Calendário para Lucena & Filho
Resenha: Calendário para Lucena & Filho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: CABUM2014 • 2/4/2014 • Resenha • 3.144 Palavras (13 Páginas) • 239 Visualizações
Os horizontes de planejamento podem variar bastante em função da situação, mas, Corrêa, Gianesi & Caon (1997) consideram que estes horizontes podem ser, para o longo prazo, de um ano ou mais, no médio prazo alguns meses e de curto prazo de apenas um ou alguns dias.
Em um sistema produtivo, ao serem definidas suas metas e estratégias, faz-se necessário formular planos para atingi-las, os recursos humanos e físicos devem ser administrados com base nesses planos (TUBINO, 1997).
A programação de materiais de acordo com Lucena & Filho (2002), pode ser vista, em um sentido mais abrangente, como o planejamento de suprimento. Assim, o planejamento das atividades desenvolvido pelo subsistema de suprimento externo deve estar em plena consonância com o planejamento estratégico da empresa. Estes consideram ainda que, para caracterizar o planejamento, deve ser feita uma correlação com o nível de decisão que a empresa pretende atuar, são eles:
Planejamento estratégico – refere ao processo de decidir com relação aos objetivos e metas da empresa como um todo;
Planejamento tático – a sua atuação inside sobre a escolha das alternativas para a ação;
Planejamento operacional – “são estabelecidas as diretrizes e ações de produção com o maior nível de detalhamento possível” (LUCENA & FILHO, 20022 pg.42).
No entendimento de Monks (1987, p.230) o planejamento agregado pode ser visto como “uma decisão negociada de alto nível que coordena as atividades de marketing, finanças e outras funções”. Este planejamento refere-se ao médio/longo prazo, através do ajuste da velocidade de produção, mão-de-obra disponível, estoques e objetiva atender às demandas flutuantes, utilizando os recursos disponíveis da empresa. Dentre as estratégias disponíveis para auxiliar a tomada de decisões apresentadas, pelo referido autor, este trabalho focaliza a variação nos níveis de estoque.
Para que uma empresa possa se sobressair na gestão de estoques, esta deve ter um PCP (Planejamento e controle da produção) eficiente para planejar e manter controle de recursos e de desempenho dos mais variados fatores do processo produtivo, buscando responder as mudanças internas e externas. O PCP “é uma função de apoio e coordenação das várias atividades de acordo com os planos de produção de modo que os programas preestabelecidos possam ser atendidos nos prazos e quantidades” (RUSSOMANO, 2000, p.49). A gestão de estoques é uma das funções do PCP.
A gestão de estoques pode ser entendida como o planejamento, organização e controle dos recursos materiais guardados em um sistema de transformação. O objetivo da gestão de estoque de acordo com Russomano (1995) é buscar não deixar faltar material sem imobilizar demasiadamente os recursos financeiros. Um momento importante na gestão de estoques de determinado item é definir o momento do ressuprimento do item, para atender às necessidades da demanda. Entretanto, cabe ao planejamento e controle da produção a programação de compras, bem como a emissão de ordem de compras. Devendo traçar o plano de produção, bem como sua coordenação e controle.
A programação de materiais advém da programação da produção, assim o PCP elabora o planejamento da produção efetuando a programação de necessidades de materiais, daí emite as Ordens de Compras (OC’s) e a Requisição de Materiais (RM’s), a partir da entrada das compras, serão destinadas ao almoxarifado, já os materiais requisitados serão remanejados até as seções produtivas (CHIAVENATO, 1991).
Davis et al. (2001)Estabelecem que um sistema de estoque pode ser definido como é um conjunto de políticas e controles que monitora os níveis de estoque e determina:
Quais níveis de estoque deveriam ser mantidos;
Quando o estoque deveria ser reposto;
O tamanho dos pedidos.
Não obstante, esta não é uma tarefa tão simples, à medida que procura a todo instante manter um nível de estoque adequado com os custos mínimos. Assim a definição de estoque desenvolvida por Slack et al. (2002), refere à acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. O que conduz a um entendimento que todo estoque representa capital ocioso na empresa, denunciando uma ineficiência da gestão de estoques. Entretanto, Corrêa, Gianesi & Caon (1997) alertaram que os estoques não devem ser reduzidos a “zero” – premissa defendida pelos sistemas de gestão japoneses, para eles o que “devemos buscar incessantemente é não ter um grama a mais de estoques do que a quantidade estritamente necessária estrategicamente”.
De fato, definir qual o nível de estoques que o sistema produtivo deverá operar, se constitui numa das mais importantes funções da programação da produção. Já que a existência do mesmo representa custos para a empresa, e por outro lado é essencial para o funcionamento do sistema – a ausência do mesmo pode provocar parada na produção ou representar o não atendimento aos clientes (ABREU, 1997).
Outro aspecto que deve ser levantado refere aos evidentes avanços tecnológicos produziram, que por sua vez produziu uma série de avanços no processo de controle de estoques, e também para o processo de tomada de decisões. Dentro desta perspectiva, Slack et al . (2004) enfatizam que a maioria dos estoques, que possuem tamanho significativo, é gerenciada por sistemas computadorizados, onde a coleta de dados passa a ser efetivada, cada vez que uma transação acontece (ex. a venda de um item), esta informação é automaticamente registrada, dando suporte ao processo decisório de quanto pedir (a reposição do estoque) – desta forma, os gerentes podem determinar a posição do estoque a qualquer momento.
Os referidos autores acrescentam que, este sistema possui elevada capacidade para registrar os níveis de estoques. Baseados nestes arquivos são elaborados relatórios regulares sobre o valor de estoque para os diferentes itens armazenados, estes podem auxiliar a gerência a monitorar o desempenho do controle de estoque, as decisões sobre estoques são fundamentais na previsão da demanda futura.
Considerando os vários aspectos que envolvem a gestão de estoques, pode-se dizer que esta busca fundamentalmente reduzir o custo total dos estoques, no qual estão envolvidas várias variáveis. Para Abreu (1997), a construção do custo total de estoque se estrutura da seguinte forma:
Custo
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