-se em inventário.
• Torna-se acessível os dados sobre o produto: devido ao uso de tecnologias de informação que proporcionam a comunicação entre os elos da cadeia logística, como por exemplo o EDI que unifica a base de dados.
A técnica de Crossdocking não é fácil de ser implementada, há alguns pré-requisitos que ao serem reunidos contribuem para o sucesso desta técnica, sendo:
• Parceria: Quando um membro da cadeia de abastecimento implementa o sistema Crossdocking, geralmente os custos e esforços dos outros membros aumentam. Por isso, todos os membros da cadeia de abastecimentos devem ser capazes de suportar as operações do Crossdocking.
• Confiança na qualidade: A qualidade deve ser construída e não inspeccionada, ou seja, a responsabilidade da qualidade está na produção.
• Comunicação entre os membros da cadeia de abastecimentos: Dados sobre vendas, pedidos, previsão de chegada, entre outros dados, devem ser compartilhados de forma a facilitar o planeamento de cada elo da cadeia de abastecimento.
• Comunicação e controle das operações: Informações como o tipo de produto e quando será recebido, em que quantidade e com que destino, são essenciais para o planeamento das operações dentro das instalações (centros de distribuição ou armazéns) que utilizam o Crossdocking.
• Mão de obra, equipamentos e instalações: Como o sistema Crossdocking envolve a quebra de cargas consolidadas, separação de pedidos e mão de obra para realizar tais tarefas, deve haver espaço suficiente e mão de obra e equipamentos especializados para a realização dessas tarefas.
• Gestão estratégica: Além de todo o planeamento, parceria, uso de equipamentos e sistemas adequados e alterações na força de trabalho, o Crossdocking requer um certo nível de gestão do trabalho, isto porque, quando ocorrem problemas, recursos e mão de obra devem ser reorganizados de forma a normalizar a situação sem que ocorram perdas.
Para uma boa implementação do Crossdocking como sistema de distribuição de mercadorias e produtos devem ser considerados os seguintes fatores:
• A formação de uma equipe multidisciplinar e multi funcional;
• Desenvolvimento de forma planeada e organizada das mudanças necessárias;
• Implementação de um programa piloto;
• Implementação e teste das mudanças;;
• Evolução do programa piloto e implementação das mudanças
• Implementação;
• Uma revisão periódica das operações e se necessário repetir todo o processo.
Vale ressaltar, o Crossdocking é um sistema recente de distribuição de produtos ou mercadorias e que visa a redução de; estoques, redução do tempo para as operações de movimentação dos materiais dentro das próprias zonas de armazenagem ou dos centros de distribuição, redução dos períodos de tempo desde a recepção dos pedidos do cliente até à entrega (redução do “lead time”), redução de custos, melhorias em termos de eficiência e eficácia da gestão de todo o processo logístico, nomeadamente das actividades de movimentação e distribuição dos produtos, e é claro, tudo isto, indo ao encontro da satisfação do cliente.
Conclusão
Vimos que com a implementação da técnica a cadeia de abastecimento passa a designar-se cadeia de fornecimento na medida em que os produtos a serem movimentados em teoria já têm todos “dono”, não há lugar para estoque, e portanto toda a movimentação é feita já com reserva.
O Crossdocking pela sua complexidade e custos iniciais de investimento encontra entre as chefias alguns obstáculos em sua implementação, no entanto, com disciplina e determinação pode proporcionar melhores serviços e manter a oferta constante de produtos.
Portanto, Crossdocking é um caminho de solução rápida sendo adotado para cortar os custos de estocagem e melhorar a satisfação do cliente.
Referências bibliográficas
A evolução da distribuição Crossdocking
Disponível em : < www.logisticadescomplicada.com> . Acesso em 23 out. 2012.
Crossdocking
Disponível em:< www.wikipedia.org.>. Acesso em 23 out. 2012.
Movimentação e Armazenagem no Século 21
Disponível em : <www.webcomm.com.br> . Acesso em 22 out. 2012.
Guia de Logística e Transporte
Disponível em : <www.guiadelogistica.com.br> . Acesso em 22 out. 2012.
Associação Brasileira de Logística
Disponível em : <www.aslog.org.br>. Acesso em 22 out. 2012.
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