Cadê O público Da Arrancada?
Tese: Cadê O público Da Arrancada?. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cadurda2 • 30/11/2014 • Tese • 414 Palavras (2 Páginas) • 248 Visualizações
Será que o brasileiro é realmente apaixonado por carros como todos pensam? Se for, então porque a arrancada atrai cada vez menos expectadores? Talvez pelos mesmos motivos que também afaste o interesse de grandes patrocinadores e da mídia de comunicação em massa. Mas que motivos são esses?
A meu ver, o modelo de disputa, a desorganização da modalidade e a cultura do recorde que impera na arrancada brasileira são responsáveis pelo público pouco expressivo e devem ser imediatamente revistos para que o esporte recupere o fôlego e volte a crescer. Nesses eventos, é óbvio que pilotos, carros e preparadores sejam os grandes responsáveis pelo “espetáculo”, mas a chave do negócio é o público: Sem ele, não existe viabilidade comercial, espaço na imprensa e nem o interesse de investidores. Portanto, devemos analisar o que pode ser feito ou alterado para tornar a arrancada mais atrativa.
Um primeiro passo seria substituir a importância cultural do recorde pela importância real da vitória. Pois para o público que busca entretenimento, pouco importa o recorde. Tudo que eles enxergam é um carro andando sozinho na pista, sem disputa e, consequentemente, sem emoção. A arrancada deveria ser o esporte mais simples de todos, afinal são dois carros e uma reta. Quem chegar primeiro ganha. Mas não é assim que um possível futuro fã vê a corrida das arquibancadas. Alguém que resolve conhecer a arrancada, mas que não é amigo ou familiar de piloto, provavelmente não conhece nada sobre as regras e nem dos sacrifícios que pilotos e preparadores fazem em busca do almejado recorde. Por isso não valorizam!
Com o tempo o público começa a compreender que não existe relação entre ganhar uma ou mesmo a maioria das puxadas e vencer a prova. Que tanto faz se cada carro corresse sozinho, que o oponente ao seu lado faz apenas figuração e que só o que vale é o tempo da puxada. Que tal seguirmos o exemplo da Fórmula 1, onde não importa quem estabelece o recorde de voltas ou a volta mais rápida da corrida e sim quem chega na frente ao término de todas as voltas. Mais emocionante correto?
Além de tornar desinteressante o modelo de disputa, a cultura do recorde também trouxe outros prejuízos para a arrancada. Conforme os tempos foram caindo e começaram a ser mais valorizados e ter um status superior que a própria vitória na etapa, os pilotos passaram a querer andar apenas em pistas de ponta onde os carros pudessem ter um melhor desempenho.
Autor: Cadu Moreira
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