Caixa de câmbio automática
Tese: Caixa de câmbio automática. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lazin • 6/11/2014 • Tese • 914 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
Etapa 4 Passo 3
A potência disponível nas rodas não é a mesma e para entender veja a explicação a seguir:
Você tem um Corsa 1.0 e se gaba por ser dono do 1.000 mais potente à venda no País? Continue se gabando, meu amigo. Mas saiba que seu carro não entrega os 79 cavalos de potência declarados na ficha técnica, mas cerca de 70% disso. Na real, portanto, o carro 1.0 mais forte do Brasil despeja 55,6 cavalos nas rodas de tração – o resto é desperdiçado pelo atrito dos componentes internos, pelas articulações da transmissão e pelo esforço que o motor faz para movimentar os periféricos, como o alternador e o sistema de ar-condicionado.
Chegamos a este número depois de levar os oito motores de 1.000 cm³ de cilindrada disponíveis no mercado para aferições em um dinamômetro de rolo (ou de chassi). Dinamômetro é o aparelho que mede a força que o motor exerce sobre o eixo: as rodas de tração giram em falso sobre rolos metálicos e o resultado desse esforço é medido por uma espécie de balança eletrônica. Imagine a esteira ergonométrica que você usa no seu checape: o princípio é parecido. Neste caso, o checape dos motores foi feito na Herrera Motorsports, tradicional preparadora de motores de São Paulo, em um dinamômetro Bosch FLA 203 aferido.
Participaram do teste dois modelos Fiat, o Siena com motor Fire atualizado (75 cavalos declarados) e o Palio com motor Fire sem as recentes modificações (66 cavalos); três carros da Chevrolet, o Corsa (79 cavalos), o Celta (70 cavalos) e o Classic (72 cavalos); um da Ford, o Ka (73 cavalos); um da Volkswagen, o novo Gol (76 cavalos); e um da Renault, o Sandero, único do teste com cabeçote de 16 válvulas (77 cavalos). Todos os carros estavam abastecidos com álcool, portanto com a maior potência declarada. O teste foi supervisionado pelo próprio Bruno Herrera, dono da oficina e preparador de motores há 25 anos.
E, antes de partir para os resultados, duas observações: a potência anunciada pelas fabricantes refere-se aos números obtidos em dinamômetro de bancada – o motor, fora do carro, trabalha sem esforço porque é conectado diretamente no eixo do dinamômetro. Daí os números mais altos que os obtidos no dinamômetro de rolo – ou no uso normal do veículo.
Por último, saiba que não existe nenhum carro igual a outro: mínimas variações nas dimensões das peças e eventuais diferenças de montagem fazem a potência variar, raramente para cima. Assim, mesmo que você e o seu vizinho tenham o mesmo tipo de carro, é quase certo que a potência entre um e outro não seja a mesma – a variação pode chegar a 5%.
AINDA O MAIS FORTE
Os 55,6 cavalos que puxam o Corsa estão longe dos anunciados 79 cavalos do modelo. Ainda assim, colocam o compacto da Chevrolet como o 1.0 mais potente. A perda de 29,6% entre o anunciado e o aferido pelo dinamômetro, ficou abaixo da média entre os oito carros avaliados.
O quatro cilindros, conhecido pela sigla VHC (do inglês “compressão muito alta”) ou pelo código X10Yfl, é um motor da chamada Família 1, que reúne os modelos de menor cilindrada. Lançado em 2005, é uma evolução do VHC X10YFH, que ainda equipa Celta e Classic – apresentado em 2003 com 70 cavalos.
O aumento de potência deu-se a partir da adoção de roletes para o acionamento das válvulas, solução mais eficiente que o sistema de acionamento normal (feito diretamente pelos cames do eixo comando nos tuchos das válvulas), pois o atrito é menor. A GM também mexeu na calibragem da
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